BLOG - UMBANDA PARA O MUNDO

Blog voltado às informações e conceitos da Umbanda Blog criado para divulgação de tudo que diz respeito à Umbanda e aos umbandistas, crenças e cultos afins, no Brasil e no mundo.

MONOTEÍSMO, POLITEÍSMO E PANTEÍSMO NA UMBANDA

Por Roger Taussig Soares - professor da FTU-Faculdade de Teologia Umbandista


A Umbanda é uma religião brasileira, cujas raízes históricas antecedem ao marco do mito fundador construído em torno de Zélio Fernandino de Morais. De fato, houve um período de transição no qual começaram a surgir elementos típicos da Umbanda nos cultos originais de ascendência africana, ameríndia e européia. As manifestações de espíritos ancestrais por meio da mediunidade de incorporação marcou a passagem dos cultos de nação para aquilo que viria a se compor como o movimento umbandista. Com o surgimento de espíritos de caboclos, pretos-velhos, exus e outros, modificaram-se os valores originais daquelas culturas ao mesmo tempo que se aproximaram as tradições por meio do sincretismo. O resultado foi a constituição de um sistema de crenças brasileiro de caráter peculiar, tanto em termos de práticas litúrgicas como da metafísica ou cosmologia. Uma das singularidades da Umbanda se encontra na forma de enxergar as hierarquias divinas.
De modo geral, há duas formas de espiritualidade: a teista e a não-teista. Embora alguns advoguem o respeito às diferenças alegando que "todas religiões são boas porque acreditam no mesmo Deus", a verdade é que existem grupos não-teistas como os budistas(portanto, sem um deus) e grupos que são essencialmente politeistas ou panteistas e que merecem o mesmo respeito que as religiões de origem abrâmica. Além disso, existem escolas ou seitas dentro das grandes religiões que adotam posturas diferentes no que diz respeito às divindades.
Com o risco de pecar por excesso de generalização, podemos dizer que do cristianismo recebemos uma herança eminentemente monoteísta, dos africanos somos tributários de um caráter politeista e dos indígenas adquirimos uma visão da natureza que pode ser associada a um panteismo.
O monoteismo significa a crença em um único Deus, de caráter supremo e onisciente. Das religiões abrâmicas encontramos no islamismo o melhor exemplo de monoteismo, já que não há adoração a ninguém mais a não ser para Allah. O cristianismo parte já de uma visão plural da divindade, no sentido de que temos o Deus-Filho e o Espírito Santo ao lado de Deus-Pai, constituindo o mistério da Santíssima Trindade. Particularmente, o catolicismo apóstólico romano atribui a espíritos humanos desencarnados uma posição especial com poderes espirituais específicos e uma adoração na forma da plêiade de santos tão próximos das culturas populares. Tais práticas foram descartadas pelas igrejas protestantes.
Os cultos de nação africanos, sejam de origem iorubá quanto banta, expressam um conjunto de deuses criadores e sustentadores da natureza que são denominados Orixás, Voduns ou Inquices, de acordo com a tradição. Alguns entendem que tais cultos sejam verdadeiramente politeistas, enquanto muitos adeptos das religiões africanas afirmam serem monoteistas pelo fato de existir um deus supremo ou melhor dizendo, um deus criador, chamado Olodumare, Olorun ou Zamby Apongy. Todavia, a categoria que melhor expressa a prática dos cultos africanos é a de religiões "henoteistas". Nesse grupo estão as religiões que admitem a existência de várias divindades mas que adotam uma única como objeto de devoção. Essa era justamente a forma como se reverenciava os Orixas nas cidades-estados africanas. Como exemplo, citamos o culto a Xangô em Oyó, o culto a Oxossi em Ketu ou o culto a Yemanjá em Abeokutá.
Dentre as várias teogonias e cosmogonias das nações indígenas brasileiras, tanto do Tronco Tupy quanto do Macro-Jê, veremos muitas maneiras de contato com o Sagrado e chama a atenção a presença dos encantados que revela uma tendência panteista na assimilação dos seres naturais, humanos ou animais, pelo universo do Sagrado.
No surgimento da Umbanda encontramos a fusão harmônica dessas múltiplas perspectivas. O aparecimento de entidades espirituais como mediadoras desse encontro de culturas foi instrumental no processo do sincretismo e favoreceu uma transição no tempo e no espaços para as várias formas de acepção da divinidade. Embora como resultante constatemos que a Umbanda reconhece o Sagrado desde sua origem imanifesta até sua concretização mais palpável na natureza e ainda desvele o caráter sagrado do próprio ser humano, fomos por esse motivo mesmo vítimas de preconceito e segregação. O etnocentrismo próprio das culturas dominantes impôs sobre todas as culturas que não eram monoteistas os rótulos de "religiões primitivas" e de "culturas atrasadas".
Atualmente vemos novamente a Umbanda reavivando as discussões acerca do Sagrado e uma importante síntese foi proposta por F. Rivas Neto, fundador da FTU - Faculdade de Teologia Umbandista, com o título de "A Vertente Una do Sagrado".
De acordo com o ilustre sacerdote umbandista, existiria uma estrutura básica para a teogonia da maioria das religiões que demonstram uma funcionalidade como abaixo descrita:
  1. Divindade Suprema ou Realidade Última
  2. Potestades Divinas (inclui os Orixás, os Arcanjos e demais seres primordiais)
  3. Ancestrais Ilustres (seres humanos divinizados)
  4. Humanidade
  5. Natureza
Como a Umbanda é uma "unidade aberta", nas palavras de F. Rivas Neto, esses conceitos não são definitivos e têm sido continuamente explorados e aprofundados. Enquanto subsistem as noções de sagrado e de profano, a religião umbandista avança na expectativa de ampliar a compreensão do sagrado e unir essa ponte.

Religiões e Espiritualidade .

POR UMA ÉTICA UMBANDISTA


A profusão de valores que convivem de modo caótico na sociedade pós-moderna favorece o dinamismo dialético das relações sociais, mas parece gerar também uma carência de referenciais percebida em várias instâncias da vida cotidiana. A multiplicidade de pensamentos se evidencia no âmbito da cultura, da religião, das ideologias, da sexualidade, das artes e por aí em diante. Se, de um lado, devemos valorizar a riqueza que a diversidade produz ao incentivar olhares diferentes sobre os mesmos temas, ampliando sua compreensão; de outro lado, também devemos ter a consciência de que certas questões não deveriam ser tratadas do mesmo modo e a preservação de princípios absolutos, como a igualdade perante a lei, precisa ser garantida para o próprio exercício da pluralidade. Quando se confundem os campos onde deve existir tolerância com aqueles onde se deve cobrar rigor, o resultado é a perda da ética e o atropelamento das liberdades.
Tomando como exemplo a política, verificamos que sua teia é tão complexa e os jogos de poder tão emaranhados que se tornou senso comum pensar que caso surgisse um político ou governante integralmente honesto, ele(ou ela) deveria ceder às pressões e entrar no esquema para não ser expelido pela máquina. Em nome da "governabilidade" acordos espúrios, alianças nebulosas e omissões convenientes são tolerados pelos eleitores na esperança de que, por vias tortuosas, seus representantes alcancem os propósitos anunciados como promessas durante as campanhas. Mas como diz a sabedoria sertaneja, "se atalho fosse bom, não existiria a volta".

No âmbito público são necessários clareza e transparência. Não podemos assumir a atitude de desilusão, achando que não há como mudar. Tampouco devemos sucumbir ao aparentemente irresistível apelo da banalização que torna o próximo crime apenas mais um, em uma sequência interminável.

Ao contrário, podemos lançar mão daquilo que temos como riqueza, que é o nosso olhar que se forma desde a posição da diversidade e da minoria típicas do movimento umbandista, para fazer emergir o monstro da lagoa e podermos enxergá-lo em sua nudez.

Digo isso porque na passagem das gerações, certos valores que se foram construindo ao longo dos séculos, mas que não existiam absolutamente por si só, são tomados como algo natural, auto-sustentados desde sempre. Os pressupostos da democracia como a melhor forma de governo, ou do espírito capitalista e do liberalismo como sistemas de oportunidades para todos merecem a crítica e a reflexão renovado pelo olhar dos que representam a outra ponta da corda. Não fazemos isso e nos quedamos com a sensação ilusória de indissolubilidade de um sistema que, a exemplo da crise econômica dos subprimes norteamericanos, pode ruir a qualquer momento por si próprio. Se tal sistema é capaz de desmoronar pelas próprias inconsistências internas, que dirá pela ação esclarecedora da espiritualidade munida da razão?

Antes da reforma protestante, vivia-se o ideal ascético de pobreza oriundo do catolicismo que impunha uma visão salvacionista aos seus fiéis para justificar a resignação que deles se esperava, enquanto alguns poucos(aristocratas e a própria Igreja) acumulavam os bens materiais.

Com o surgimento da dissidência cristã promovida inicialmente por Lutero e por Calvino, uma nova mentalidade teria se desenvolvido servindo de suporte, como diria Weber, para o nascimento do espírito do capitalismo. Nessa nova versão do contato com os preceitos crísticos, a graça dos eleitos por Deus se manifestava na riqueza material que serviria para glorificar e melhor servir à obra divina. Os trabalhadores, assim como os patrões, de origem protestante, aderiam a regras de conduta rígida, para alguns também ascética, que serviam de suporte para os laços de confiança social e de garantia na realização de negócios entre irmãos de fé. Segundo Max Weber, o espírito do capitalismo surge mesmo em decorrência da mentalidade nutrida pela fé protestante.

Chegamos então à questão crucial(sem trocadilhos) que nos leva a fustigar o monstro sob as águas. Se o capitalismo teve início há tão pouco tempo, não terá também um fim? Qual seria a nova forma de governo, o novo sistema político e econômico que poderia suplantar o capitalismo e a democracia em suas vantagens, sem os desvios do comunismo? Qual o papel de nós, umbandistas, na elaboração dessa nova ética capaz de reconfigurar os laços sociais? Teremos o poder de, assim como os protestantes supostamente o fizeram, criar um espírito que predisponha ao surgimento de uma nova ordem social?

Lançando mão do distanciamento que nos permite o fato de sermos umbandistas, podemos enxergar na posição dos católicos medievais e dos protestantes modernos o mesmo pressuposto subjacente: o direito à propriedade. Enquanto os católicos afirmavam a propriedade por meio da negação desse direito como oferenda em sacrifício, os protestantes afirmavam também a propriedade como forma de enaltecer as bençãos dos céus.

Pela nossa visão, não se trata nem de afirmar, nem de negar a propriedade(reafirmando-a), mas de perguntar primeiro se ela é possível. Se somos seres espirituais, por definição imateriais, adimensionais e atemporais, como podemos ter posse de algo se nossa própria manifestação corpórea não é constante? Se fomos criados ou se apenas originados de uma mesma essência ou realidade absoluta, não deveríamos combater as desigualdades por terem sido introduzidas artificialmente pela ignorância humana e não pela vontade divina?

Na participação política e social dos umbandistas, devemos fazer mais do que simplesmente nos ajustar às conformações do sistema que já impera para encontrar nosso lugar ao sol. Devemos, sim, desafiar consistentemente as próprias bases mentais cármicas que nos conduziram ao estado atual das coisas e estabelecer as fundações para uma nova forma de vida. Não sabemos ainda qual será, mas temos a certeza que dela seremos protagonistas e não simples coadjuvantes como a história nos tem figurado até hoje.

ESCOLAS UMBANDISTAS E DIÁLOGOS

Escolas Umbandistas e Diálogos






Nas religiões afro-brasileiras ou afro-americanas, pela diversidade de seus adeptos, há também uma diversidade de ritos e formas de transmissão do conhecimento. A essas várias formas do entendimento e vivências das religiões afro-brasileiras denominamos Escola.
As várias escolas correspondem a visões, umas voltadas mais aos aspectos míticos e outras à essência espiritual, abstrata.
As várias formas de interpretar e manifestar a doutrina são diferentes, mas a essência de todas é a mesma, e no caso da Umbanda, todas são legitimamente denominadas umbandistas.
Por isso afirmamos que a constante da Tradição Umbandista é a contínua mudança, portanto, uma unidade aberta em constante reelaboração. Esse é o motivo, quando temos a oportunidade, de dizer que não temos a última resposta, pois não temos a última pergunta! Esta última assertiva demonstra de forma fidedigna o porquê de incentivarmos uma aproximação dialógica da doutrina das religiões afro-brasileiras com a ciência. Esperamos que ambas aprendam com o diálogo. Afinal, temos o diálogo como terapia...


BLOG - Espiritualidade e Ciência

OS ARQUÉTIPOS DA UMBANDA



Entenda por que os mentores da Umbanda se apresentam como pretos-velhos, caboclos (índios), exus...
Segundo os filósofos arquétipos são idéias como modelos de todas as coisas existentes ou idéias presentes na mente de Deus. Segundo a psicologia são formas imateriais às quais os fenômenos psíquicos tendem
a se moldar. Carl Jung usou o termo para se referir aos modelos inatos que servem de matriz para o desenvolvimento da psique.

Eles são as tendências estruturais invisíveis dos símbolos. Os arquétipos criam imagens ou visões que correspondem a alguns aspectos da situação consciente. Jung deduz que se originam de uma constante repetição de uma mesma experiência, durante muitas gerações. Funcionam como centros autônomos que tendem a produzir, em cada geração, a repetição e a elaboração dessas mesmas experiências. Eles se encontram isolados uns dos outros, embora possam se interpenetrar e se misturar.

Os guias possuem diversos arquétipos pelos quais se apresentam através da incorporação. Cada arquétipo está ligado a uma determinada Linha Espiritual. Alguns exemplos de arquétipos são: os Preto-Velhos, os
Caboclos, os Baianos, as Crianças, os Marinheiros, os Ciganos, os Boiadeiros, os Exús e as Pombo-Giras.

Os arquétipos são roupagens utilizadas pelos guias para se apresentarem no Centro e não espíritos que, necessariamente, tenham sido escravos, índios ou ciganos, embora existam aqueles que realmente o foram. Os Preto-Velhos, por exemplo, pertencem a uma linha que nasceu como forma de organização de todo um contingente de espíritos que iriam atuar dentro do movimento umbandista que surgia.

As primeiras linhas fundamentadas na Umbanda foram a de caboclo e a dos Preto–Velhos. Utilizou–se uma figura mítica já presente dentro da cultura brasileira e criou–se toda uma linha de trabalho, onde todos os seus representantes teriam trejeitos e características similares.

A linha dos Preto–Velhos é transmissora da calma, da sapiência, da humildade, detentora do conhecimento sobre os Orixás e que fala ao simples de coração, bem como ao mais erudito doutor, sempre com palavras de amor e espalhando luzes dentro da espiritualidade terrena. Esta foi uma forma de identificar e aproximar a população ao culto nascente.

Temos o arquétipo detrás de cada uma das linhas. Os Preto-Velhos estão fundamentados no arquétipo do sábio ou do ancião que com as experiências vividas alcançou a sabedoria. Em cima desse arquétipo, muitos mitos foram criados dentro da cultura universal, onde a figura do ancião sempre foi utilizada como símbolo para a sapiência. Um dos mitos brasileiros para esse arquétipo é a figura do Preto-Velho, que sofreu, tinha poucas
condições, mas tudo isso superou, com fé, amor, determinação. Na verdade, dentro da figura simbólica do Preto-Velho vemos um ideal deluta e superação das pessoas, em volta de muita fé e muito amor.

O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas - tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo diretamente, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.

Iemanjá e Oxum dividem a maternidade. Mas há também outra forma de análise, a por faixas etárias, correspondentes a cada arquétipo básico. Nanã é a matriarca velha, ranzinza, avó que já teve o poder sobre a família e o perdeu, sentindo-se relegada a um segundo plano. Iemanjá é a mulher adulta e madura, na sua plenitude. É a mãe das lendas – mas nelas, seus filhos são sempre adultos. Apesar de não ter a idade de Oxalá (sendo a segunda esposa do Orixá da criação, e a primeira é a idosa Nanã), não é jovem.
É a que tenta manter o clã unido, a que arbitra desavenças entre personalidades contrastantes, é a que chora, pois os filhos adultos já saem debaixo de sua asa e correm os mundos, afastando-se da unidade familiar básica.

Para Oxum, então, foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente, coquete,
maliciosa, ao mesmo tempo, que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês. Começa antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser,
mas não no seu desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si, sendo considerada pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão
mítico iorubano.

Divindade masculina, figura que se repete em todas as formas mais conhecidas da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do guerreiro. Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos seres humanos. Xangô é miticamente um
rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano.

Embora surgida no Brasil em 1908, com a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas pelo médium Zélio de Moraes, a Umbanda é mais antiga nos planos rarefeitos que o próprio planeta Terra. A maioria das chamadas linhas de Umbanda são muito mais antigas que a própria Umbanda, tendo em sua militância espíritos das mais diversas etnias ou culturas. Os guias da Umbanda são universais, atuando de forma discreta e desprovida de ego em muitas religiões e tradições espirituais, ocultados por roupagens energéticas que simbolizam a egrégora, o arquétipo e a vibração que dá sustentação ao trabalho por eles realizado.

O termo egrégora provém do grego egrégoroi e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. A egrégora acumula a energia de várias freqüências, portanto, quanto mais poderoso for o indivíduo, mais força estará emprestando a egrégora para que ela incorpore às dos demais. É a somatória de energias mentais, criadas por
grupos ou agrupamentos, que se concentram em virtude da força vibratória gerada ser harmônica, ou seja, com todos reunidos para o mesmo objetivo.

O fator primordial na reunião dessas consciências espirituais é a sintonia com o arquétipo que existe por detrás de cada linha, que também pode ser identificado como um Orixá, uma vibração, um sentido, um elemento, um santo etc. Compreendendo os arquétipos, conseguimos entender algo não explicado de forma aberta dentro da Umbanda, mas principalmente, esclarecer o conteúdo umbandista para pessoas não familiarizadas com o universo mítico afro-brasileiro, desmistificando assim, nossa maravilhosa e querida Umbanda.
 
Patrícia Lacerda em Kardec online.

BUSCANDO O EQUILÍBRIO








10 PASSOS NA BUSCA DO EQUILIBRIO

Livrar a alma das mágoas, ter coragem, buscar sempre a harmonia. Regras simples de um coração tranqüilo.
Acompanhe as dez lições principais tiradas do livro Tao Te King, escrito há 2500 anos pelo sábio chinês Lao Tsé.

1 - A lição da UNIDADE
Readquirir a sensação de unidade com a natureza significa estar em sintonia com o fluxo da vida, do qual fazemos parte. Estar próximo à natureza, observá-la, nos integra de novo ao seu rítmo. Percebemos como tudo nela está em movimento _ e perdemos o medo das mudanças. Observamos como as energias opostas _quente, frio, seco, úmido_ se integram harmoniosamente e nos abrimos para a convivência como o que é diferente de nós.

2- A lição do CENTRISMO
Assumir o controle da própria vida é não ceder à influência das pressões do mundo. Por isso, quando as coisas começarem a sair do controle, respire fundo. Aquiete sua mente e procure atingir a serenidade que existe dentro de você. Para lidar melhor com as pressões externas, dedique um tempo maior para si mesmo. Procure ficar mais em casa, separe o que acontece dentro e fora de seu lar e não esqueça de incluir na agenda atividades criativas que possam expressar sua essência. Em tempo: aprenda a dizer não à invasão do seu espaço

3- A lição da COMPAIXÃO
O primeiro passo para praticar a compaixão é ser gentil consigo mesmo. Para poder amar ao próximo é preciso, antes, saber amar a si próprio _ só assim poderemos dar amor ao outro, pois já o vivenciamos. Aceitar conscientemente nosso corpo, características de personalidade e limites é uma prática de amor, um ato de generosidade. Só depois disso, é possível estender essa compreensão aos outros.

4- A lição da SIMPLICIDADE
Atividades excessivas podem roubar o prazer de viver. Portanto, simplifique. Evite o supérfluo, organize sua vida e sua casa, não assuma muitos compromissos. Crie espaços na vida, reserve tempo para pensar, relaxar, ler, pintar...

5- A lição dos CICLOS NATURAIS
Como as estações do natureza, nós passamos por várias fases na vida, que precisam ser vividas em sua totalidade, sabendo aceitar as mudanças. Além disso, existem os ciclos do dia-a-dia _ é importante identificar os períodos mais produtivos para concentrar neles as atividades mais relativas à criatividade.

6- A lição da NOÇÃO DO TEMPO
Aqui, o segredo é evitar os hábitos cotidianos que sabotam o tempo que temos à disposição. Entre eles estão a dificuldade de delegar tarefas, estabelecer prioridades e ser incapaz de dizer "não posso" ou "não quero".

7- A lição da CORAGEM
Para o Tao, a coragem se manifesta internamente _ é a disposição de sempre seguir o coração. Muitas pessoas têm medo de demonstrar o que pensam, viver de acordo com a própria convicção e serem rejeitadas por isso. Para acreditar em si, é preciso enfrentar os medos e aprender com eles. Outra idéia é ter em mente o que você deseja fazer, avaliar as condições reais e não se concentrar apenas no que pode trazer dificuldades.

8- A lição da FORÇA
A consciência do próprio valor ajuda a construir o poder pessoal. Ele é construído com base em duas energias, presentes em homens e mulheres: a yin, feminina, suave e emocional, e a yang, masculina, objetiva e ligada ao corpo físico. Entre as fórmulas para aumentar a energia yang estão: ser positivo, definir objetivos, alimentar-se bem, fazer exercícios e estar de bem com a vida. Além disso, é preciso buscar o poder da energia yin, da compaixão, representada pela humildade e pela perseverança. Assim unimos força e flexibilidade.

9- A lição da CAPACIDADE DE AGIR
Pessoas que agem são otimistas, trabalham com a perspectiva de sucesso e aceitam as mudanças como algo natural.

10- A lição da HARMONIA
Citando o exemplo do Aikidô, arte marcial japonesa que ensina a encarar o conflito apenas como energias em oposição, os padrões energéticos são dinâmicos e se movem. Isso significa que os opostos não são irreconciliáveis. Com base em uma compreensão maior, há condições de buscar pontos de vista que podem ser compartilhados e, assim, lidar melhor com o conflito.

PRECE DO AMANHECER

Senhor

No silêncio deste dia que amanhece,
Venho pedir-te a Paz, a Sabedoria, a Força.
Quero ver hoje o mundo com os olhos cheios de amor.
Ser paciente, compreensivo, manso e prudente.
Ver além das aparências teus filhos,
Como tu mesmo os vês,
E assim, não ver senão o bem em cada um.
Cerra meus ouvidos a toda calúnia.
Guarda minha língua de toda a maldade.
Que só de bênçãos se encha meu espírito.
Que eu seja tão bondoso e alegre,
Que todos quantos se achegarem a mim,
Sintam sua presença.
Reveste-me de tua beleza, Senhor,
E que, no decurso deste dia,

Eu Te Revele a Todos.

REFLEXÃO ...

Existem momentos, em que basta que fiquemos alguns instantes em reflexão, para descobrirmos o quanto somos importantes. E esses momentos nos dão as informações de que necessitamos para podermos seguir em frente ou decidirmos aquilo que mais nos aflige. É o que o nosso espírito precisa para aprender e progredir.

CARIDADE E ESPERANÇA - CHICO XAVIER

A DIVERSIDADE NA UMBANDA

 

 

 

 

A DIVERSIDADE NA UMBANDA

A Umbanda é uma religião que tem um conceito – atribuído ao Caboclo das Sete
Encruzilhadas, seu fundador/nominador-aceito universalmente pelos seus membros.

Conceito: Umbanda é a “Manifestação do espírito para a caridade” .

Cem anos atrás, bem antes talvez, a prática da Umbanda já existia, embora
inominada e exercitada em Roças de Candomblé (embora não fossem bem aceitas as
suas manifestações), Terreiros de “Macumba”, em quartinhos nos fundos das casas e
em locais isolados no interior do país, e outros locais com outras denominações onde
se manifestavam esses espíritos.

O feito mais importante do Caboclo das Sete encruzilhadas foi a anunciação e o
”batismo” da nova religião com o nome de Umbanda, a expressão pública da sua
missão, a implantação efetiva e definitiva da nova religião para o mundo físico, não
como uma ocorrência isolada e deslocada em centros kardecistas, Candomblés,
Macumbas, etc... mas como uma “nova” forma de trabalho com a espiritualidade,
cujas primeiras diretrizes fez saber a quantos ali estavam.

Nesse artigo desenvolver-se-á uma teoria sobre o assunto, que não tem a pretensão de
ditar normas ou ser a verdade das verdades, mas de analisar o conceito e suas
implicações.

Partindo do próprio conceito que diz :
“Manifestação do espírito para a caridade” e o
analisando pela ótica da interpretação, pode-se chegar a algumas deduções, que serão
relatadas a seguir.

Quando o conceito fala em “manifestação do espírito”, está especificando que
deve/pode haver esse tipo de manifestação, dentro dos trabalhos da Umbanda.
Quando diz que é “para a caridade” está informando/afirmando a grande condicional
necessária e imprescindível para que esse trabalho dos/com os espíritos seja
considerado como de Umbanda: a prática da caridade.
Atribui-se também ao Caboclo das Sete Encruzilhadas a informação de que essa seria
uma religião para todos: encarnados e desencarnados, de todas as raças, credos e
condições sociais. Sem discriminação.

O Caboclo pergunta aos seus interlocutores kardecistas :
(...)"- Porque repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a
ouvir suas mensagens. Seria por causa de suas origens sociais e da cor?"
"- Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este:

Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."(...)
: "- Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela
recorrerem nas horas de aflição, todas as entidades serão ouvidas, e nós
aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles
que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois
esta é a vontade do Pai." (...)

"-Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A pratica da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".

Foram sublinhados determinados trechos no texto acima apenas para dar ênfase ao
que se pretende demonstrar, ou seja, que a Umbanda, por sua natureza e por sua
conceituação e definição, é uma religião onde a prática da caridade e do amor fraterno é a prioridade e a meta, que nela não pode existir preconceitos de quaisquer espécie,
sejam relativos aos encarnados ou aos desencarnados, que sua função é permitir que
os espíritos e os homens possam auxiliar-se uns aos outros na senda da evolução.
Que se ensine o que se sabe e se aprenda com o outro o que não se sabe ainda. Que
se perceba que somente o amor e a fraternidade podem levar o ser à Luz . Que se
compreenda que nada, nada mesmo, acontece sem que o Astral Superior saiba e
permita.

Que o Pai sempre nos abençoa com recursos que facilitem nossa evolução e nos
espera de braços abertos quando estivermos prontos à retornar ao seu seio. Que a
Divina Luz zela pelos seus filhos todo o tempo, que tudo compreende. Que o Senhor,
tudo vê, sabe e pode; e que não há no universo o que não seja por Ele gerado,
coordenado ou por suas Leis regulado.

Deve-se observar que, se no texto, o Caboclo inicialmente se refere aos pretos velhos
africanos e aos índios nativos, é porque, àquela época, esses eram os espíritos que já
se encontravam prontos para manifestação e a caridade, e não porque outros não
pudessem ser agregados a medida que suas falanges surgissem e estivessem prontas para o trabalho. Sendo evolutiva e agregadora, a Umbanda vem abarcando em seu seio amoroso uma série enorme de espíritos, formadores de novas falanges,
possuidores dos mais diversos conhecimentos, experiências e usos de processos
magísticos ; provenientes das mais diversas origens ( raciais, sociais e religiosas) que
estão dispostos a trabalhar fazendo caridade em busca de sua evolução e no auxílio da evolução do outro.

Do exposto acima surgem alguns itens a observar como, por exemplo, a questão das
novas falanges que vem surgindo na Umbanda, das variantes ritualísticas e das
diversificações de elementos magísticos usados por cada entidade.

Outro ponto que deve ser observado e com cuidado é a relação entre os cultos afros
originais, o Candomblé e a Umbanda. Se de início, talvez até, movidos pelo momento
histórico-político-social e pela necessidade de afirmação da Umbanda enquanto
religião diferenciada tanto do kardecismo quanto do Candomblé, os intelectuais da
Umbanda, de certa forma tenderam a torná-la um tanto rígida, se usaram de um certo
“purismo elitista” e de muito etnocentrismo, isso deve ser entendido dentro do
contexto do momento em que estavam e não como uma forma de dogma, ou de
intolerância. Deve ser levado em conta toda a criação/educação que receberam e o
meio social em que viviam, que era escandalosamente preconceituoso, se levarmos em conta a título de paralelo, os dias atuais.

Deve-se lembrar que a primeira reação de uma “cisão” religiosa entre outras tantas é a de negação do que se tinha anteriormente, ou seja, se de início negaram qualquer
ligação entre a Umbanda e os cultos de Nação, e, se a negação foi menor no que tange ao kardecismo, isso se deveu muito mais à questões das visões pessoais, crenças internas arraigadas, e principalmente do pensamento sócio-político reinante na época, do que à alguma regra da Umbanda ou da espiritualidade.

É preciso também entender que a Umbanda é uma religião de enorme abrangência
espiritual, capaz de unir sem conflitos os espíritos provenientes das mais diversas
fontes e aprendizados religiosos, dos mais diversificados rituais sem com isso se
tornar menos Umbanda, sem perder sua característica principal, a manifestação do
espírito para a caridade.

Os “erros” cometidos em nome da Umbanda são dos seres encarnados, que presos aos conceitos apreendidos na carne, aos sistemas sociais/religiosos onde foram criados, e sendo por suas próprias naturezas seres em evolução, muitas vezes, mesmo imbuídos das melhores intenções e do maior amor, acabam deturpando, ou antes, reduzindo a grandeza da Umbanda ao querer limitar e dogmatizar seus princípios, reduzir seus horizontes e sua competência.

No entanto, é preciso ter cuidado para não fazer como o fizeram os apóstolos após a
morte do Cristo, que ao invés de apenas seguirem seu exemplo de simplicidade e
humildade, e pregarem a boa Nova como lhes foi ordenado, deixaram falar mais alto
seus dogmas, seus preconceitos entranhados pela educação judaica na qual foram
educados e que lhes estavam arraigados ao ser.

Nessa jornada, “distorceram” muitos dos ensinamentos, deturparam princípios,
alteraram conceitos e principalmente esqueceram qual era a mensagem principal:
Todos somos filhos do mesmo Pai que nos espera e perdoa amorosamente.

Transformaram o messianismo e a simplicidade do Cristo em regras rígidas, seu
perdão tão gratuito em condicionamentos e penitências, suas parábolas ditas ao ar
livre em reuniões ritualísticas e repetitivas em templos fechados onde de início nem
todos são convidados a entrar para ouvir.

Sua humildade viu-se alterada e coberta do que é “de César”: riqueza material, poder
mundano acrescidos do controle sobre a consciência dos outros.

Que se possa aprender com os erros alheios do passado e do presente, nossos e dos
outros, principalmente sabendo que tais erros foram cometidos, não por maldade ou
premeditação, e sim por amor, com a crença de ser o ‘senhor” da Verdade, e um amor
capaz de fazer aceitar a morte nas cruzes romanas e nos circos, com a serenidade dos
que crêem-se e sabem-se amparados.

Que se possa compreender e admirar a diversidade daqueles a quem o Cristo pregava, lembrar que Ele não escolhia local nem hora, nem público especial, ele apenas saía e ensinava, curava e plantava a semente do amor nos corações dos homens, a cada um dando conforme sua capacidade de entendimento, sem criticar, sem condenar, apenas amando, perdoando, exemplificando, doando-se.

Que a Umbanda com seus mais diversos rituais, suas mais diferenciadas formas de
trabalho, suas múltiplas falanges, seu leque de opções magísticas usadas para
cumprir sua missão espiritual, permitindo a manifestação do espírito, qualquer
espírito, desde que para a prática da caridade.

Que seus adeptos confiem no Astral Superior, em Deus, não importa por qual nome O
chamem.

Que cada um confie em seus guias e permita que os outros confiem nos que lhe são
afeitos, e possam seguir seus caminhos conforme seus espíritos e suas mentes
estejam preparados para compreender a Umbanda e nela trabalhar.

Que os umbandistas sejam convictos de que seus mentores sabem mais e melhor do
que seus médiuns o que fazer pelo adiantamento de cada um, quais são os caminhos
que cada um tem que percorrer para evoluir.

Cada ser tem sua forma própria de ser e de aprender, seu tempo e método individual
de apreensão de conhecimentos e conceitos. Cada um de nós tem pelo menos uma
habilidade que sempre é utilizada (pelo astral) da melhor maneira possível em
benefício de si e do próximo.

Deixe-se de lado, o mais possível as pretensões tão humanas quanto a saber a verdade Suprema sobre a Umbanda e a vida e reconheça-se que o Pai, conhecendo a natureza dos que nessa terra encarnam, não deixaria que Verdade Suprema fosse conhecida integralmente por nenhum de nós, já que o poder é um grande corruptor de almas, e que tende-se a usar desses conhecimentos em proveito próprio (mesmo quando se tem, a melhor das boas intenções!), pois sempre se acha bem no íntimo que a “nossa“ forma de ver o mundo é a mais correta.

Tudo isso é para fazer meditar os seres sobre essa diversidade tão amada e tão
condenada ao mesmo tempo. É para fazer meditar cada coração e cada espírito sobre
o direito que se tem de julgar o que é feito na casa do outro.

Que direito se tem de passar por cima dos conceitos alheios e impor os seus?

Quem, eu pergunto:
quem tem a procuração de Deus com firma reconhecida (como já
o exigia o poeta), dizendo que é o “senhor da verdade” sobre o que é ou o que não é a umbanda e parte da Umbanda?

Quem pode se arvorar em predileto de Deus, eleito para ditar aos homens a verdade?
Nem os Guias o fazem!

Cada guia, à sua época, conforme a necessidade e a capacidade de compreensão dos
que ali se apresentavam ou para suas casas eram encaminhados, de acordo com a
sua proposta de trabalho -decidida no e pelo Astral- fez as suas colocações e lançou o
que em suas casas/tendas/terreiros seria a base de sua magia, qual a filosofia seria
seguida por sua linha teológica.

O que todos tem em comum é o Amor ao Pai e “ao próximo como a si mesmo”, o
respeito pelas Leis Divinas, o trabalho com espíritos para a prática da caridade e a
busca da evolução. Isso é Umbanda!

Simples, humilde, diversificada, unida sim, não pela foram de ritual externo nem pelo
tipo específico de uso magístico, mas pela sal missão: Fazer a caridade sem
preconceitos, sem elitismo, sem condicionantes outras que não sejam o Amor, a Fé, a
vontade de Evoluir, e praticar a caridade permitindo que os espíritos se manifestem e
trabalhem pelo bem, seu e do outro. Fazendo de seus adeptos, mormente os médiuns, seres participativos, integrantes e integrados na umbanda, e responsáveis pelo que fazem Nela, com Ela e por Ela.

Cristina Zecchinelli - Julho de 2007
Umbanda Online

MONITORAMENTO GLOBAL

EU SOU UMBANDISTA ...

Qual a minha religião? Eu sou UMBANDISTA!!!

Muitas pessoas confundem tudo onde acontece a incorporação como sendo Umbanda. Existe muito terreiro de pura feitiçaria comandado pelo baixo astral; lugares onde se cobra pelo trabalho realizado; casas onde são feitas amarrações, demandas e magias negativas; locais que prometem milagres e comercializam a fé alheia … e para tudo isso é usado o nome da Umbanda! Por esse motivo o povo umbandista é descriminado, ironizado e ridicularizado. Somos julgados e analisados a todo momento pois as pessoas nos olham com medo, insegurança e desconfiança já imaginando “o perigo” que será a convivência com um umbandista. Tais fatos nos levam, muitas vezes, a negar a Umbanda, afinal, ser “espírita” ou católico é mais fácil e não causa tantos arrepios. Médiuns com grande capacidade espiritual costumam fugir dos centros umbandistas ou quando assumem sua religiosidade dentro da Umbanda enfrentam o medo do novo, a contrariedade da família e ainda precisam estar todo tempo atentos aos ataques do baixo astral que não quer, entre outros motivos, a evolução espiritual do médium. Precisamos mudar essa imagem negativa da Umbanda e para isso temos todos que ter sempre em mente que a Umbanda é uma religião que prega as mesmas verdades e busca a mesma paz de espírito que todas as outras religiões. Umbanda é reforma íntima, respeito, dedicação, disciplina e superação. Umbanda é pureza, simplicidade, força, é a conscientização sobre o Bem e o Mal. Umbanda não é milagre, mas merecimento. É estudo e consciência e não comodismo ou achismo. É respeito à natureza, pois Umbanda é natureza. Umbanda é fé, amor, conhecimento, justiça, lei, evolução, geração e a prática da caridade em todas as formas. É a conscientização de que cada pessoa é responsável por suas atitudes, que o ato cometido sempre gera uma reação resultando em um Bem ou um Mal tanto para quem pratica como para quem recebe. Umbanda é a consciência de que o sentido da vida é a busca da perfeição espiritual e material e de que o melhor caminho para alcançarmos essa perfeição é a prática de boas atitudes ao próximo. Ser umbandista é para poucos, é para os fortes e determinados! Eu me orgulho de ser umbandista e bato no peito com toda a convicção, amor e respeito pois sou filha de Orixá e Eles estão em mim assim como eu estou Neles. Axé a todos os umbandistas que assumem, amam e respeitam nossa bela religião e os Sagrados Orixás!

UMBANDA E CANDOMBLÉ NA EUROPA ...

Umbanda e candomblé na europa

Pais-de-santo profissionalizam os rituais afros e expandem a prática pelo Velho Continente

Carina Rabelo
Comportamento
Umbanda e candomblé na europa
Pais-de-santo profissionalizam os rituais afros e expandem a prática pelo Velho Continente

Carina Rabelo, de Berlim (Alemanha)
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Desde que foi convidado, há 19 anos, para ministrar aulas de dança afro numa escola em Berlim, na Alemanha, Murah Soares, 38 anos, criado e iniciado num terreiro de candomblé na Bahia, é surpreendido por alunos que lhe pedem a bênção após as coreografias. Daí nasceu a convicção de que tinha um terreno fértil para difundir sua crença entre os alemães. Em 4 de dezembro de 2007, Murah oficializou o Ilê Axé Oyá, o primeiro terreiro de candomblé na Alemanha com as bases religiosas do Brasil. Em julho deste ano, ele foi reconhecido oficialmente após a bênção da Mãe Beata, de Nova Iguaçu (RJ), uma das mais respeitadas do Brasil. Assim como Murah, muitos pais-de-santo e mães-de-santo escolheram a Europa para desenvolver e plantar o culto aos caboclos e orixás.
A receptividade dos europeus à diversidade de manifestações culturais e religiosas é fomentada pela presença maciça de imigrantes no Velho Continente. Segundo a Eurostat, comissão que divulga as estatísticas da Europa, em 2007 o continente tinha mais de 1,8 milhão de imigrantes legais, o triplo de 1994, quando eram 590 mil. Diante do desafio de dialogar com a pluralidade cultural que invade as ruas, a Europa revela um interesse crescente pela diversidade, pelo exótico, pela identidade e pela religião das outras nações.
Em 1974, de carona na onda do esoterismo, surgiram os primeiros terreiros de umbanda e candomblé na Europa, ainda reduzidos às práticas de magia. A partir do sucesso internacional dos trabalhos do fotógrafo e escritor francês Pierre Verger, pilar da difusão do candomblé pelo mundo, começaram os festivais multiculturais e de fomento ao intercâmbio de estudantes e pesquisadores entre Brasil e Europa. Assim, a dança e a musicalidade dos cultos afros se tornaram o ponto de partida para o interesse pela religião.
“Na Europa, há mais tolerância do que no Brasil, onde os cultos ainda sofrem os ataques dos evangélicos. Na Alemanha, ela é vista com respeito, admiração e curiosidade”, diz Murah, que também é presidente da ONG Fórum Brasil, que promove a difusão da cultura brasileira através de workshops e seminários. O Ilê Axé Oyá, em atividade há seis anos, reúne 300 alemães e imigrantes nas festividades religiosas.
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Enquanto o candomblé e a umbanda se popularizaram no Brasil pelas magias, curas e benefícios imediatos, os europeus se interessaram pelo aspecto antropológico dessas religiões. “Os europeus têm curiosidade pelos fundamentos teóricos e a história dos cultos. O que os motiva também na iniciação é a resposta imediata na comunicação com as entidades, o que não ocorre nas demais crenças. Eles sabem que o orixá está ouvindo”, comenta o pai-de-santo italiano Mário Quintano, 40 anos, presidente da Associazione per la Diffusione del Candomblé, na Itália. Após a iniciação no Brasil, Mário se mudou para Arborio, na região do Piemonte, onde administra há oito anos o terreiro de candomblé Ilê Asé Alaketu Ayrá.
No Velho Mundo, algumas adaptações devem ser feitas para garantir o bom convívio com a comunidade local. Áustria, Alemanha e Suíça, por exemplo, rejeitam a centralização do comando religioso numa única figura. “Procuro diminuir a hierarquia no meu terreiro para que todos se sintam incluídos e conscientes do que ocorre lá”, comenta a psicoterapeuta austríaca Astrid Habiba Kreszmeier, 44 anos, que adotou o nome Habiba de Oxum Abalo, após ser iniciada no Brasil pelo pai-desanto Carlos Bubby, em São Paulo. Há dois anos, Habiba fundou o terreiro Terra Sagrada na cidade de Graz, na Áustria, com filiais na Suíça, em Zurich, e na Alemanha, em Landsberg.
Entre as adaptações estão as modificações no culto, que devem estar de acordo com a legislação européia (leia quadro). Thales Fonseca, 29 anos, que se intitula Comandante Chefe do Terreiro Umbanda Temple, fundado em maio de 2007, em Londres, na Inglaterra, reconhece a rigidez das leis e considera algumas delas benéficas para a religião. “Aqui, se alguém discrimina o outro pela fé, vai parar na cadeia. A ação da polícia é muito rápida para coibir a intolerância religiosa.” Criado por uma fervorosa evangélica e freqüentador assíduo dos cultos protestantes, ele recebeu críticas quando decidiu ser iniciado na umbanda aos 15 anos. “As entidades disseram que eu deveria trazer a religião para os ingleses, que estão carentes de um trabalho espiritual gratuito. Foi quando descobri o meu caminho”, afirma.
Pesquisadores da religião reconhecem a expansão dos cultos afros na Europa, mas são reticentes em considerar que o interesse dos europeus tem um engajamento verdadeiramente religioso. “O candomblé e a umbanda são tão curiosos para eles como a capoeira, os atabaques e a dança folclórica. É um interesse pela diversidade cultural, como ocorre com a world music. Teriam a mesma empolgação pela manifestação cultural dos aborígines australianos, por exemplo”, pondera o sociólogo Flávio Pierucci, da Universidade de São Paulo. Com ou sem legítimos praticantes, o fato é que o candomblé e a umbanda já não são mais vistos como “macumba” no Velho Continente.
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Retirado da Revista ISTOÉ 2036

O PODER DOS MÉDIUNS


Como a ciência justifica as manifestações de contato com espíritos e por que algumas pessoas desenvolvem o dom

Suzane Frutuoso fotos Murillo Constantino

O espiritismo é seguido por 30 milhões de pessoas no mundo. O Brasil é a maior nação espírita do planeta. São 20 milhões de adeptos e simpatizantes, segundo a Federação Espírita Brasileira – no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2,3 milhões declararam seguir os preceitos do francês Allan Kardec, o fundador da doutrina. A mediunidade, popularizada pelas psicografias de Chico Xavier, em Uberaba (MG), ganhou visibilidade nos últimos anos na mesma proporção em que cresceu o espiritismo. Mas nada se compara ao poder da mídia atual, que permite debater os ensinamentos da religião por meio de livros, programas de tevê e rádio. Os romances com temática espiritualista de Zíbia Gasparetto, por exemplo, são presença constante nas listas de mais vendidos.

Embora não haja estatísticas de quantos entre os praticantes são médiuns, o que se observa é uma quantidade maior de pessoas que afirmam possuir o dom. O interesse pela religião fundamentada por Kardec (por isso também chamada de kardecismo) é confirmado pelo recorde de público do filme Bezerra de Menezes – o diário de um espírito, do cineasta Glauber Filho: 250 mil espectadores, desde o lançamento nos cinemas, em 29 de agosto. Um número alto para uma produção nacional. O longa, com o ator Carlos Vereza (também praticante do espiritismo) no papel-título, conta a história do cearense que ficou conhecido como “médico dos pobres”, se tornou ícone da doutrina e orienta médiuns em centenas de centros a se dedicar ao bem e à caridade.

PSICOGRAFIA
Instrumento por meio dos livros
A psicóloga Marilusa Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, é conhecida no espiritismo pela sua vasta literatura psicografada. Em 40 anos de dedicação à mediunidade, publicou 61 livros. Seu orientador é o espírito do poeta Tomás Antonio Gonzaga, que participou da Inconfidência Mineira. A dedicação à psicografia levou Marilusa a fundar em 1985 a Editora Espírita Radhu, sigla para renúncia, abnegação, desprendimento e humildade, a base dos ensinamentos na doutrina. Ela reúne outros dons, como ouvir, falar e enxergar espíritos e ser instrumento deles na pintura mediúnica. “Os vários tipos surgiram desde a infância”, conta Marilusa, que nasceu numa família espírita. “O controle da mediunidade é indispensável. O médium não é joguete do espírito. Eles interagem, num acordo mútuo de tarefa.”

Os espíritas dizem que todas as pessoas têm algum grau de mediunidade. Qualquer um seria capaz de emitir pensamentos em forma de ondas eletromagnéticas que chegariam a outros planos. O que torna algumas pessoas especiais, segundo os praticantes, a ponto de se transformarem em canais de comunicação com os mortos, é uma missão – designada antes mesmo de nascerem, determinada por ações em vidas anteriores e que tem na caridade o objetivo final. “É uma tarefa em favor da evolução de si mesmo e da ajuda ao próximo”, diz Julia Nesu, diretora do departamento de doutrina da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. Fenômenos relacionados a pessoas que falavam com mortos e envolvendo objetos que se mexiam são relatados desde o século XVII, tanto na Europa quanto nas Américas, mas hoje cientistas tentam compreender o fenômeno. Algumas linhas de pesquisa mostram que o cérebro dos médiuns é diferente dos demais.

São cinco os meios de expressão da mediunidade. A psicografia, que consagrou Chico Xavier, é a mais conhecida. Nela, o médium escreve mensagens e histórias que recebe de espíritos. Estaria sob o controle deles o que as mãos transcrevem. A vidência permite enxergar os mortos que não conseguiram se desvencilhar da Terra ao não aceitarem a morte ou que aparecem para enviar recados a entes queridos. Na psicofonia, o sensitivo é capaz de ouvir e reproduzir o que os espíritos dizem e pedem. A psicopictografia, ou pintura mediúnica, permite ao médium ser instrumento de artistas desencarnados (termo usado pela doutrina para designar mortos). A mediunidade da cura é responsável pelas chamadas cirurgias espirituais. Não é incomum um mesmo indivíduo reunir mais de um tipo de dom.

VIDÊNCIA
Ver e auxiliar aqueles que estão em outro plano
Aos cinco anos, o chefe de faturamento hospitalar Ivanildo Protázio, de São Paulo, 49 anos, pegava no sono com o carinho nos cabelos que uma senhora lhe fazia todas as noites. Descobriu tempos depois que era a avó, morta anos antes. Aos 19 anos, os espíritos já se materializavam para ele. “Nunca tive medo. Sempre me pareceu natural.” A mãe, que trabalhava na Federação Espírita, o encaminhou para as aulas em que aprenderia a lidar com o dom. Hoje, Protázio é professor de educação mediúnica. Essa é uma parte da sua missão. A outra é orientar os espíritos que lhe pedem auxílio para entender o que aconteceu com eles. A oração é o remédio. “Os espíritos superiores me ensinaram a importância da caridade para nossa própria evolução.”

A reportagem de ISTOÉ presenciou uma manifestação mediúnica em Indaiatuba, interior de São Paulo. O tom de voz baixo e os gestos delicados de Solange Giro, 46 anos, sugeriam que ela carrega certa timidez ao expor a própria vida numa conversa com um estranho. Cerca de duas horas depois, porém, é difícil acreditar no que os olhos vêem. Diante de uma tela em branco, sobre uma mesa improvisada com dezenas de tubos de tinta, a mulher começa a pintar um quadro na seqüência de outro. O tempo gasto em cada um não passa de nove minutos. As obras são coloridas e harmoniosas. “Nunca fiz aula de artes. Mal conseguia ajudar meus filhos com os desenhos da escola”, diz, minutos antes da apresentação. A discreta Solange dá lugar a uma pessoa que fala alto, canta e encara os interlocutores nos olhos, com ar desafiador. A assinatura nas telas não leva seu nome, mas de artistas famosos – e já mortos –, como Monet, Mondrian e Tarsila do Amaral. Seria uma interpretação digna de uma atriz? Talvez. O que difere o momento de uma encenação é subjetivo e dá margem a dezenas de explicações – convincentes ou não. Talvez seja possível encontrar respostas no que a artista diz a cada uma das pessoas da platéia presenteadas com um dos dez quadros produzidos na noite. Enquanto entregava a obra, ela desferia características e situações de vida de cada um absolutamente desconhecidas dela. O mentor que a guia é o médico holandês Ernst, que viveu no século XVII. A sensitiva garante que era ele, não ela, quem estava presente na pintura dos quadros.

Nem sempre é fácil aceitar a mediunidade, que pode causar medo quando começa a se manifestar. “Ainda hoje não gosto quando vejo o possível desencarne de alguém. Nestas horas, preferia não saber”, conta a psicóloga Marilusa Moreira Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, que psicografa. O médium de cura Wagner Fiengo, analista fiscal paulistano, 37 anos, chegou a se afastar da doutrina. “Aos 13 anos não entendia por que presenciava aquilo.” Para manter a sanidade e o equilíbrio, as pessoas que possuem dons e querem fazer parte da religião espírita precisam se dedicar à educação mediúnica. O curso leva cinco anos. Inclui os ensinamentos que Allan Kardec compilou no Livro dos espíritos – a obra que deu base ao entendimento da doutrina – e no Livro dos médiuns – que explica quais são os tipos de mediunidade, como eles se manifestam e os cuidados a serem tomados. Entre eles, o combate a falhas de comportamento, como vaidade, orgulho e egoísmo. O espiritismo prega que as imperfeições da personalidade atraem espíritos com a mesma vibração. “O pensamento é tudo. Aqueles que pensam positivo atrairão o que é semelhante. O mesmo acontece com o pensamento negativo e os vícios. Quem gosta de beber, por exemplo, chama a companhia de espíritos alcoólatras”, afirma o professor de educação mediúnica Ivanildo Protázio, 49 anos, de São Paulo, que tem o dom da vidência.

Imaginar que convivemos no cotidiano com pessoas que estão mortas vai além da compreensão sobre a vida – pelo menos para quem não acredita em reencarnação. Mas até na ciência já existem aqueles que conseguem casar racionalidade com dons espirituais. Esses especialistas afirmam que a mediunidade é um fenômeno natural, não sobrenatural. E que o mérito de Allan Kardec foi explicar de maneira didática o que sempre esteve presente – e registrado – desde a criação do mundo em todas as religiões. O que seria, dizem os defensores da doutrina, a anunciação do Anjo Gabriel a Maria, mãe de Jesus, se não um espírito se comunicando com uma sensitiva?

Apesar desse contato constante, os mortos, ou desencarnados, como preferem os espíritas, não aparecem em “carne e osso”. A ligação com o mundo dos vivos seria possível graças ao perispírito, explica Geraldo Campetti, diretor da Federação Espírita Brasileira. “Ele é o intermediário entre o corpo e o espírito. A polpa da fruta que fica entre a casca e o caroço.” O perispírito seria formado por substâncias químicas ainda desconhecidas pelos pesquisadores terrenos, garantem os adeptos do espiritismo. “É a condensação do que Kardec batizou como fluido cósmico universal”, afirma o neurocirurgião Nubor Orlando Facure, diretor do Instituto do Cérebro de Campinas. Nas quatro décadas em que estuda a manifestação da mediunidade no cérebro, Facure mapeou áreas cerebrais que seriam ativadas pelo fluido.

CURA
Cirurgias sem dor nem sangue
O primeiro espírito a se materializar para o analista fiscal Wagner Fiengo, 37 anos, de São Paulo, foi de um primo. Ele tinha dez anos, teve medo e se afastou. Mas, na juventude, um tio, seguidor da doutrina, avisou que era hora de ele se preparar para a missão que lhe fora reservada. Por meio da psicografia, seu guia espiritual, o médico Ângelo, informou que teriam um compromisso: curar pessoas. Ele não foi adiante. Uma pancreatite surgiu sem que os médicos diagnosticassem os motivos. Há quatro anos, seu guia explicou que as doenças eram ajustes a erros que Fiengo havia cometido numa vida passada. A missão era a forma de equilibrar a saúde e a alma. Em 2004, iniciou as cirurgias espirituais. Ele diz que não é uma substituição ao tratamento convencional. “É um auxílio na cura de fatores emocionais e físicos.”

Comprovar cientificamente a mediunidade também é objetivo do psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de medicina e espiritualidade da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação Médica-Espírita de São Paulo. Com exames de tomografia, ele analisou a glândula pineal (uma parte do cérebro do tamanho de um feijão) de cerca de mil pessoas. “Os testes mostraram que aqueles com facilidade para manifestar a psicografia e a psicofonia apresentam uma quantidade maior do mineral cristal de apatita na pineal”, afirma Oliveira. Ele também atende, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, casos de pacientes de doenças como dores crônicas e epilepsia que receberam todos os tipos de tratamento, não tiveram melhora e relatam experiências ligadas à mediunidade. “Somamos aos cuidados convencionais, como o remédio e a psicoterapia, a espiritualidade, que vai desde criar o hábito de orar até a meditação. E os resultados têm sido positivos.” Uma pesquisa de especialistas da USP e da Universidade Federal de Juiz de Fora, publicada em maio no periódico The Journal of Nervous and Mental Disease, comparou médiuns brasileiros com pacientes americanos de transtorno de múltiplas personalidades (caracterizado por alucinações e comportamento duplo). Eles concluíram que os médiuns apresentam prevalências inferiores de distúrbios mentais, do uso de antipsicóticos e melhor interação social.

A maior parte dos cientistas acredita que a mediunidade nada mais é do que a manifestação de circuitos cerebrais. Alguns já seriam explicáveis, como os estados de transe. Pesquisas da Universidade de Montreal, no Canadá, e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, comprovaram que, durante a oração de freiras e monges católicos, a área do cérebro relacionada à orientação corporal é quase toda desativada, o que justificaria a sensação de desligamento do corpo. Os testes usaram imagens de ressonâncias magnéticas e tomografias feitas no momento do transe.

A teoria seria aplicável ao transe mediúnico, quando o médium diz incorporar o espírito e não se lembra do que aconteceu. Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra, estudaram pessoas que estiveram entre a vida e a morte e relataram se ver fora do próprio corpo durante uma operação ou entrando em contato com pessoas mortas. Os estudiosos concluíram se tratar de um fenômeno fisiológico produzido pela privação de oxigênio no cérebro. Trabalhando sob stress, o órgão seria também inundado de substâncias alucinógenas. As imagens criadas pela mente seriam apenas a retomada de percepções do cotidiano guardadas no inconsciente.

PSICOPICTOGRAFIA
Milhares de quadros pintados
Criada numa família católica, Solange Giro, 46 anos, de Parapuã, interior de São Paulo, teve o primeiro contato com o espiritismo aos 20 anos, ao conhecer o marido. Ele, que perdera uma noiva, buscava o entendimento da morte. Já casada e com dois filhos, passou a sofrer de depressão. Encontrou alívio na desobsessão (trabalho que libertaria a pessoa de um espírito que a domina). A mediunidade dava os primeiros sinais. Logo passou a ouvir e ver espíritos. O dom da psicografia veio em seguida. Era um treino para ser iniciada na pintura mediúnica. “Pintei cinco mil quadros no primeiro ano. Estão guardados. Não tive autorização para mostrálos”, conta Solange, que diz nunca ter estudado artes. Nos últimos 13 anos, ela recebeu aval de seu mentor para vender os quadros. O dinheiro é revertido para a caridade.

O psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira rebate a incredulidade. “Se uma pessoa está em cirurgia numa sala e consegue descrever em detalhes o que ocorreu em um ambiente do outro lado da parede, é possível ser apenas uma sensação?” Essa é uma pergunta que nenhuma das frentes de pesquisa se arrisca – ou consegue – a responder com exatidão. Da mesma maneira que todos os presentes à sessão de pintura em Indaiatuba saíram atônicos, sem conseguir explicar como alguém que conheceram numa noite foi capaz de decifrar suas angústias mais inconfessáveis.



Retirado da Revista ISTOÉ



Arquivado em: ESPIRITISMO, NOTICIAS



http://povodearuanda.wordpress.com/2010/02/21/o-poder-dos-mediuns-2/

ÉTICA





ÉTICA

Precisamos repensar sobre os caminhos, sobre a forma de ligarmos ao Divino. É necessário que organizemos nosso templo interior.
Meu corpo é a semelhança de meu Deus, nele habita um templo, e é sobre esse templo que todos precisamos refletir. Qual a relação que você tem com seu templo interior?

Na Umbanda, os templos ainda refletem o estágio em que nossos irmãos se encontram, procurando maiores esclarecimentos.
Muitos deles ainda estão presos às lendas, às mitologias do passado, carentes de informação.

Falaremos da ética na Umbanda, a conduta que cada filho deve ter mediantes a busca pessoal do Divino.
Precisamos realmente tomar cuidado com tudo aquilo que é por demais extravagante ou “bizarro”.

Será que nosso Deus precisa ou quer esse tipo de manifestação? Pergunto-lhe: será nossas Entidades precisam de tanta decoração, de tantos adereços para praticarem a caridade e o amor ao próximo?
Muitos irmãos apresentam um exibicionismo exagerado, querem aparecer mais, querem ser mais importantes do que a própria necessidade obriga.
Na prática da caridade, do amor ao próximo, não podemos levar conosco toda uma herança de orgulho e vaidade. Onde existem orgulho e vaidade, o amor não prevalece.

São vários os caminhos que nos levam ao Divino, ao nosso Deus maior, ao “religare” que as religiões tanto oferecem.
Muitas vezes, as religiões não estão organizadas ou preparadas para exercer sua responsabilidade neste plano, neste planeta, de forma que, ficam a mercê dos dominadores, daqueles que colocam seu orgulho pessoal na frente de tudo, que são verdadeiros vampiros de almas.
Em nome de um Astral Superior, absorvem a energia dos seus filhos, tomando-os para si, deixando-os cada vez mais impotentes diante da grandiosidade que é o templo interior.

Muitas religiões se perdem em ritos, em cultos que não levam a nada e nem a lugar nenhum, a não ser a banalidade e ao lugar comum. Um hospital de caridade não é um palco para exibicionismo baratos, é sim um lugar de transparência, um lugar onde a vida corre em busca da evolução.

Em nosso grande hospital chamado Umbanda, precisamos realmente que predomine o amor ao próximo.
Chega de banalidades ritualísticas que não levam a nada, a não ser a enganações e mistificações de nosso povo, cada vez mais o distanciando do verdadeiro espírito racionalizado.
Precisamos, acima de tudo, entender esse estágio evolutivo e organizar cada vez mais a nossa Umbanda, a nossa religião, para que no Plano Astral ela possa ter uma função muito mais clara, porque, com a consciência, nossos irmãos, uma vez desencarnados, poderão trabalhar com muito mais satisfação, porque a consciência, nossos irmãos, uma vez desencarnados, poderão trabalhar com muito mais satisfação, porque a consciência os levou a um plano de participação cósmica, inserindo-os no equilíbrio universal, no amar o próximo, no dar e receber.

Essa é a Lei do Equilíbrio, a Lei do Processo Evolutivo.

Precisamos respeitar os cultos e as formas de direcionar o pensamento ao Divino.
Não podemos transformar a nossa religião em um amontoados de lendas e mistificações, de metáforas e metafísica.

A nossa religião é simples, é a religião dos mortos, é a religião da vida, e a religião do Divino em nós.

Fiquem em paz.
Sarava, meus irmãos.


Pelo Espírito Pedro Miguel – Mensagem recebida por meio de audiofonia e 28 de março de 2005, pelo Médium Marques Rebelo.

Revista Espiritual de Umbanda Nº 09 - Editora Escala

O PERFIL DO UMBANDISTA







Dentre aqueles que freqüentam um terreiro de Umbanda na condição de médium de incorporação destacam-se os que vivem verdadeiramente a fé umbandista. A condição de umbandista não se limita apenas às roupas, às guias, ao ritual ou ao dom que recebeu e aprendeu a desenvolver ao longo dos anos. A pessoa umbandista vai além das paredes, muitas vezes caiadas, dos templos e das tendas. Há quem diga que umbandista é aquela pessoa que faz parte de um terreiro e que serve de “cavalo” para os Caboclos e Pretos Velhos. Ora, sabe-se que todo aparelho de uma dessas Entidades é um umbandista porque faz parte da religião de Umbanda. Entretanto, ser umbandista é algo mais profundo do que apenas uma apresentação exterior de força espiritual ou trabalho mediúnico. O umbandista, antes de qualquer coisa é um indivíduo comum, suscetível a erros e tropeços, que tem uma vida cotidiana como a de qualquer ser humano e que também está sujeito a enfermidades, violências e também à morte do corpo. O umbandista não é nenhum super-homem, e tampouco um poderoso mensageiro dos céus. Pelo contrário, é mais um entre os milhões de espíritos que estão no Planeta com a árdua e necessária tarefa de resgate dos erros cometidos em vidas anteriores.
Uma das grandes características do umbandista que vive a religião que professa é a abnegação, particularidade muito bem exemplificada por Jesus e por tantos outros que se entregaram totalmente em favor de outrem. O ato de sacrificar a própria vida pelo bem comum deu ao Galileu o título de grande exemplo a ser seguido por todos aqueles que quiserem estufar o peito e dizer que são umbandistas. Primeiramente é necessário saber doar-se em favor do próximo.
Não há hoje em dia a necessidade de pendurar-se numa cruz, ou receber uma coroa feita de galhos cheios de espinhos, como Jesus fez há dois mil anos. Mas, é preciso entregar-se diariamente em favor dos outros num trabalho contínuo de sacrifício do Ego.
O umbandista precisa ser abnegado. Não se importando com o que acontecerá a si mesmo, ele dá tudo o que tem para que os seres à sua volta se sintam felizes de alguma forma. Esta abnegação, porém, é exercida de forma desinteressada, gratuita mesmo. A palavra gratuita vem de “graça”, ou seja, aquilo que é dado ou feito sem esperar nada em troca. Nenhuma riqueza, nenhum benefício ou qualquer outra coisa que possa servir de pagamento pelo favor prestado.
Exercitando a abnegação (ato de negar-se a si mesmo), o umbandista é capaz de “emprestar” seu corpo e seu intelecto aos Caboclos, sem desejar alguma bênção especial. É capaz de estender a mão aos amigos e aos inimigos sem exigir deles a gratidão ou o reconhecimento. É capaz de perdoar aqueles que o ofenderam, sem jogar-lhes na face, a culpa. Praticando a abnegação, muitas vezes, o umbandista despende seu tempo, suas roupas, seus recursos, sua saúde e seus tesouros mundanos em prol de alguém que nem mesmo conhece. Há muitos exemplos disso nas parábolas proferidas por Jesus. A do bom samaritano é o maior de todos.
A pessoa que, sob qualquer desculpa, solicita ou recebe alguma remuneração pelo bem que prestou, está longe de dizer que verdadeiramente é umbandista. Se, em algum momento, esperou dos irmãos, sejam eles encarnados ou desencarnados, qualquer recompensa, está longe do que realmente deve ser um Filho de Umbanda. Se qualquer ato que beneficiou o irmão foi, de alguma forma, “pago”, deixou de ser uma atitude abnegada para ser apenas um negócio.
A comercialização, nesses casos, não é apenas a troca de serviços por bens monetários, como pensa a maioria. Trata-se também das vantagens que muitos membros da religião esperam receber por estarem fazendo o que lhes é de obrigação fazer. Desprovidos de qualquer sentimento tipicamente humanista, existem muitos umbandistas que cobram dos Mensageiros de Aruanda alguma vantagenzinha, algo extremamente egoísta e mesquinho. É aquele que vê na tal caridade que praticou no terreiro a oportunidade de ganhar a simpatia do Chefe ou da Mãe de Santo e, com isso, obter favores. É também aquele que espera um reconhecimento público da caridade prestada, e torna-se – em muitos casos – um vaidoso e exibido médium sempre querendo “dar” mais alguma coisa em troca de outra.
Aquele que faz da caridade um trampolim para “subir” na vida, já deixou a abnegação para trás há muito tempo. Aquele que achou no serviço em favor do próximo uma oportunidade para “ganhar a vida” perdeu a chance de abnegar-se pelo irmão. E aquele que diz que ostenta a bandeira da Caridade – palavra de ordem maior da Umbanda – jamais deve trocá-la por alguma ninharia ou por uma grande soma. Mas, deve procurar conservar essa grande característica do real religioso umbandista: a abnegação!

JURAMENTO DE FÉ DA UMBANDA





· Eu creio na existência de um Deus único,onipotente,onisciente,oniquerente e onipresente.

· Eu creio na existência dos sagrados Orixás,as divindades de Deus,às quais Ele confiou as suas qualidades divinas e que são os seres superiores responsáveis pela concretização de Sua infinita obra colocada à disposição de todos os seres, de todas as criaturas e de todas as espécies que Ele criou.

· Eu creio que cada um dos Sagrados Orixás é uma divindade unigênita dotada do Poder Divino de transmitir Sua qualidade e caráter Divino aos seres,às criaturas e às espécies.Esse fato que os distingue como auxiliares diretos do Criador do Universo e Divinos Pais dos seres,denominados seus filhos;regentes das criaturas,denominados seus animais,e das espécies,denominados seus vegetais,suas plantas e suas folhas.

· Eu creio na existência de uma essência viva e divina ou corpo etérico de Deus,por meio do qual se manifestam tanto Suas divindades quanto os espíritos que incorporam nas sessões religiosas umbandistas.Corpo Divino também é chamado de Espírito Santo por outras crenças religiosas.

· Eu creio na imortalidade dos espíritos e na capacidade de se comunicarem com os encarnados e de influenciá-los positiva ou negativamente.

· Eu creio na existência da incorporação mediúnica e no beneficio que os espíritos luzeiros,incorporados pelos Sagrados Orixás às suas hierarquias espirituais humanas,trazem a todos os encarnados quando incorporam em seus mediadores umbandistas.

· Eu creio na evolução dos espíritos e no aperfeiçoamento consciencial que a religião Umbanda proporciona a todos os seus fiéis,adeptos e seguidores.

· Eu creio na existência de múltiplas faculdades mediúnicas e esforçar-me-ei no estudo e no entendimento delas,pois só assim poderei ensiná-las e auxiliar quem possuir algumas delas e estiver necessitando da ajuda para ordená-las e fazer o bom uso delas,tanto em seu próprio beneficio quanto de seus semelhantes.

· Eu creio na existência de uma evolução continua de toda a Criação Divina e creio que só por intermédio do estudo,da dedicação e do aprendizado poderei ser útil a essa evolução.

· Eu creio que ,por ter sido gerado por Deus e por ter sido qualificado por uma de Suas Divindades,sou um ser de origem divina e dotado de múltiplas faculdades,às quais desenvolverei e aperfeiçoarei,pois assim,serei útil ao meu Criador,ao meu Orixá e Pai Ancestral,aos meus semelhantes,meus irmãos e à toda a Criação Divina,da qual sou parte e sou beneficiário.

· Eu creio em Deus ,em Suas Divindades,nos Senhores Orixás e creio em mim mesmo,pois também sou um ser de origem divina e sou dotado de inteligência,de raciocínio e de razão para poder diferenciar o bom do ruim,o certo do errado,o justo do injusto,o divino do profano e o divino do humano.Amém

TEMPLO UMBANDISTA ESTRELA DOURADA

CENSO 2010 ...

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O GUERREIRO DA LUZ E SEU MUNDO - (TEMPLARIUS EM 06-03-10)


O guerreiro da luz e seu mundo


O guerreiro da luz sempre procura melhorar.
Cada golpe de sua espada traz consigo séculos de sabedoria e meditação. Cada golpe precisa ter a força, a habilidade de todos os guerreiros do passado, que ainda hoje continuam abençoando a luta. Cada movimento no combate honra os movimentos que as gerações anteriores procuraram transmitir através da Tradição.
O guerreiro desenvolve a beleza de seus golpes. Embora se comporte como uma criança.
As pessoas ficam chocadas, porque esqueceram que uma criança precisa divertir-se, brincar, ser um pouco irreverente, fazer perguntas inconvenientes e imaturas, dizer tolices.
E perguntam, horrorizadas: "É isso o caminho espiritual? Ele não tem maturidade!”
O guerreiro se orgulha com este comentário. E mantêm-se em contacto com Deus, através de sua inocência e alegria. Age assim, porque no começo de sua luta, afirmou para si mesmo:
“Eu tenho sonhos”.
Depois de alguns anos, percebe que é possível chegar onde quer. Ele sabe que vai ser recompensado.
Neste momento, a grande alegria que animava seu coração, desaparece. Porque enquanto caminhava, conheceu a infelicidade alheia, a solidão, as frustrações que acompanham grande parte da humanidade. O guerreiro da luz então acha que não merece o que está para receber.
Quando aprende a manejar sua espada, descobre que seu equipamento precisa ser completo - e isto inclui uma armadura.
Ele sai em busca da sua armadura, e escuta a proposta de vários vendedores.
"Use a couraça da solidão", diz um.
"Use o escudo do cinismo", responde outro.
"A melhor armadura é não se envolver em nada", afirma um terceiro.
O guerreiro, porém, não dá ouvidos. Com serenidade, vai até seu lugar sagrado e veste o manto indestrutível da fé.
A fé apara todos os golpes. A fé transforma o veneno em água cristalina.
O seu anjo sussurra: “entrega tudo". O guerreiro ajoelha-se, e oferece a Deus as suas conquistas.
A Entrega obriga o guerreiro a parar de fazer perguntas tolas, e o ajuda a vencer a culpa.
E se, ainda assim, achar que sua recompensa é imerecida, um guerreiro da luz sempre tem uma segunda chance na vida.
Como todos os outros homens e mulheres, ele não nasceu sabendo manejar sua espada. Errou muitas vezes antes de descobrir sua Lenda Pessoal.
Nenhum homem ou mulher pode sentar-se em torno da fogueira, e dizer aos outros: "sempre agi certo." Quem afirma isto está mentindo, e ainda não aprendeu a conhecer a si mesmo. O verdadeiro guerreiro da luz já cometeu injustiças no passado.
Mas, no decorrer da jornada, percebe que as pessoas com quem agiu errado sempre tornam a cruzar com ele.
Por isso, o guerreiro da luz tem a impressão de viver duas vidas ao mesmo tempo.Em uma delas, é obrigado a fazer tudo que não quer, lutar por idéias nas quais não acredita. Mas existe uma outra vida, e ele a descobre em seus sonhos, leituras, encontros com gente que pensa como ele.
O guerreiro vai permitindo que suas duas vidas se aproximem.
"Há uma ponte que liga o que eu faço com o que eu gostaria de fazer", pensa. Aos poucos, os seus sonhos vão tomando conta da sua rotina, até que ele percebe que está pronto para o que sempre quis.
Então, basta um pouco de ousadia - e as duas vidas se transformam numa só.

É sua chance de corrigir o mal que causou. Ele a utiliza sempre, sem hesitar. (Paulo Coelho)

MENSAGENS SUGERIDAS PELA YALORIXÁ LÚCIA D'IANSÃ - 06-03-10


"Os homens semeiam na terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza.

Allan Kardec

Os dois testes mais duros no caminho espiritual são a paciência para esperar o momento certo e a coragem de não nos decepcionar com o que encontramos.
(Veronika decide morrer)

Paulo Coelho

"Meu apelo por uma revolução espiritual não é um apelo por uma revolução religiosa."

"As melhores coisas da vida, não podem ser vistas nem tocadas, mas sim sentidas pelo coração"

"Se conseguirmos deixar de lado as diferenças, creio que poderemos nos comunicar, trocar idéias e compartilhar experiências com facilidade"

"Se o seu coração é absoluto e sincero, você naturalmente se sente satisfeito e confiante, não tem nenhuma razão para sentir medo dos outros".

"Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior."

"Fale a verdade, seja ela qual for, clara e objetivamente, usando um toque de voz tranqüilo e agradável, liberto de qualquer preconceito ou hostilidade".

"Se seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo; agora construa os alicerces"

Dalai Lama

A serenidade espiritual é o fruto máximo da justiça.

Epicuro

O carisma é a expressão da alma. Quando a alma fala, sua essência espiritual e divina se manifesta, e a pessoa brilha, conquista, aparece. É nela que reside sua força e poder. Negá-la é preferir a obscuridade.

Zíbia Gasparetto

A vida espiritual dos homens, os seus impulsos profundos, o seu estímulo à ação são as coisas mais difíceis de prever, mas é justamente delas que depende a morte ou a salvação da humanidade.

Andrei Sakarov

O silêncio já se tornou para mim uma necessidade física espiritual. Inicialmente escolhi-o para aliviar-me da depressão. A seguir precisei de tempo para escrever. Após havê-lo praticado por certo tempo descobri, todavia, seu valor espiritual. E de repente dei conta de que eram esses momentos em que melhor podia comunicar-me com Deus. Agora sinto-me como se tivesse sido feito para o silêncio.

Gandhi

Você não é um ser humano que está tendo uma experiência espiritual.
Você é um ser espiritual que está tendo uma experiência humana!!!

Poeta Grego Nikos Kazantzadis

A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse “mais além” que polariza as esperanças da alma”.

(O Consolador – Emmanuel

Quando as nossas intuições, os nossos
sentimentos mais íntimos e o nosso
coração espiritual sabem sem sombra de dúvida,
não devemos nos deixar levar pelos
argumentos temerosos de terceiros.
Às vezes bem-intencionados, outras vezes não,
essas pessoas podem nos afastar de nossa felicidade.

Brian Weiss

Evoluir requer dedicação sem distração.
Evoluir é buscar dentro de nós mesmos a nossa verdade
Véra Lúcia Machado"