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RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS - TRADIÇÕES DAS TRANSFORMAÇÕES

Religiões Afro-brasileiras – Tradições das transformações

“A constante da Tradição é a contínua mudança, logo as Religiões afro-brasileiras são uma unidade aberta que permite várias leituras”. (F. Rivas Neto)

A Tradição das Religiões afro-brasileiras é constituída de núcleo (fundamentos básicos) e de periferia, condizente com as noções de tempo e espaço, com a contemporaneidade, mas sem enfrentamento com seus princípios de espiritualidade na comunidade, contrária aos ditames do consumismo do Sagrado.

Este é o tema discutido no vídeo “Religiões afro-brasileiras – uma visão plural do Sagrado”. Claro que não se pretendeu esgotar o assunto, mas ensejar pesquisas e estudos sobre as funções comunais da Teologia, do Sagrado, da Espiritualidade Universal. Axé!







Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá

Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico

Ifatosh'ogun "O sacerdote de Ifá que tem o poder de curar
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RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS - TEOLOGIA ORI/BARÁ






Religiões Afro-brasleiras - Teologia Ori/Bará


RESUMO

A Teologia das religiões afro-brasileiras tem como objeto de estudo o pensamento, a cosmovisão e os fenômenos sócio-culturais e espirituais das religiões de matriz afro-brasileiras ou simplesmente brasileiras.

As religiões afro-brasileiras têm como característica fundamental a Tradição Oral, ou seja, o conhecimento se encadeia na herança deixada e transmitida de geração a geração, constituindo os núcleos epistêmicos, social, ético e principalmente da fé e rituais que expressam os mitos e as crenças.

Nestas tradições religiosas o conceito fundamental é calcado na vivência coletiva e individual das divindades sobrenaturais – Orixás (no conceito Jejê-Nagô) tidos como Pais ou Genitores Divinos ou dos Ancestrais – Pais de Linhagens.

Palavras-chave: Bará, Cosmovisão, Ori, Religiões Afro-brasileiras, Teologia



ABSTRACT



African-Brazilian religions' theology have as objects of study the thought, the cosmoview and socio-cultural and spiritual phenomena of religions of african-brazilian matrix or simply Brazilian religions.

African-Brazilian religions have as a fundamental characteristic Oral Tradition, that is, knowledge is linked together in inheritance and passed from generation to generation,constituting the epistemic, social, ethical cores and above all the faith and rituals that express the myths and beliefs.

In these religious traditions, the fundamental concept is grounded in individual and collective experience of supernatural deities - Orishas (the concept Jeje-Nago) taken as a parent or Divine genitors or the Ancestors - Parents of lineages.

Keywords: Bara, Cosmoview, Ori, Afro-Brazilian Religions, Theology


RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS-TEOLOGIA-ORI/BARÁ

INTRODUÇÃO

A Teologia das religiões afro-brasileiras tem como objeto de estudo o pensamento, a cosmovisão e os fenômenos sócio-culturais e espirituais das religiões de matriz afro-brasileiras ou simplesmente brasileiras.

As religiões afro-brasileiras têm como característica fundamental a Tradição Oral, ou seja, o conhecimento se encadeia na herança deixada e transmitida de geração a geração, constituindo os núcleos epistêmicos, social, ético e principalmente da fé e rituais que expressam os mitos e as crenças.

Nestas tradições religiosas o conceito fundamental é calcado na vivência coletiva e individual das divindades sobrenaturais – Orixás (no conceito Jejê-Nagô) tidos como Pais ou Genitores Divinos ou dos Ancestrais – Pais de Linhagens.

Tanto uns como outros, assim como tudo que tem existência se manifestam em dois planos: o natural e o sobrenatural. O natural (Aiyê) é manifestação do sobrenatural (Orun). Portanto tudo tem duplicidade, e isto é fundamental no entendimento do pensamento dos afro-brasileiros.

Outro conceito basilar é o de Existência. A existência pode ser genérica (matéria indiferenciada) ou individualizada (matéria diferenciada). É digno de nota, que em outros textos disponibilizou-se o conceito de princípios genéricos manifestos por intermédio da simbologia das três cores: branco, vermelho e preto. Nisto se alicerça o conceito de Axé- Princípio Fundamental, dinâmico, que permite o realizar e ao mesmo tempo seu desenvolvimento.

Após as considerações supra, temos que aditar que o ser humano é constituído por elementos coletivos, representações deslocadas de entidades genitoras míticas ou divinas e ancestrais ou antepassados (de linhagem ou família) e por combinação de elementos que constituem sua especificidade, ou seja, sua unidade individual (ELBEIN)

Segundo conceitos já discutidos podemos associar a existência no aiyê (terra – mundo natural) a:

Ara – matéria – porção ou “corpo”

Bara – oba – ara – “rei do corpo” – A existência – vida – realização

Emi – respiração – ser vivo individualizado – o espírito

Ori – a cabeça (destino – consciência individualizada)

O conceito de Ori está associado a destino. Adquirir um Ori é possuir destino, consciência individualizada, sendo esta a condição necessária e suficiente para o “ser humano” completar seu ciclo existencial – ato primeiro: nascimento.

Quanto ao destino a “modelação” das cabeças associa-se a odu – signo que aponta, não de forma imutável, o destino do indivíduo. Ao contrário, o indivíduo é livre para se manifestar, mas as adversidades podem ser em decorrência de se afastar muito de seu odu-signo, algo que pode ser reescrito, retificado por intermédio de vários rituais de fundamento preceituados por Orunmilá-Ifá – o Orixá do destino.

O presente “discurso” da Tradição Oral do Ori/Bará – Corpo/Cabeça (como unidade indivisível) se propõe discutir relações espirituais (anímicas-ori) com o sistema nervoso, o encéfalo e nele o cérebro, pois além do mesmo estar na cabeça (encéfalo-dentro da cabeça) pode ser o ponto de equivalência do Ori Aiyê ou Ori Inu a contra parte do Ori Orun, representado pela cabaça ritualística ou louça denominada Ibá-ori.

SUMARIZANDO O SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O protoplasma, o principio vital, pode ser caracterizado por três propriedades fundamentais: irritabilidade, condutibilidade e contratilidade.

À guisa de exemplo cita-se a ameba (protozoário-unicelular), como o modelo inicial e que explica as modificações no processo filogenético do sistema nervoso central.

A irritabilidade ou sensibilidade permite que a ameba detecte as modificações do meio externo. Quando reage a esse estímulo é que houve a condutibilidade. A resposta pode se manifestar por um encurtamento – contratilidade. Ela foi sensível e conduziu informações sobre o estímulo a outras partes da célula determinando retração de um lado e emissão de pseudópodes do outro.

No processo da evolução filogenética encontra-se basicamente na extremidade das células nervosas (neurônios) situadas na superfície desenvolveu-se uma formação especial denominada receptor (recepção). O receptor transforma vários tipos de estímulos físicos ou químicos em impulsos nervosos que podem, então, ser transmitidos ao efetuador, músculo ou glândula.

O que se deseja discutir de forma sumarizada é que o sistema nervoso central só surgiu após muitas experimentações ou desenvolvimento filogenético, sendo o sistema nervoso central do ser humano, a forma equilibrada e mais desenvolvida.

O que se supõe é que o sistema nervoso difuso (celenterados) foi evoluindo e nos platelmintos e anelídeos foi substituído por um sistema nervoso central (centralização do sistema nervoso).

Assim surgiram os neurônios sensitivos ou aferentes e os neurônios motores ou eferentes. São aferentes os neurônios, fibras que trazem impulsos a uma determinada área do sistema nervoso e eferentes os que levam impulsos desta área. Portanto, aferente é o que entra e eferente ao que saí de determinada área do sistema nervoso.

Depois deste sumário filogenético, onde se observou que o sistema nervoso central é recente no processo de evolução das espécies (o que será importante quando se discutir o “adquirir ori”)

No processo embriológico do sistema nervoso encontraremos três dilatações no tubo neural (que dá formação ao sistema nervoso no embrião): o prosencéfalo (telencéfalo e diencéfalo); mesencéfalo e rombencéfalo, (metencéfalo e mielencéfalo).


CONCEITO BÁSICO DO FUNDAMENTO ORI/BARÁ

No estudo ligeiro do Sistema Nervoso observou-se que a evolução foi do sistema nervoso difuso para o central, ou seja, no início da vida planetária não havia “cabeça” ou centro diretor representado pelo Sistema Nervoso Central basicamente: cérebro (telencéfalo e diencéfalo), tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e cerebelo. A medula completa as estruturas. O encéfalo compreende todas as estruturas anatomo-fisiológicas citadas, exceto a medula espinhal.

Como se discutiu em outros textos sobre ori/bara, neste deseja-se demonstrar que a evolução biogenética permitiu que os “espíritos” pudessem adquirir um ori/bará, isto é, o corpo humano propicia forma de manifestar o ori (destino) e seu aperê (suporte).

Não se está afirmando que o cérebro é o Ori. Mesmo o ori ayê (cabeça física) não é o cérebro, mas aspectos tangíveis (conscientes) da mente. Claro está que não associamos o cérebro à mente. Quanto muito se afirma que o mesmo é manifestação, veículo da mente.

No que concerne ao Ori-Inu (dentro da cabeça) pode-se associar ao aspecto quintessenciado da glândula pineal ou epífase tida por muitos como a glândula da vida espiritual ou repositório vivo do Ori-Inu ou destino, que é motivo de culto, louvação e oferenda, algo que é consolidado na cabeça (crânio) do indivíduo e no Ibori (cabaça de Ori)

No término desta introdução cita-se um texto do livro – Os Nagô e a Morte – Juana Elbein dos Santos, 1ª edição, onde melhor se entenderá o conceito desenvolvido e como conclusão disponibiliza-se o vídeo “Religiões afro-brasileiras-Teologia- Fundamento Ori-Bará”.

“Eles jogaram Ifá para Ajalá (fazedor de todas as cabeças). Ajalá é aquele que Oludumare designou para modelar ori (no ode orun). É um Orixá antigo. Ele modela ori todos os dias e os põe no solo. Aquele que vai do Ikolé-Orun para o mundo é obrigatório que ele chegue até Ajalá para ter uma cabeça. Quando ele aí chega pode fazer sua escolha.

Os que trabalham com Ajalá são: Orixalá-Ejiogbe, OyeKu-meji, Iwori-meji, Odi meji, Irosun meji, Oworin meji, Obará meji, okanran meji, ogundá meji, Osa meji, Ika Meji, Oturopon meji, Otura meji, irete meji, oxé meji, ofun meji. Eepa à (nosso respeito a todos eles). Todos esses odu que com Axetua são dezessete, trabalham com Ajalá em modelar ori todos os dias.

A porção retirada na qual cada ori é modelado é o Egun Ipori (matéria ancestral). Cada um deverá venerar sua matéria ancestral para prosperar no mundo e para que ela venha a ser seu guardião.” ELBEIN, Juana. Os Nagô e a Morte. Ed. Vozes.1978.




CONCLUSÃO

A conclusão esta disponibilizada no vídeo “Religiões afro-brasileiras-Teologia- Fundamento Ori-Bará. Axé!






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Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico

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O DESPERTAR ESPIRITUAL





O DESPERTAR ESPIRITUAL

A REVOLUÇÃO DE TODAS AS REVOLUÇÕES

A consciência de milhares de pessoas está a um passo de um grande despertar.

Não demorará muito para que pela primeira vez na história do plano terrestre, possamos experimentar a primeira escala de despertar em massa, em termos de números isto não chegará a 0,1% da humanidade, mas, alguém já conseguiu imaginar que na terra pudesse um dia existir simultaneamente milhares de Cristos ressuscitados, Budhas despertos, Krishnas divinizados, ou seja, milhares de seres humanos plenamente realizados vivendo como contemporâneos?

Como em todos os demais momentos cruciais da história, onde um pequeno grupo de pessoas, representaram a força motriz de um processo de mudança, todavia nesta revolução não será diferente, mesmo tratando-se de uma revolução espiritual pois, através desta as pessoas não serão usadas em sua inconsciência como massa de manobra e simplesmente manipuladas para que um grupo determinado possa atingir um fim, muito pelo contrário, tudo será compartilhado e servirá para a elevação da consciência coletiva.

A espiritualidade representa a revolução mais profunda, silenciosa e visceral da cultura humana, porque a revolução espiritual transcende toda a lógica comum e vai muito além de qualquer ideologia já pensada em bases limitadas e utópicas, sem dizer que esta tem como base uma matriz que é a oposta de toda a matriz da dinâmica da psicologia do ego.

Enquanto o ego lança o homem a um estado selvagem e primitivo cujo alicerce de relação primordial entre os seres está baseado no julgamento, no medo, na competição, na disputa, na luta, na barganha e no interesse unilateral a dinâmica espiritual estabelece o perdão, o ágape fraterno, a colaboração, a ajuda mútua, a fraternidade e o amor ao próximo como a base da verdadeira comunicação e alicerce das relações humanas.

Enquanto o ego está sempre preocupado em receber e busca com voracidade tudo para si, alimentando o espírito capitalista do consumismo alienado que caminha em direção a um comportamento doentio e destrutivo que gera desequilíbrio em todo o planeta, a espiritualidade reconhece no interior de cada indivíduo a verdadeira fonte de riqueza, realização e plenitude, contribuindo para o fundamento concreto de uma nação universal sem fronteiras, pacífica, construtiva e verdadeiramente saudável.

Enquanto a história da revolução humana tem por relevo e destaque as mudanças econômicas e as relações de produção de cada época, a revolução espiritual vai muito além, porque supera todos os paradigmas humanos, modificando não somente o modo do homem de produzir e gerar riquezas, mas de se relacionar consigo, com seu semelhante, com a natureza, colocando-o como o valor central de todos os valores, retirando assim o capital do ponto central das bases e motivações do agir humano.

As linhas gerais da natureza apontam para o início de uma transição da consciência planetária que está muito além daquilo que a velha mente preconceituosa tenta denominar pejorativamente de místico e supersticioso, entretanto, a expansão da consciência como fenômeno observável dentro da psicologia social vigente desprovida do academicismo, prova dia e mais dia que o número de indivíduos que caminham nesta direção se multiplicam de uma forma nunca antes vista e, portanto afirmo com convicção, estamos no limiar de uma nova era, como muitos já vem anunciando a tempos.

Certamente a educação terá um papel fundamental, como já está tendo um papel crucial neste processo, uma educação holística que não alimenta a patologia do desenvolvimento unilateral, mas que contribui para uma visão global de ser humano, auxiliando na transição de uma sociedade "patriarcal" e animalista para uma sociedade natural humanista, pode-se dizer que a transformação do individuo por esta nova educação é a base desta revolução.

Bem vindo a revolução de todas as revoluções, bem vindo ao Despertar Espiritual!

fonte::http:dedentrodamatrix.blogspot.com
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ABANDONANDO PALAVRAS E OUTROS SÍMBOLOS E CAMINHANDO SENTIDO O INATINGÍVEL







ABANDONANDO PALAVRAS E OUTROS SÍMBOLOS E CAMINHANDO SENTINDO O INATINGÍVEL

Durante a jornada rumo ao "profundo", o principiante valoriza por demais as palavras, os discursos, as idéias, os livros sagrados, as interpretações dos livros sagrados, etc.

Há um certo vislumbramento diante de um mundo novo, uma ansiedade por integrar rapidamente muitas informações e experiências, um empolgação semelhante a da criança diante de uma nova brincadeira.

Mas o tempo do amadurecimento interno não se assemelha em nada ao tempo capitalista que corre neuroticamente contra tudo e todos, por que tempo é dinheiro, e onde se anseia por resultados que sejam os mais imediatos possíveis.

Algumas pessoas não amadurecem e permanecem a vida inteira presa a aspectos externos e ritualísticos, a símbolos, costumes e tradições e, principalmente, a discursos, a teoria, a princípios rígidos, a defesa da fé.

O tempo para o amadurecimento interno, se assemelha mais com a relação estabelecida entre o homem do campo e a natureza, onde se trabalham os processos de cultivar a terra, o plantio, o cuidado com o plantio, até chegar o momento do broto romper a casca, de surgirem as mudas, de cuidar-se das mudas, ou seja, são obedecidos ciclos naturais

Há todo um processo natural onde o trabalho consiste em criar condições necessárias para que o resultado surja de forma espontânea.


Podemos portanto comparar as palavras, os discursos e as discussões a enxadas, garfos, pás, material de arado e nossas primeiras esperiência internas como sementes e, conforme este processo vai tornado-se mais profundo, começamos aos poucos a abandonar tais ferramentas e nos voltamos para o silêncio, nossos primeiros insights são como o romper da semente e a partir disso, o caminho para estabelecer contato com o sagrado, torna-se contemplativo, pacificador, buscamos silenciar a mente e a aprender através da voz do silêncio.


Vamos abandonando as palavras e outros símbolos e caminhando sentido o intangível, sem necessidades de provar nada a ninguém ou de estabelecer posturas e novos papéis, simplesmente nos abrimos a uma experiência que está além daquilo que pode ser expresso ou controlado por nós mesmos, pelo contrário, aqui nos rendemos a manifestação da Grande Vida e permitimos que a experiência da verdade possa nos alcançar e, assim, nosso trabalho é simplesmente nos tornar disponíveis ao sagrado.

É neste instante que o silêncio se torna mais importante do que as palavras e, entendemos por que nos diz o ditado que;

"a palavra é de prata mas que o silêncio é de ouro".

fonte:dedentrodamatrix.blogspot.com
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O PRIMEIRO PASSO PARA A EVOLUÇÃO







O PRIMEIRO PASSO PARA A EVOLUÇÃO

No caminho da evolução, cada pessoa vai dar o seu primeiro passo de forma diferente. E daí em diante é um longo percurso, pois a evolução não tem fim. Mas o caminho da nossa evolução como consciência passa necessariamente pela libertação de crenças que acatamos sem questionar.

Criamos um deus à nossa imagem e semelhança e não temos noção do quão imenso é o universo, o quanto somos pequenos e menores ainda nossos problemas.

Neste caminho da evolução teremos que fatalmente passar pela libertação de nossos processos emocionais, que são todos derivados de nossa imensa carência. Sentimos inveja porque não acreditamos na nossa capacidade de conseguir as coisas, então queremos que o outro também não tenha e assim nos sentimos menos diminuídos.

Temos ciúmes porque pensamos que somos donos do outro e temos medo da solidão o que já é uma carência. Ficamos magoados porque achamos que o outro deveria fazer tudo como queremos, então emburramos na tentativa de manipular o outro.

A raiva é a campeã, sempre sentimos raiva quando qualquer coisa não sai exatamente do jeito que queremos. O outro não pode ter uma opinião diferente da nossa, o trânsito tem que fluir no nosso ritmo, o clima nunca está bom, as filas não deveriam existir, e por aí vai.

Somos capazes de ficar horas remoendo uma discussão e contamos para mais umas dez pessoas com a mesma emoção do momento. Quanta energia desperdiçada com algo que não acrescenta nada! Se formos pensar bem: como somos mimados, infantis!

Quanto maior a importância que damos a estas situações quanto mais tempo perdemos nestes contextos, mais permanecemos ancorados nos chacras emocionais e não evoluímos.

Não é fácil nos livrarmos de tudo isso, mas temos que começar dando um passo de cada vez.

Observar nossas reações, nossos pensamentos, nossas emoções a todo tempo, questionar por que aquilo nos deixou deste jeito, fazer anotações.

Começar a usar o discernimento a cada situação ao invés de reagir instintivamente. Deixar de perder tempo e energia com coisas que não nos acrescentam nada de positivo. Evoluir significa libertar-se de tudo que nos escraviza e nos faz sofrer. Para isso, basta decidir dar o primeiro passo!

Artigo escrito por Ana Maria Caixeta, CEC(Centro de Estudos da Consciência).
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