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RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS RESGATANDO O SAGRADO










Religiões Afro-Brasileiras resgatando o Sagrado


Neste texto, com a aquiescência do Astral Superior vamos abordar alguns conceitos pertinentes ao processo evolutivo, educacional e cultural que norteará o terceiro milênio, e dentro dele, a Augusta Tradição de Síntese.

Há muito escrevemos que os “clarins de Ogum” estão soando anunciando uma nova era, descortinando um auspicioso momento planetário onde prevalecerá acima das diferenças e desigualdades mantenedoras dos conflitos internos e externos, as semelhanças indutoras e mantenedoras de Paz, Luz e Entendimento.

Os tempos são chegados! O futuro está presente, conclamando-nos a vivenciarmos um novo tempo, que fará do planeta Terra um lócus cósmico de paz e felicidades.

Para tal evento acontecer haveremos de banir para sempre a vaidade, o orgulho e o egoísmo geradores de três terríveis flagelos destruidores de todas as aspirações de igualdade e fraternidade entre os homens, que são: a ignorância (enganos), o ódio (aversão) e os apegos (avareza) vários (poder, tirania, inércia espiritual etc.).

É por isto que a pedido do “astral competente”, das Augustas e Excelsas Hostes do Bem e da Luz nos propusemos a empunhar nossa pena. Sim, dizem os Mestres Astralizados – Senhores da Sabedoria, que os maiores entraves ao progresso da Humanidade encontra-se na visão distorcida das Religiões responsável por tantas dissensões, com graves repercussões na sociedade planetária, cada vez mais fragmentada, separada, aumentando a miséria em todos os âmbitos.

Certo está que precisamos de re(união) com o Sagrado, sendo beneméritas todas as formas de Religião, mas às mesmas cabem a tarefa de unir os Homens, auxiliando-os na neutralização da miséria, das desigualdades sociais, étnicas, culturais, políticas e econômicas e jamais incentivar as iniquidades citadas.

Talvez alguns Irmãos Planetários digam não ser esta a função da Religião, pois ela deveria se interessar pela fé, esperança e consolação de seus prosélitos.

Às Religiões não competem somente os patrimônios da fé, esperança e consolação, mas principalmente de remir e re(unir) o Homem consigo mesmo e com o Sagrado, e Esse está em toda as coisas, inclusive, nas várias formas doutrinárias, em todas as Religiões. Portanto, não podemos dizer ser esta ou aquela Religião melhor que outra; quem tem uma, em geral, nega as demais; quando se é praticante de uma Religião, mesmo que de forma velada, discrimina-se as outras... O que há é Religião, (re)união com o Sagrado, e não Religiões. As Augustas Hierarquias Constituídas, os Espíritos Planetários – Os Orixás Ancestrais e todos seus enviados, (ancestrais ilustres) quando têm oportunidade, afirmam que a Umbanda tem necessidade de se expressar como Religião -uma visão direta e imediata do Sagrado. A Umbanda afirma que as Religiões, embora louváveis em seus princípios, são visões particularizadas do Sagrado, ressaltando e realçando as diferenças entre as Coisas Divinas, algo que deveriam refutar, pois como admitir serem as religiões promotoras de desavenças, cizânias que podem culminar em lutas fratricidas, na abominável e inconcebível guerra?[1]

Sim, este texto, respeitosamente, vem demonstrar a necessidade de vivenciar o Sagrado, que está acima de todas as Religiões, pois além de ser o ponto de convergência entre as mesmas, é a origem de todas elas que foi esquecida e adulterada.

Carecemos retornar ao Sagrado (Religião Primeva), que não desrespeita e muito menos nega os níveis de percepção da realidade, ao contrário, valoriza-os, adaptando-lhes vários cultos, que mais lhes falem à alma, porém subtraindo-lhes, de forma atraumática, a fé cega, a ortodoxia, o sectarismo e o misoneísmo mantenedores das dissociações entre os pilares da gnose humana, quais sejam: a Ciência, a Filosofia, a Arte e a Religião (Reunião com o Divino - onde todos os homens são iguais, pois são divinos).

Enquanto não tivermos a restauração do Sagrado, o pólo unificador, convergente e monista dos quatro pilares, (é supra-disciplinar, estando acima das mesmas, pois é a origem que foi cindida), teremos desigualdades, não teremos paz interna (no indivíduo) e nem paz externa (no mundo).

Caro Irmão Planetário, não queremos cansá-lo com nossa base discursiva, pois concordamos quando se afirma que o bom escritor é o que escreve pouco e diz muito ao leitor, sendo esta nossa humilde pretensão.

Antes de encerrarmos o texto, não podemos deixar de reiterar nosso respeito à cultura, à educação, à evolução e é óbvio que nisto incluímos e ressaltamos as Ciências Acadêmicas. Não podemos ferir seus cânones, pois nenhum espiritualista sério e comprometido com a Verdade escarnece ou desdenha de seus inquestionáveis benefícios prestados à Humanidade, mesmo sabendo-se que não basta instrução acadêmica para arvorar-se sábio. Todavia não negamos nela encontrarmos valiosa ferramenta para construir-se o Saber, tal qual fizeram os Mestre da Sabedoria de todos os tempos, que, como dissemos, prestaram inúmeros serviços em prol do progresso da Sociedade Planetária. A todos os cientistas e espiritualistas universalistas de antanho, de hoje e do futuro nosso fraternal e sincero agradecimento pelas luzes que nos enviaram, enviam e enviarão.

Encerrando e concluindo, queremos colocar que a Umbanda, muitas vezes tida como ortodoxa e sectária, como cultura de periferia (não considerado como cultura de centro), é o cadinho onde se forjam as almas a caminho da redenção[2]. Embora tão desassociada na aparência, será o pólo norteador para uma nova Sociedade que está florescendo, onde prevalecerá o Culto ao Sagrado, a Espiritualidade Cósmica, pois mesmo sendo os homens “diferentes” entre si, todos são transitórios, mortais. Em espírito todos são iguais, sendo imortais e eternos.

A Umbanda é um processo dinâmico, dialético, de mudanças constantes, de releituras não desdenhando do amadurecimento espiritual que a todos aguarda. Sua função é resgatar o Sagrado - Visão Direta e Imediata do Divino.

A Umbanda pretende trabalhar ativamente no resgate da cidadania espiritual do Homem, fazendo-o cônscio de que é Espírito, sendo iluminado e eterno, pois sua Essência é Divina.

Não obstante a Umbanda ser um adaptador consciencial importantíssimo e necessário, neste terceiro milênio, por intermédio dos Orixás – Os Supremos Luminares e Curadores do Mundo, restaurará a Teologia da Convergência, a qual reunirá o Saber Religioso com a Filosofia, Ciência e a Arte e com as crenças e rituais reunirá todas as Religiões – Sagrado. Desta proposição subentende-se que a Umbanda fará a reunião de todos os Homens, havendo apenas felicidade e igualdade sustentadas pelo Culto ao Sagrado - a visão direta e imediata do Divino. Axé!


Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá

Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico

Ifatosh'ogun "O sacerdote de Ifá que tem o poder de curar

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