BLOG - UMBANDA PARA O MUNDO

Blog voltado às informações e conceitos da Umbanda Blog criado para divulgação de tudo que diz respeito à Umbanda e aos umbandistas, crenças e cultos afins, no Brasil e no mundo.

AS DIFERENÇAS ENTRE RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE






AS DIFERENÇAS ENTRE RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE :

A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.
A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o quefazer, querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.
A religião ameaça e amedronta.A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.A espiritualidade lhe diz: “aprende com o erro”.
A religião reprime tudo, te faz falso.A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.A espiritualidade é Tudo e portanto é Deus.
A religião inventa.A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.
A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.
A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.
A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.
A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualide nos faz Transcender.
A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.
A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.
A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.
A religião promete para depois da morte.

A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida e noutro plano também!

III CONGRESSO BRASILEIRO DE UMBANDA DO SÉCULO XXI



III Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI

CONTRIBUIÇÃO DA FTU À LEGITIMAÇÃO ACADÊMICA

DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS OU UMBANDA


RESUMO

Nos dias 13 e 14 de novembro a FTU – Faculdade de Teologia Umbandista realizou o III Congresso Brasileiro de Umbanda. Um conceito novo de resgate e de retratar as religiões afro-brasileiras ou Umbanda. Evento realizado num ambiente de paz e interesse demonstrado pelos 250 congressistas presentes, vindos de várias regiões do país, demonstrando que as religiões afro-brasileiras ou Umbanda tem público para um acontecimento deste jaez.

A FTU, por intermédio de sua direção, corpo docente e discente tem procurado elevar de maneira ímpar, as religiões afro-brasileiras ou Umbanda ao patamar de excelência, por dentro do meio acadêmico, permitindo ao corpo discente dispor de conhecimento e pesquisas de ponta.

O próprio congresso é utilizado como uma incursão à iniciação científica, promovendo o interesse do futuro teólogo na pesquisa e na educação continuada, induzindo-o a cursos de pós-graduação – lato senso ou strictu senso, nos níveis de especialização, mestrado e doutorado, respectivamente.

Palavras-chave: Academia, Congresso, Inclusão, FTU, Religiões Afro-brasileiras

ABSTRACT

On November 13 and 14, FTU - Faculdade de Teologia Umbandista (Umbanda Theology College) held the III Brazilian Congress of Umbanda. A new concept of redemption and portray african-brazilian religions or Umbanda. Event held in an atmosphere of peace and interest shown by the 250 people present, from various regions of the country, showing that the african-brazilian religions or umbanda has enough public an event of this size.

FTU, through its management, teachers and student body has sought to raise in a unique way the african-brazilian religions or Umbanda to the level of excellence within the academic environment, allowing the student body to have knowledge and advanced research.

The Congress itself is used as an incursion into basic scientific research, promoting the interest of the future theologian in research and continuing education, inducing him to postgraduate courses - broad sense or strict sense, specializations, masters and doctoral respectively.

Keywords: Academy, Congress, Inclusion, FTU, Afro-Brazilian Religions

III CONGRESSO BRASILEIRO DE UMBANDA DO SÉCULO XXI

CONTRIBUIÇÃO DA FTU À LEGITIMAÇÃO ACADÊMICA DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS OU UMBANDA

Nos dias 13 e 14 de novembro a FTU – Faculdade de Teologia Umbandista realizou o III Congresso Brasileiro de Umbanda. Um conceito novo de resgate e de retratar as religiões afro-brasileiras ou Umbanda.

No púlpito vários oradores, muitos deles professores consagrados em suas disciplinas, deram o tônus e realce ao evento.

Evento realizado num ambiente de paz e interesse demonstrado pelos 250 congressistas presentes, vindos de várias regiões do país, demonstrando que as religiões afro-brasileiras ou Umbanda tem público para um acontecimento deste jaez.

A FTU, por intermédio de sua direção, corpo docente e discente tem procurado elevar de maneira ímpar, as religiões afro-brasileiras ou Umbanda ao patamar de excelência, por dentro do meio acadêmico, permitindo ao corpo discente dispor de conhecimento e pesquisas de ponta.

O próprio congresso é utilizado como uma incursão à iniciação científica, promovendo o interesse do futuro teólogo na pesquisa e na educação continuada, induzindo-o a cursos de pós-graduação – lato senso ou strictu senso, nos níveis de especialização, mestrado e doutorado, respectivamente.

Para tanto a FTU no seu curso de graduação em Teologia – bacharelado tem um corpo docente experiente e titulado que levam o aluno ao interesse pelo estudo e pesquisa, fatores necessários para a Teologia, que necessita de senso crítico apurado e espírito investigativo, embora respeite as virtudes teologais, considera imprescindível o conhecimento das religiões afro-brasileiras ou Umbanda, mormente em seus aspectos dialógicos endógenos (diálogo intra-religioso) e exógenos (diálogo inter-religioso) e com outros setores do conhecimento (diálogo interdisciplinar).

Depois destas incursões na missão acadêmica da FTU, que sumarizamos, não podemos olvidar o papel agregante e de disseminação da necessidade da educação na vida das pessoas.

Desde sua implantação em 2004 (autorizada pelo MEC no final de 2003) observamos que muitos adeptos das religiões afro-brasileiras ou Umbanda foram se habilitar (completar o curso médio) e após serem aprovados no vestibular, cursar a FTU. O mesmo acontecendo com simpatizantes da Teologia, mas que não são adeptos das religiões afro-brasileiras ou Umbanda. Sem a menor dúvida a FTU tem sido uma indutora de mudanças no espírito dos adeptos e não adeptos das religiões afro-brasileiras, pois promove uma maior habilitação de seus alunos, aumentando seus anseios de ascensão sócio-cultural, proporcionando um maior senso crítico que se manifesta na melhoria das condições de vida, decorrência direta de estudos e pesquisas realizadas e por uma visão mais ampliada das necessidades sociais, culturais e econômicas, tendo, pois, maior critério da escolha ideológica, política, manifestada no sufrágio consciente.

Após sumário necessário e que introduz a sinopse do Congresso, constante no vídeo que disponibilizamos, reiteramos a necessidade dos adeptos das religiões afro-brasileiras se habilitarem a cursar uma faculdade de Teologia, como também os que possuem curso superior se titularem nos graus de especialista ou mestres e doutores. Assim fazendo estarão propugnando a todos que as religiões afro-brasileiras não são indenes aos problemas sociais, culturais, políticos e econômicos, ao contrário querem contribuir não só nos aspectos religiosos, mas também nas mudanças paradigmáticas na sociedade brasileira. Axé!


Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá

Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico

Ifatosh'ogun "O sacerdote de Ifá que tem o poder de curar"

BLOG - Espiritualidade e Ciência

O SAGRADO - A TRANSRELIGIÃO - (FTU)



O SAGRADO - A TRANSRELIGIÃO

As religiões Afro-brasileiras são o local de caldeamento de várias culturas, etnias e crenças sincretizadas no primeiro momento e sintetizadas na atualidade.

A fundação da FTU – Faculdade de Teologia Umbandista consolida o princípio democrático de isonomia ao receber o reconhecimento acadêmico; assim são ressarcidos discrepantes enganos, e recoloca grande contingente da população brasileira em conexão com os direitos de cidadania, o que deveria ser dado a todos os cidadãos brasileiros.

No momento em que se formalizou o saber religioso, o ingresso ao meio acadêmico poderia promover um empirismo ou pragmatismo que desdenhasse do método científico, depreciando o conhecimento superior como um todo. Opostamente a esta ideia, cremos que trazer o saber religioso para o nível acadêmico foi uma oportunidade de renovar este saber, pondo-o à prova sua essência no debate e intercâmbio com outros ramos do conhecimento, como o científico, o filosófico e o artístico.

A Faculdade de Teologia Umbandista – FTU tem procurado, e nem sempre isto é bem compreendido, identificar pontos de conciliação entre a ciência e a religião, neutralizando os vários conflitos entre o saber acadêmico e o saber religioso e, mais, procurando construir pontes, algo muito salutar para ambos.

Não se pode admitir que a Teologia como saber não tenha autonomia para ser uma unidade aberta em construção ou reelaboração. É inadmissível exigir o Sagrado segregado da Ciência, da Filosofia, da Arte enfim, dos saberes.

Veta-se na grade curricular a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade, somente por ela levar transreligiosidade, uma forma de convivência pacífica entre todas as religiões e saberes vários. Por isso tenho defendido o diálogo como terapia social, cultural, política e econômica, pois nela encontro pontes que unem definitivamente os vários saberes.

Discutimos à exaustão na Escola de Síntese, que o Sagrado, a Espiritualidade é inerente a todo ser humano, vivente em seu interior, portanto, comum a todos, sejam ou não religiosos.

A assertiva da Escola de Síntese explicita que o Sagrado pode estar ou não na religião, mas que a religião é uma vertente importante do Sagrado, mas não a única.

Não descartando a religião, o Sagrado, remete-a a revisão crítica de aspectos epistemológicos, éticos e metodológicos, e mesmo de valores, como também de atuação e participação efetiva com os outros pilares do conhecimento.

Expliquemos de forma prática os pressupostos, deslocando a atuação para as religiões Afro-brasileiras e sua aderência à transreligiosidade, sendo esta sua Convergência Universal.

Há vários mitos cosmogenéticos ou da criação nas religiões afro-brasileiras, e em todos vamos encontrar a água como símbolo máximo da vida, o mesmo acontecendo com o elemento ar, ambos não isolados, mas em convergência.

Há também o mito de que os Orixás por intermédio de seu poder volitivo aplicado a uma “massa escura” deflagrou o surgimento do cosmo tendo como manifestações três fenômenos: luz, som e movimento.

Interessante que algumas teorias cosmológicas defendidas pela astrofísica admitem o big bang, tal como defendido pelos mitos das religiões afro-brasileiras, não de hoje, mas há milhares de anos. Não podemos deixar de citar estes fatos, pois os mesmos demonstram o quanto as religiões afro-brasileiras estão em sintonia com a ciência.

Após esta introdução, relembremos que fizemos no texto anterior uma ilação afirmando que a transrreligiosidade era a convergência de universalismo, e não um sincretismo, e demonstraremos da seguinte maneira.

Tomemos os dois elementos químicos formadores da molécula da água que, além de ser a base fundamental da vida planetária, é responsável pelas ¾ partes do planeta.

Como é sabido, o hidrogênio (H) e o Oxigênio (O) são os átomos responsáveis pela formação da água. Pedimos atenção especial à demonstração que farei, pois apesar de simples explica o propugnado.

Iniciemos pelo elemento químico Hidrogênio (H). É um gás incolor, inodoro e não venenoso e altamente inflamável (dizem que será o combustível do futuro). Está disperso na natureza na porcentagem de volume de 0,01 % na porcentagem de massa de 0, 006%.

Continuamos demonstrando desta vez algumas propriedades do Oxigênio (O). É um gás incolor, inodoro, não inflamável, mas comburente, alimenta as combustões (queimas), é indispensável à vida (a maioria dos seres vivos respiram e não dispensam o Oxigênio). Está disperso na natureza na porcentagem de volume de 21%) e na porcentagem de massa de 23%.

Para nossos objetivos as informações fornecidas são suficientes para a demonstração. Acabamos de saber que nas condições normais na natureza, em especial na atmosfera, ambos os elementos são gasosos. O Hidrogênio é inflamável e o Oxigênio comburente.

Mas por que estamos citando suas propriedades físico-químicas? Pois eles são os elementos que dão formação a água (H2O). Sim, todos sabem disso, mas o importante é a constatação que embora dêem formação à água, a mesma tem propriedades diametralmente opostas, tanto do Hidrogênio como do Oxigênio.

A água na natureza (na maioria das vezes) é liquida os seus componentes são gasosos. A água pode apagar o fogo, ou seja, não é combustível (H2) e nem comburente (O2). Muitas seriam as diferenças, mas o que queremos ressaltar é que apesar da água ser formada de Oxigênio e Hidrogênio, é uma outra realidade – a este realidade é o que denominamos síntese. Portanto, na “síntese os elementos constitutivos desaparecem na aparência, mas persistem na essência para dar lugar a uma realidade superior”. É o que também acontece com o Sagrado, com a transdisciplinaridade e com a transreligiosidade que definimos como “Convergência de Universalismo”, ou Síntese. O mesmo se dá com a Escola de Síntese.

Mas continuando, e isto é muito interessante, penetremos em outras “curiosidades” dos elementos químicos citados: Hidrogênio e Oxigênio. O Hidrogênio tem seu peso atômico como sendo 1. O Oxigênio, por sua vez, tem o peso atômico 16. O número 1 relacionado à unidade, a existência individualizada, a continuidade, portanto, dentro das Tradições Afro-brasileiras associado a Exu – símbolo por excelência da existência individualizada segundo reza mito dos odu ifa.

O número 16 esta relacionado aos 16 “Orixás”, aos 16 Oju odus (Babaodu – odu duplos – meji) com que se escreveu o destino do Cosmo e do indivíduo.

Se somarmos os dois pesos atômicos teremos 16 + 1=17. Sim, o 17 é o Odu Oxétuá formado pelo 15º Odu (Oxé) e o 13º Odu (Otura ou Otuwá). Portanto Oxetuá, com toda sua valência de ser aquele que foi gerado pelo “Poder mágico” o Akinosho, ao qual rendemos homenagem, pela sua tarefa de ir à frente, facear com Oludumare, e trazer paz, vida e prosperidade ao mundo, e tantos outros bons augúrios aos destinos coletivos e individuais.

Espero ter podido contribuir no vislumbre da conexão recíproca entre Teologia e Ciência, e que isto possa sensibilizar os responsáveis pela educação de nosso país, nos vários níveis, da necessidade de valorizar-se os cursos de Teologia das Religiões Afro-brasileiras e das demais Teologias, permitindo a eles construir suas grades curriculares, com autonomia, favorecendo aos que se interessarem pelo estudo e na pesquisa da Transreligião como forma legítima de inclusão e convivência pacífica que remete ao Sagrado. Axé!





Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá


Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico

Ifatosh'ogun "O sacerdote de Ifá que tem o poder de curar”

(Espiritualidade e Cência)

15 DE NOVEMBRO DE 2010 - 102 ANOS DA UMBANDA !



"A Umbanda respeita todas as religiões, pois constituem os diversos caminhos de evolução espiritual que conduzem a Deus."

"A Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status social ..."

"Amai-vos uns aos outros é o
lema principal da Umbanda, manifestado que é, na prática da caridade,
tanto na palavra como na ação ! "

"O verdadeiro conhecimento da Umbanda, nos leva ao crescimento e amadurecimento espiritual."

SARAVÁ UMBANDA em mais um aniversário no dia 15 de Novembro de 2010 !
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Babalorixá Jorge Luiz Amaral
T.U. São Cosme e São Damião

A ÉTICA NA MEDIUNIDADE







A Ética na mediunidade


O médium como elo de ligação entre o visível e o invisível, deve se preocupar em manter a serenidade mental no seu dia a dia para que pensamentos difusos são sejam cultivados porque promovem uma sintonia com entidades espirituais de baixa estirpe moral.
E como médium devido sua abundante energia é alvo dos mais atrozes ataques provenientes do baxio astral desencarnado e encarnado, ele deve procurar manter um nível de pensamentos salutares procurando selecioná-los em companhia de pessoas de boa índole (dize-me com quem andas, que eu te direi quem és!), para que sua corrente mental o proteja das ações do baixo astral, para que sua boca pronuncie palavras limpas, e para seus ouvidos ouçam palavras harmoniosas porque é de nossa boca que emana aquilo do que nosso coração está cheio. E nesse ponto salientamos que, é também pela boca que ingerimos os alimentos, logo, esses alimentos também devem ser selecionados para que a harmonia impere em nosso organismo como um todo; Sabemos que a abstenção do consumo de carne vermelha pelos médiuns umbandistas têm que ser controlada porque somos alvos de ataques constantes e necessitamos de um sustentáculo material mais robuscado (mais proteína) porém, pensamos que ao menos a carne de porco pode ser suprimida de nossa alimentação com racionalidade. Irmãos, a alimentação constitue um fator decisivo na atuação mediúnica porque quando ingerimos carne, quando comemos em excesso ou ingerimos álcool, o nosso organismo sofre alterações químicas que além de estimularem o animismo vicioso através da ligação instintiva intensa, ainda promovem uma eliminação via hálito e suor que, pode prejudicar os consulentes em uma consulta mediúnica.

Por todos esses fatores é que ao menos no dia da sessão de caridade, devemos nos abster de carne, de álcool, e até a diminuição do fumo por parte de quem cultiva esse infeliz hábito é aconselhável porque, o fumo carreia toxinas que dificultam a fluência energética no nosso organismo, bem como obscurecem nossa sensibilidade às vibrações superiores emanadas por nosso mentor espiritual. Muitos devem estar fazendo a observação de que os as entidades de Umbanda utilizam o fumo e o álcool em seus trabalhos porém, ressaltamos que elas utilizam esses elementos justamente como amortecedores de cargas oriundas de baixas vibrações e que quando desencorporam, minimizam a atuação negativa dessas substâncias no corpo físico do médium e isso explica o motivo de muitos médiuns que atuam frequentemente em ambientes hostis com trabalhos pesados, ingerirem álcool (marafo) em quantidade e depois que desencorporam não apresentarem efeitos desse elemento; Isso quando incorporam de verdade...

O médium no dia que vai atuar mediunicamente ainda deve se abster de sexo para preservar sua vibração original, o que será positivo no contato mediúnico pois, o sexo une dois seres a níveis mais sutis do que o físico... Outro ponto importante não relativo a sexualidade mas a sexo, é o fato de que no período prémenstrual e na menopausa, o organismo feminino sofrer de alterações psíquicas entre outras decorrentes da t.p.m. (tensão prémenstrual) , portanto, a mulher sofre fortes influências psíquicas regidas pelo ciclo menstrual que, como o ciclo lunar é de 28 dias. E o fato da mulher ter ciclos negativos como a lua ( cheia e minguante ) é de conhecimento de culturas antigas pois, em tribos indígenas a mulher fica isolada no período menstrual, longe de seus afazeres habituais, e no próprio antigo testamento da Bíblia está escrito:

* "Quando uma mulher tiver um fluxo de sangue e que seja fluxo de sangue do seu corpo, permanecerá durante sete dias na impureza de suas regras. (Levítico 15,19)".
* "Não te aproximarás de uma mulher, para descobrir a sua nudez, durante a sua impureza das regras. (Levítico 20,18)".

Assim, é justamente por essa inconstância vibratória, que a mulher não pode exercer a função de comando em escolas de iniciação mas, ainda assim, pode liderar Tendas de Umbanda como acontece em muitos locais. Queremos deixar claro que não somos machistas e somos avessos ao preconceito, mesmo porque, a evolução psicológica em nossa sociedade não dá espaços para atitudes radicais e preconceituosas, a ponto de hoje entendermos que homem e mulher são igualmente filhos de Deus e cada um em seu caminho pode alcançar sua realização pessoal e transcedental em harmonia com seu par . Mas, como homem e mulher são diferentes a nível físico, emocinal e mental, ressaltamos que na Umbanda, a mulher pode assumir o comando de trabalhos espirituais desde que no período menstrual seja substituída por um homem (sacerdote).

Enfim, não queremos ser normalistas ou falsomoralistas, queremos expor os fatos à luz da razão com explicações lógicas e plausíveis, para que o médium não venha a prejudicar a si e aos outros.

Diferenças fundamentais entre os médiuns na Umbanda e os médiuns no Kardecismo.

O kardecismo fez renascer os conceitos milenares de reencarnação, vida eterna, pluralidade dos mundo e lei do Karma ( vida em ação ), ou lei de causa e efeito.

E a partir dessas bases, o movimento umbandista surgiu em um novo momento do espiritualismo, cujo objetivo é reascender no homem a chama da humildade e sabedoria, da simplicidade e fortaleza, e do amor e alegria, por meio das entidades ditas como: paisvelhos, caboclos, e crianças. Ainda hoje, dentre os agrupamentos esótericos, a Umbanda é taxada por muitos como baixo espiritismo, macumba e feitiçaria. Isso ocorre porque a Umbanda lida com seres humanos e, como outras religiões também está sujeita a deturpações e inversões de valores.

A única diferença que acentua o efeito dessas deturpações no meio umbandista é que a Umbanda é um campo de batalhas, tem mironga (magia), tem erós (segredos), e exigi líderes gabaritados e com ordens e direitos de trabalho adquiridas quando ainda estavam no astral, ou seja, quando estavam desencarnados.

Porque, o verdadeiro médium umbandista traz um grande acréscimo energético em seus chacras para poder suportar as batalhas e demandas contra o mal, por isso, a mediunidade na umbanda é diferente da mediunidade no espiritismo pois, no Kardecismo a forma mediúnica predominante é a intuitiva (irradiação intuitiva) e não há incorporações nem quebra de feitiçarias e, na Umbanda a forma mediúnica predominante é a incorporaçao semiconsciente. Não estou sugerindo que um tipo de mediunidade seja melhor do que o outro, estou apenas apontando as diferenças e, assim "procurando alertar as pessoas que por falta de conhecimento podem ser muito prejudicadas”.

Então, o corpo astral do legítimo médium umbandista foi preparado para suportar entrechoques fortes, para conter a fúria do baixo astral. Com esses aportes o médium umbandista pode até trabalhar em correntes Kardecistas apesar de não estar cumprindo sua missão prédeterminada mas, o legítimo médium espírita não pode trabalhar no movimento umbandista pois, na sua missão atual ele não precisará se confrontar com o submundo astral e não foi preparado para isso.

Portanto, se uma pessoa resolve abrir uma tenda de Umbanda por conta própria, sem as devidas ordens e direitos, sem a cobertura de um guia ou protetor de Umbanda, o terreiro literalmente cai, e é invadido pelo submundo astral que mistifica as verdadeiras entidade de Umbanda. É facil reconhecer um terreiro nesse estado pois, o ambiente astral é carregadíssimo, as pseudoentidades solicitam matanças constantes de animais, induzem os médiuns à vaidade e a vingança, fazem trabalhos de baixa estirpe e usam um palavreado de "baixo calão" constantemente.

Umbanda não é brincadeira. Separemos o joio do trigo, lembrando que já no primeiro terreiro de Umbanda, em 1908, não existiam matanças de animais, e que foi a influência e a migração dos praticantes de outros cultos que trouxeram essas práticas.

Notem, que queremos e nem temos o direito de julgar ninguém, mesmo porque no antigo testamento da Bíblia encontramos até referências a sacrifícios com animais feitos por Moisés. No entanto, queremos esclarecer o que é, e o que não é da Umbanda.

Enfim, a Umbanda não ensina a prática da baixa magia, mas se pessoas utilizando o bom nome da Umbanda assim agem, devemos alertar a todos sobre a lei do Karma ou causa e efeito já que a Umbanda é um culto universalista de paz e amor e que possui um papel fundamental no espiritualismo, convivendo em harmonia com todos os outros cultos, prova disso é a declaração do valoroso Chico Xavier em resposta a uma pergunta sobre a Umbanda, formulada pelo jornalista e umbandista Vicente Leporaca, onde o mesmo disse:

* "Respeitamos na Umbanda, uma grande legião de companheiros muito respeitáveis, consagrados à caridade que Jesus nos legou, grandes expositores da mediunidade, da mediunidade que auxilia, alivia o próximo. Credores da nossa maior veneração, conquanto estejamos vinculados aos príncipios codificados por Allan Kardec, de nossa parte."


Livro - "Dos Hippies aos Problemas do Mundo"

Chico Xavier



O AXÉ ATRAVÉS DA MEDIUNIDADE



O AXÉ ATRAVÉS DA MEDIUNIDADE
Axé é o fluido cósmico universal.

Tudo tem axé:
os minerais, as matas, as folhas, os frutos, a terra, os rios, os mares, o ar, o fogo.

Todos nós, seres vivos, animamos um corpo físico que é energia condensada, e que também pode ser definido como "uma usina de fluido animal" (um tipo específico de axé), pois estamos em constante metabolismo energético para a sustentação biológica da vida, que é amparada por um emaranhado de órgãos, nervos e músculos, os quais liberam, durante o trabalho de quebra de proteína realizado no interior de suas células, uma substância etéreo-física de que os mentores espirituais se utilizam em forma de ectoplasma.

Durante a manifestação mediúnica no terreiro, são liberadas grandes quantidades de ectoplasma, decorrentes do próprio metabolismo orgânico dos médiuns e da multiplicação celular realizada em nível de plasma sanguíneo (na verdade, uma variedade de axé).
Portanto, estamos sempre produzindo novas matrizes celulares, e a cada sete anos, em média, temos um corpo físico "novo". Nossa fisiologia é sensível à produção de um manancial fluídico consistente e necessário, uma espécie de "combustível" indispensável às curas, desmanchos de magias e outras atividades espirituais que ocorrem nas sessões mediúnicas, inclusive as cirurgias astrais.

Essa força fluídica que em tudo está é da natureza universal, independentemente do nome que queiramos designá-la.
Os orientais a definem como prana.

Numa linguagem mais esotérica, é fruto de variações, no plano etéreo-físico, da energia primordial que sustenta o Cosmo, em maior ou menor nível de condensação, para se manifestar no meio materializado afim. Existe uma natural, permanente e constante permuta de axé entre os planos vibratórios e as dimensões.

Liberam axé processos químicos do tipo:
decomposição orgânica, evaporação, volatização e corrosão de certos elementos.

É possível a liberação de axé do plano físico para o éter espiritual intencionalmente, por meio da queima de ervas e macerações, ou nas oferendas rituais com frutas, perfumes, água, bebidas e folhas.

O axé é importantíssimo para a realização de todos os trabalhos mediúnicos.
Na umbanda, o método de movimentação dessa substância difere dos utilizados em outros cultos aos orixás, já que a mediunidade é sua ferramenta propulsora e condutora.

É por meio da força mental do médium, potencializada pelos espíritos-guias, que são feitos os deslocamentos de axé-fluido-energia.

Os elementos materiais também podem ser utilizados, e então funcionam como potentes condensadores energéticos. Mas não são indispensáveis, pois deve prevalecer o mediunismo, e precisam ser encarados como importantes elementos de apoio, sem que deles criemos uma dependência psicológica ritualística

Entendemos que o equilíbrio na movimentação de axé se deve ao fato de que são utilizadas quantidades precisas e necessárias à caridade, não existindo excesso ou carência.
Sejam os fluidos liberados pelos elementos materiais manipulados, ou pelo axé trazido pelos guias das matas e do plano astral, associado ao fornecido pelos médiuns, não há nenhum excesso. Há de se considerar que uma parcela da assistência é doadora natural de axé positivo, o que se dá em virtude da fé, da veneração e da confiança no congá e nos guias espirituais.

Toda a movimentação de axé é potencializada pelos espíritos que atuam na umbanda, falangeiros dos orixás que têm o poder mental para deslocar o axé relacionado com cada orixá e seu sítio vibracional correspondente na natureza. Todos esses procedimentos de atração e movimentação de axé não são baseados em trocas, obrigações, barganhas, "toma lá da cá", e sim na caridade desinteressada.

Falar em movimentação de axé sem citar exu é como andar de sapatos sem solas: um faz parte do outro. É exu, enquanto vibração, que desloca o axé entre os planos vibratórios; ele é o elemento dinâmico de comunicação dos orixás que se expressa quando o canal mediunidade é ativado.

Como o axé é o sustentáculo da prática litúrgica umbandista, precisa ser regularmente realimentado, pois tudo o que entra sai, o que sobe desce, o que abre fecha, o que vitaliza se desvitaliza, para haver um perfeito equilíbrio magístico entre a dimensão concreta (física) e a rarefeita (espiritual).

Sendo assim, mesmo que não manifestado pelo mecanismo da incorporação, pois existem terreiros que não permitem a manifestação dessa vibratória no psiquismo de seus médiuns, exu é o elo de ligação indispensável no ritual de umbanda. Por isso, não é necessário usar o axé do sangue nos trabalhos, hábito atávico que permanece em outros cultos, os quais respeitamos, sem emitir quaisquer julgamentos, pois não somos juízes de nenhuma religião, embora nossa consciência não aceite a prática de tais atos litúrgicos, mesmo com fins "sagrados".

Na umbanda, o aparelho mediúnico é o meio vitalizador do ciclo cósmico de movimentação do axé, retro-alimentando-o. Sendo usina viva de protoplasma sanguíneo (ectoplasma específico gerado a partir do citoplasma das células), a cada batida do seu coração a energia vital circula em sua aura, através do corpo etérico, repercutindo em extratos vibratórios nos corpos mais sutis, e volatilizando no plano astral.

Assim, os espíritos mentores, quais pastores de ovelha tosquiando a lã nas quantidades exatas que se renovarão, apóiam-se nos médiuns que fornecem a energia vital indispensável aos trabalhos caritativos.
Entendemos que o amor dos guias espirituais, enviados dos orixás na prática da caridade umbandista, não combina com a imolação de um animal ou o sacrifício de uma vida para elaboração de uma oferenda votiva com a intenção de estabelecer o intercâmbio com o "divino", objetivando uma troca de axé, ou para atender pedidos pessoais acionados por trabalhos pagos.

Existem espíritos mistificadores, muitos dos quais fazendo-se passar por verdadeiros guias da umbanda, que pedem sacrifícios e comidas, a fim de vampirizar esses fluídos. Estes são dignos de amparo e socorro, que é o que fazem as falanges de umbanda.

fonte: livro Umbanda Pé no chão

AS FONTES ENERGÉTICAS DA UMBANDA





As fontes Energéticas da Umbanda

Muitas pessoas necessitam, ainda, de algo que funcione como muletas psicológicas, a fim de desenvolverem seu potencial.
Mas na Umbanda o que acontece é bem diferente, o altar ou “gongá”, os objetos de culto e todo o simbolismo são utilizados visando compor o que as entidades chamam de “bateria magnética”, uma espécie de bateria psíquica que concentra as energias para as tarefas a serem realizadas.
A Umbanda, como já vimos, lida com fluidos, às vezes, muito pesados, com magnetismo elementar e uma grande quantidade de pessoas que vem em busca de recursos e devido à falta de informação não conseguem compreender seu verdadeiro objetivo.
O “gongá” é uma verdadeira concentração de energia, pois todos concentram nele seus pensamentos, suas orações, suas criações mentais mais sutis. Então quando os mentores espirituais precisam de uma cota de energia maior para a realização de determinadas atividades, recorrem a esse “depósito de energia”, mas o gongá é também um imenso reservatório de ectoplasma, força nervosa grandemente utilizada devido à natureza dos trabalhos.
Os cânticos ou “pontos cantados” também têm um profundo significado dentro dos rituais da Umbanda, usados não só para a invocação dos “guias”, ou mentores espirituais, e para a identificação dos mesmos quando estes se manifestam, servem também como condensadores de energia, é uma espécie de mantra, palavras consagradas por seu alto potencial de captação energética, e de acordo com o ponto cantado, uma imensa quantidade de energia vai se formando e se aglutinando na psicosfera ambiente, energia esta, que depois é absorvida pela aura dos que ali se encontram, além de se agregarem em torno do gongá.
Seguindo o mesmo processo, também temos os chamados “banhos de descarrego”, tão receitados pelas entidades, sabemos bem do poder das ervas e de seu magnetismo, que quando utilizados adequadamente podem operar verdadeiros prodígios, gerando equilíbrio e harmonia.
As plantas guardam, em seu estado de evolução, muita energia e vitalidade, os raios que são absorvidos do sol no processo da fotossíntese, formam uma aura particular em cada família do reino vegetal, que se associa ao próprio quimismo da planta, que quando são colocadas em infusão transmitem à água todo o seu potencial energético, curador e reconstituinte.
Quando o adepto toma o banho com a mistura de determinadas ervas, todo o magnetismo que ali está associado provoca em alguns casos, um choque energético ou uma reconstituição das camadas mais externas de sua aura. Na verdade, isso não tem nada a ver com o misticismo, é puramente científico. Sob a influencia abençoada das ervas, muitos benefícios tem sido alcançados por inúmeras pessoas. Na atualidade, muitos cientistas deram sua contribuição com a descoberta dos florais, que obedecem ao mesmo princípio terapêutico dos chás e banhos de ervas.
Nas defumações, empregadas na Umbanda, o princípio é o mesmo, mas em lugar de empregar as ervas em infusão, elas são queimadas, e na queima, suas propriedades terapêuticas são transmitidas e utilizadas de forma energicamente pura, ou seja, o fogo, a combustão, transforma a matéria em energia, isto é a lei da física, e quando determinada erva é queimada, sua parte fluídica ou etérea se concentra aliando-se ao seu potencial próprio, o potencial da parte física que se transforma em energia no momento da combustão, o produto obtido aí, aliado ao fluido energético dos espíritos que sabem manipular tais recursos, são de eficácia comprovada em casos de parasitismos, simbioses e larvas astrais, que são literalmente arrancados de seus hospedeiros encarnados. Neste caso, também não se trata de misticismo, mas de puro conhecimento de certas propriedades dos elementos vegetais, animais e minerais a serviço do bem.
Podemos observar que todas essas energias são utilizadas para desestruturar as criações mentais inferiores que se encontram nas auras dos adeptos. Mas para muitos, tudo isso significa apenas uma forma de adorar ou de se prestar culto às forças da natureza, ou um elo de ligação e união com os guias e mentores espirituais, e é por isso que os umbandistas têm a necessidade de cada vez mais se esclarecer sobre as questões de sua religião para compreenderem as leis que regem as atividades da espiritualidade e para não continuarem na ignorância do que ocorre transformando tudo em misticismo.

Fonte: Grupo 7 elementos.
Elevação Espiritual(italojreronita.blogspot.com)

COSMOVISÃO





Saiba o que é Cosmovisão

Todo ser humano possui uma cosmovisão. Talvez você já tenha lido esta palavra em algum lugar ou mesmo ouvido algo sobre o assunto, mas não tem a menor idéia do significado deste termo. Mas saiba que mesmo assim, mesmo sem saber o que é isso, você possui uma cosmovisão.
Aquilo que cada pessoa é, o que defende, o que vive, é resultado da cosmovisão que permeia sua vida. Em nosso caso específico, vivemos de acordo com a Cosmovisão Cristã (um desdobramento da Cosmovisão Teísta). Como a humanidade é diversificada ao extremo, nos mais distintos aspectos, existe uma gama muito variada de cosmovisões.
Para todo e qualquer cristão ser mais eficiente no cumprir da Grande Comissão (Mt 28.19-20), é importante conhecer as premissas que caracterizam e diferenciam as variadas cosmovisões existentes. Para aquele que enxerga na apologética uma ferramenta útil para a propagação do Evangelho, o discernimento das cosmovisões é essencial.
Empresto as palavras de um grande teólogo e apologista quanto à definição do termo cosmovisão:
“Modo pelo qual a pessoa vê ou interpreta a realidade. A palavra alemã é weltanschau-ung, que significa um ‘mundo e uma visão da vida’, ou ‘um paradigma’. É a estrutura por meio da qual a pessoa entende os dados da vida. Uma cosmovisão influencia muito a maneira em que a pessoa vê Deus, origens, mal, natureza humana, valores e destino.
Na medida que nos aprofundarmos neste tema, vamos compreender duas coisas básicas:
1) Cosmovisões distintas existem, mas não é possível concordar coerentemente com as premissas centrais de duas ou mais cosmovisões;
2) Cosmovisão é como óculos, para que a realidade faça sentido é preciso visualiza-la de acordo com uma cosmovisão coerente e verdadeira, ou seja, com as “lentes corretas”.
Existem sete cosmovisões básicas; são sete matrizes das quais as demais formas de enxergar o todo derivam: Teísmo, Deísmo, Ateísmo, Panteísmo, Panenteísmo, Teísmo Finito e Politeísmo. Com exceção da relação muito próxima entre o Panteísmo e Politeísmo, não há compatibilidade entre as demais cosmovisões. Veja um pouco de cada uma na tabela abaixo:

Sistema

Cosmovisão

Expresso no:
Teísmo

Um Deus infinito e pessoal existe além do e no universo; Criou todas as coisas e sustenta tudo de modo sobrenatural.

Judaísmo; Islamismo e Cristianismo.
Deísmo

Deus está além do universo, mas não nele. Defende uma visão naturalista de mundo, assim Deus não age sobrenaturalmente naquilo que criou.

Pensamento de Voltaire, Thomas Jefferson e Thomas Paine.
Ateísmo

Não existe nenhum Deus além do ou no universo. Afirma que o universo físico é tudo que existe. Tudo é matéria auto-suficiente.

Pensamento de Karl Marx, Frederich Nietzsche e Richard Dawkins.
Panteísmo

Deus é o todo/universo. Não há um criador distinto, criador e criação são a mesma realidade. O universo é Deus, a matéria é Deus, as pessoas o são. Tudo é Deus.

Certas formas de hinduísmo, Zen-Budismo e Ciência Cristã.
Panenteísmo

Deus está no universo, como a mente está no corpo. O universo é o ‘corpo’ de Deus, seu pólo real e tangível. O outro pólo está além deste plano.

Pensamento de Alfred Whitehead e Charles Hartshorne.
Teísmo finito

Existe um Deus finito além do e no universo. Deus é limitado em natureza e poder. Aceitam a criação, mas negam a intervenção.

Pensamento de John Stuart Mill, William James e Peter Bertocci.
Politeísmo

Muitos deuses existem além do mundo e nele. Tais deuses influenciam a vida das pessoas. Naga qualquer Deus infinito.

Gregos e romanos antigos, mórmons e neopagãos (wicca).
Este pequeno texto é apenas uma introdução, uma proposta para estudo.

Cosmovisão é um conjunto de suposições e crenças que alguém usa para interpretar e formar opiniões acerca da sua humanidade, propósito de vida, deveres no mundo, responsabilidades para com a família, interpretação da verdade, questões sociais, etc.

Blog - Espiritualizando com a Umbanda.

ARMADILHAS E CILADAS NO CAMINHO DA ESPIRITUALIDADE






ARMADILHAS E CILADAS NO CAMINHO DA ESPIRITUALIDADE


"Nas minhas viagens pela vida como ser espiritual, psicólogo espiritualista e discípulo do caminho, tomei consciência de muitas das armadilhas e ciladas que se encontram no caminho espiritual. Considero-me até especialista no assunto, pois tive a experiência de cair na maioria delas.
Recomendo, convicto, a meditação sobre a lista que apresento a seguir. Embora breve em palavras, é profunda em intuições.
O meu propósito ao partilhar estas situações é poupar, ao maior número de pessoas possível, sofrimento desnecessário, carma negativo e os atrasos no caminho da ascensão, provocados pelo desconhecimento e pela ignorância. O caminho espiritual é bastante fácil num plano e incrivelmente complicado em outro. O ego negativo e as forças das trevas espalham sedução e apegos, imensos complexos e ardilosos desafios em cada passo do Caminho. Cometer erros e cair nessas armadilhas é normal. A minha preocupação é evitar que as pessoas que buscam o seu Caminho, fiquem enredadas nas ciladas por longos períodos, ou mesmo vidas inteiras."

Eis, então, as armadilhas e as ciladas mais comuns:

1. Abrir mão do seu poder pessoal, concedendo-o a outras pessoas, à mente subconsciente, ao ego negativo, aos cinco sentidos, ao corpo físico, ao corpo emocional, ao corpo mental, à criança interior, a um guru, aos mestres ascensionados, a Deus, a tudo o que for externo.

2. Amar os outros, mas não a si mesmo.
3. Não reconhecer o ego negativo como fonte de todos os problemas.
4. Concentrar-se em Deus, mas deixar de integrar e educar de modo correto, a sua criança interior.
5. Comer incorretamente e não fazer exercícios físicos suficientes, o que resulta em doença física e limitação nos outros níveis.
6. Mergulhar profundamente na vida espiritual, mas não reconhecer o plano psicológico, que precisa ser compreendido e dominado.
7. Desejos, desejos e mais desejos materiais.
8. Exercer poder sobre os outros depois de alcançar o sucesso.
9. Desligar-se demais das coisas da Terra, o que prejudica o corpo físico.
10. Tentar escapar da Terra, em vez de criar o Céu na Terra.
11. Ver apenas as aparências, em vez de observar a verdadeira realidade que está por detrás de todas as aparências.
12. Tentar tornar-se Deus, em vez de perceber que você já é o Eu Eterno, como todas as outras pessoas o são.
13. Não perceber que você é a causa de tudo.
14. Servir os outros totalmente, antes de se tornar auto-realizado dentro de si mesmo.
15. Pensar que existe algo que se possa chamar de raiva justificada. A raiva é uma armadilha perigosa.
16. Tornar-se um extremista, e não ser moderado em todas as coisas.
17. Pensar que precisa ser asceta para tornar-se um ser espiritual.
18. Tornar-se sisudo demais, deixando de ter alegria, felicidade e diversão suficientes na vida. Não há ascensão sem alegria.
19. Ser indisciplinado e deixar de perseverar incessantemente nas suas práticas espirituais.
20. Abandonar as práticas e estudos espirituais quando se envolve num relacionamento.
21. Dar prioridade a um relacionamento, em detrimento do si e do seu processo interno. Essa é outra armadilha traiçoeira.
22. Deixar que a criança interior governe a sua vida.
23. Ser crítico demais e duro demais para consigo mesmo.
24. Deixar-se enredar pelo glamour e ilusão dos poderes psíquicos.
25. Tomar posse do seu poder pessoal, mas não aprender ao mesmo tempo a submeter-se ao seu Cristo interno.
26. Abrir mão do seu poder pessoal quando estiver fisicamente cansado.
27. Esperar que Deus e os mestres ascensionados resolvam todos os seus problemas.
28. Viver no piloto automático e relaxar a vigilância.
29. Entregar o seu poder a entidades que se possam comunicar consigo.
30. Ler demais e não meditar o bastante.
31. Deixar que a sexualidade o domine, em vez de dominá-la.
32. Identificar-se excessivamente com seu corpo mental ou emocional, sem atingir o equilíbrio.
33. Pensar que precisa ser um canal para outras vozes, ver ou experimentar toda a espécie de fenômenos mediúnicos a fim de se tornar espiritualizado ou ascender.
34. Forçar a elevação da sua kundalini.
35. Forçar a abertura dos seus chakras.
36. Pensar que o seu caminho espiritual é melhor que o dos outros.
37. Julgar as pessoas em função do nível de iniciação que alcançaram.
38. Partilhar o seu nível "avançado" de iniciação com outras pessoas.
39. Contar aos outros o seu "bom trabalho espiritual", em vez de simplesmente centrar-se na sua humildade. "Não saiba a tua mão esquerda o que fez a tua mão direita".
40. Pensar que as emoções negativas são algo imprescindível.
41. Isolar-se dos outros e achar que isso é ser espiritualista.
42. Considerar a Terra um lugar terrível.
43. Entregar o seu poder à astrologia ou à influência dos astros, como fatores externos e incontornáveis.
44. Apegar-se demais às coisas e às pessoas.
45. Viver desapegado demais com relação à vida; não se esforçar rumo ao desapego envolvido.
46. Viver preocupado demais com o eu; e não se dedicar o suficiente a servir os outros.
47. Enredar-se nas numerosas teorias equivocadas da espiritualidade tradicional, pois cada uma delas não passa de uma fina fatia da torta inteira.
48. Ser místico demais ou ocultista demais, e não se esforçar para integrar os dois lados.
49. Desistir no meio das grandes adversidades. Essa é uma das piores armadilhas. Nunca desista. Nunca, jamais deve desistir!
50. Achar que o sofrimento que o incomoda - seja em que nível for - não irá passar.
51. Concentrar-se demais no nível de iniciação que alcançou, ou aguardar com ansiedade exagerada o momento da ascensão, em vez de se preocupar com o trabalho que precisa ser feito.
52. Deixar-se enredar pelos poderes espirituais em vez de reconhecer que o amor é, de entre todos, o maior poder espiritual
53. Denegrir outros grupos espiritualistas, em vez de buscar o trabalho conjunto e a unificação, mesmo que esses grupos não estejam inteiramente sintonizados com todas as suas crenças.
54. Deixar-se enredar no dogma da religião tradicional, ou quaisquer outros dogmas.
55. Pensar que precisa de um sacerdote, que aja como intermediário entre si e Deus.
56. Usar as suas crenças espirituais para gerar divisão, elitismo ou uma condição especial indevida.
57. Tornar-se fanático demais pelas suas próprias crenças.
58. Achar que pode alcançar a iluminação por meio de drogas ou algum tipo de pílula mágica. Essa é uma das piores formas de ilusão!
59. Achar que outras pessoas não precisam trabalhar no seu caminho espiritual.
60. Sobrevalorizar o relacionamento com os filhos em detrimento das relações consigo mesmo e com o seu Cristo interno.
61. Enredar-se em todas as atrações deste mundo material, realmente fascinante.
62. Envolver-se demais no amor a uma só Pessoa, em vez de expandir seu amor para englobar muitas pessoas, e todos os outros, de forma incondicional.
63. Enredar-se na dualidade, em vez de buscar equilíbrio mental, paz interior e equidade em todos os momentos; se você não transcender a dualidade, continuará a sentir-se vítima da sua própria montanha-russa emocional, sacudindo-se de um lado para o outro entre os altos e baixos da vida. A alma e o espírito pensam com uma consciência transcendente, que não tem ligação com essa lufa-lufa quotidiana.
64. Ser pai ou filho, mãe ou filha no relacionamento a dois, em vez de assumir a condição de adulto.
65. Pensar que precisa sofrer na vida. Isto é tremendamente falso!
66. Ser ou querer ser um mártir do caminho espiritual.
67. Precisar de controlar os outros.
68. Ter ambição espiritual.
69. Precisar de simpatia, amor ou aprovação.
70. Ter necessidade de ser um Mestre.
71. Ser hipersensível ou, no outro lado da moeda, duro demais.
72. Assumir responsabilidades no lugar dos outros.
73. Ser ou querer ser um salvador.
74. Servir por motivos egoístas e pensar que está a acumular mérito espiritual.
75. Pensar que é espiritualmente mais avançado do que realmente é; por outro lado, pensar que é menos avançado do que realmente é.
76. Ser famoso e cultivar a dependência da fama.
77. Dar importância indevida à busca da paixão ou da alma gêmea, e não perceber que a sua própria Alma - e a Mônada - são aquelas que, na verdade, o podem complementar e saciar interiormente.
78. Pensar que precisa de um relacionamento romântico para ser feliz.
79. Precisar ver-se no centro do palco; ou, no outro lado da moeda, preferir sempre esconder-se pelos cantos.
80. Trabalhar e esforçar-se demais, exaurindo-se fisicamente, ou, no outro lado da moeda, distrair-se demais e não se ocupar dos assuntos do Pai.
81. Buscar orientação em médiuns e não confiar na própria intuição.
82. Entregar-se, neste plano ou no plano interior, a mestres que não sejam ascensionados e que, logicamente, também têm uma compreensão e concepção limitadas da realidade.
83. Fazer do caminho espiritual um hobby, e não o "fogo devorador".
84. Perder tempo demais em frente da TV, na Internet, com jogos de vídeo, ou lendo romances fúteis, e assistindo a filmes violentos.
85. Gastar quantidades imensas de tempo e energia por falta de organização e administração adequada do tempo.
86. Pensar que discutir com os outros é algo que lhe sirva a si, ou sirva a outras pessoas.
87. Tentar vencer ou estar certo, em vez de se esforçar por amar e compreender.
88. Enfatizar demais a intuição, o intelecto, o sentimento e o instinto, em vez de perceber que tudo isso precisa ser equilibrado e integrado, cada qual na sua devida proporção; a cilada, aqui, é identificar-se excessivamente com um deles.
89. Devotar-se a um guru que o diminui e o divide, em vez de se dedicar ao Eu espiritual que é você mesmo, e cultivar o seu próprio Cristo interno.
90. Tentar permanecer aberto todo o tempo, em vez de saber como abrir e fechar o seu campo energético, de acordo com as necessidades.
91. Não saber dizer não aos outros, à criança interior ou ao ego negativo.
92. Pensar que a violência ou qualquer tipo de agressão contra os outros lhe vai trazer aquilo que você deseja, ou que sirva a Deus de algum modo.
93. Culpar Deus ou irritar-se com Ele ou contra os mestres ascensionados por causa dos próprios problemas.
94. Quando suas orações não forem atendidas, pensar que Deus e os mestres ascensionados não estão respondendo às suas preces.
95. Comparar-se com outras pessoas, em vez de perceber que somos únicos, e que as potencialidades, as circunstâncias e as vivências do outro não são as suas.
96. Pensar que ser pobre é ser espiritualizado. Pensar que é preciso ser rico para ser feliz e espiritualizado.
97. Comparar-se e competir com os outros por causa dos níveis de iniciação e ascensão.
98. Assumir o papel de vítima diante de outras pessoas ou do seu próprio corpo físico, emocional ou mental, desejos, cinco sentidos, ego negativo, eu inferior.
99. Estudar demais e não manifestar os seus conhecimentos no mundo real.
100. Pensar que o seu mau humor é a verdadeira realidade de Deus.
101. Pensar que o valor reside em fazer e alcançar coisas.
102. Pensar que você não precisa de se proteger espiritual, psicológica e fisicamente.
103. Pensar que glamour, ilusão, ego negativo, medo e separação, são a verdadeira realidade.
104. Usar açúcar, café e refrigerantes e outros estimulantes artificiais para obter energia física.
105. Tentar fazer tudo sozinho e não pedir a ajuda a Deus; ou, no outro lado da moeda, pedir a ajuda de Deus e não se ajudar a si mesmo.
106. Deixar de amar as pessoas porque elas o estão a tratar mal ou dando um exemplo negativo de egoísmo; não distinguir a pessoa de seu comportamento.
107. Perder a fé na realidade viva da Alma, da Mônada, de Deus e dos Mestres Ascensionados, e na capacidade que eles têm de ajudá-lo.
108. Pensar que apenas as outras pessoas podem atingir a ascensão, ou ser Luz no mundo, ou pelo menos não nesta vida.
110. Pensar que a Terra é uma prisão, e não reconhecê-la como um Paraíso em evolução.

"Tudo o que existe no universo divino é governado por leis - físicas, emocionais, mentais e espirituais. Aprendendo a compreender essas leis e tornando-se obediente a elas você trilhará o caminho da ascensão."

Shandar

Por Dr. Joshua David Stone

BATISMO - RITO DE BONS AUSPÍCIOS DO RECOMEÇO





Batismo - Rito de Bons Auspícios do Recomeço


Prática ritual de adesão do batizando às Religiões Afro-brasileiras, mas principalmente, uma cobertura, bons auspícios e proteção àquele que (re)começa sua vida terrena (reencarnação).

O ritual também tem a finalidade de purificar, de receber solenemente o batizando, permitindo-lhe se assim desejar, fazendo uso de seu livro arbítrio, continuar na Iniciação das Religiões Afro-brasileiras. É o primeiro passo, o início para aqueles que desejam a Iniciação, ou seja, conhecer o início de todas as coisas, inclusive de si mesmo, e isto é muito importante no processo de identificação do indivíduo consigo mesmo, com a alteridade e, principalmente, com seu destino.

Quanto ao rito em discussão nesta publicação é o de uma criança que vai receber as bênçãos do batismo (purificado pelas águas do espírito), para que possa levar a bom termo sua presente reencarnação, ou seja, seu destino. É importante que se afirme que a “criança” que sofre o batismo, pode, quando tiver plena consciência, ratificar ou retificar o ato, mas estará sempre acobertado pelos poderes das Religiões Afro-brasileiras.

O RITUAL

1. 1. A prédica versa sobre a possibilidade das múltiplas vidas e suas aberturas no consciencial do indivíduo reencarnado. Explica-se que, segundo a Teologia Umbandista, todos são filhos espirituais dos Orixás, sendo esses de origem divina, portanto pais divinos de todos os seres espirituais carnados ou descarnados, em várias dimensões do universo.

O batismo na Umbanda, nas Religiões Afro-brasileiras como um todo, prende-se ao ato de conectar o indivíduo com seu Orixá ou Pai Divino, por intermédio da purificação do Ori (cabeça) e da reestruturação das energias fundamentais para esta conexão. A essa energia primeva que permite a vida, a existência, e o poder de realização é o que denominamos Axé. Assim o batismo conecta o indivíduo com seu Orixá, por intermédio do Axé – Força Vital que a tudo preside – que reside no Ori, na cabeça – consciência – individualidade.

2. 2.Os elementos fundamentais para o rito são:

2.a. Uma pequena bacia de louça com água consagrada pelo sacerdote oficiante.

2.b. Sal acondicionado em continente pequeno, de louça branca.

2.c. Mel – idem ao item 2.b

2.d. Pó de pemba branca pilada e imantada acrescentada com ervas de Oxalá (dono do Ori).

2.e. Flores brancas (pois o batismo relaciona-se com a cabeça – Ori.

2.f. Água de Cheiro

FUNDAMENTOS DO RITO

O rito é antecedido por rezas, cânticos e gestos rituais. O batizando é chamado pelo nome três vezes, e somente após esse chamamento os pais se aproximam com a criança.

Podem também ser evocadas as presenças de padrinhos ou testemunhas que se responsabilizarão pelo batizando na ausência dos pais, e mesmo naquilo que for necessário para ele levar a bom termo sua presente reencarnação. Por isso o sacerdote quando chama os padrinhos abençoa-os com suas rezas e lhes sopra “pó de pemba” que representa as bênçãos dos Orixás.

Tudo pronto para o início do batismo. O sacerdote faz suas rezas afins ao rito, consagra os quatro cantos, invocando as bênçãos dos Orixás – os Senhores dos quatro elementos – ar, fogo, água e terra.

Em ato contínuo dá ao batizando para experimentar o sal, afirmando que isto o preservará de todos os males, conservando-o com saúde, não lhe faltando o alimento, o trabalho, o afeto e a amizade fraterna. Em seguida asperge suavemente uma pitada de sal no Ori (no alto da cabeça)

Novas rezas e cânticos, e o mel é oferecido ao batizando, dizendo-lhe: que este mel represente o doce da vida, o afeto, a alegria e a devoção que neutraliza todo ódio e desarmonias várias. A seguir verte uma gota de mel no Ori.

Continuando, pede aos padrinhos que se aproximem com as velas brancas e acesas (pequenas – delicadas), afirmando que essas luzes iluminarão seu caminho, sua jornada terrena, sendo também um escudo espiritual contra os anjos das sombras ou possíveis inimigos.

Os padrinhos entregam as velas ao sacerdote que as ergue fazendo orações em benefícios do batizando e padrinhos, para, a seguir, colocá-las no peji.

Os cânticos e as rezas se intensificam se aproxima o ponto culminante do rito.

O sacerdote pega as flores brancas (duas) pelas hastes e mergulha-as na água lustral imantada, consagrada e asperge-a no Ori do batizando. A seguir coloca uma flor na região occipital ao mesmo tempo que a outra é colocada na região frontal. Passado e futuro se entrelaçam, ancestrais e divindades são invocadas para abençoar e acobertar (proteção).

Num movimento harmonioso, mas efetivo, o sacerdote faz suas rezas e coloca as flores nos lados direito e esquerdo da cabeça da criança, invocando a proteção dos elementos masculinos e femininos afins.

A seguir sopra pemba pilada e as pétalas de flores caem de suas mãos entreabertas sobre a cabeça do batizando. Ato contínuo derrama água de cheiro no chão e pede que os caminhos do batizando sejam de paz e harmonia.

Pedindo as bênçãos dos Orixás com rezas e cânticos, diz que ele como sacerdote, em nome dos Orixás e dos Ancestrais Ilustres, considera a criança batizada segundo os preceitos das Religiões Afro-brasileiras. Que Olodumare (Tupã, Zamby), Orunmilá-Ifá (Deus da sabedoria e do destino) e todos os Orixás possam abênçoá-la com suas poderosas vibrações de paz, luz e felicidades, promotoras de um destino auspicioso.

Novos cânticos, rezas, cumprimentos, alegria e felicidade. Mais um ser espiritual abençoado e batizado pela Sagrada Corrente Astral de Umbanda e por todas as Religiões Afro-brasileiras. Aranauan, Motumbá, Axé, Saravá!


Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá

Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico
Ifatosh'ogun "O sacerdote de Ifá que tem o poder de curar”

COSMOGÊNESE E PLANETOGÊNESE NA VISÃO DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS





Cosmogênese e Planetogênese na visão das Religiões Afro-brasileiras

RESUMO

Os princípios espirituais, por intermédio do Poder Operante dos Orixás (Senhores da Luz Espiritual), foram manifestados na Cosmogênese. A gênese cósmica deveu-se aos Orixás, cujos poderes volitivos expressos em ciclos e ritmos particulares foram expressos na substância primeva (energia escura) subtraindo-lhe a indiferenciação e o aspecto caótico. O instante primevo da Cosmogênese, como reação ou efeito do Poder Volitivo dos Orixás, produziu três fenômenos arquetipais: luz, som e movimento.

A Planetogênese imitou a Cosmogênese (criação do cosmos). A substância fundamental do Sol (Hélio e outros elementos – luz) sofreu sobre si o Poder Volitivo dos Orixás que deu origem ao Sistema Solar. Dentro desse Sistema, focalizemos nossos estudos no Planeta Terra, nosso mundo de evolução e vida.

A matéria constitutiva do planeta Terra é, igualmente, Setenária. A Energia Bipolarizada em Energia Mental Positiva (matéria mental abstrata) e energia mental negativa (matéria mental concreta) dão origem, por rebaixamento de sua vibração essencial, à Energia Astral. A Energia Astral, por dissociação ou emissão, dá formação a quatro energias, totalizando o setenário. A Energia Astral é a base constitutiva da dimensão sutil, hiperfísica do planeta. Na dimensão grosseira, densa, é a deflagradora de quatro estados de manifestação ou concretização.

Palavras-chave: Cosmogênese, Doutrina do Tríplice Caminho, Orixás, Planetogênese, Religiões Afro-brasileiras.

ABSTRACT

Spiritual principles, through the Power of the Operant Orishas (Lords of Spiritual Light) were expressed in the Cosmogenesis. The cosmic genesis was due to the Orishas, whose volitional powers expressed in cycles and particular rhythms were expressed in primal substance (dark energy) subtracting from this the undifferentiated and the chaotic aspect. The primal moment of Cosmogenesis, as a reaction or an effect of the Orisha Volitional Power, produced three archetypal phenomena: light, sound and movement.

The Planetogenesis imitated Cosmogenesis (creation of the cosmos). The fundamental substance of the Sun (Helium and other elements - light) has suffered on itself the Volitional Power of the Orishas, which led to the Solar System. Within this system, we focused our studies on Planet Earth, our world of evolution and life.

The substances that compose the planet Earth are also Septenary. The Bipolarized Energy in Positive Mental Energy (abstract mental matter) and negative mental energy (concrete mental matter), by lowering its essential vibration, gives birth to the Astral Energy. The Astral Energy, by dissociation or emission, forms four energies, totaling sevenfold. The Astral Energy is the basic constituent of the subtle, hyperphysic dimension of the planet. At the ragged, dense dimension, triggers four states of manifestation or concrealization.

Keywords: Cosmogenesis, Triple Way Doctrine, Orishas, Planetogenesis, Afro-Brazilian Religions.

COSMOGÊNESE E PLANETOGÊNESE NA VISÃO DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

Os princípios espirituais, por intermédio do Poder Operante dos Orixás (Senhores da Luz Espiritual), foram manifestados na Cosmogênese.

A gênese cósmica deveu-se aos Orixás, cujos poderes volitivos expressos em ciclos e ritmos particulares foram expressos na substância primeva (energia escura) subtraindo-lhe a indiferenciação e o aspecto caótico.

O instante primevo da Cosmogênese, como reação ou efeito do Poder Volitivo dos Orixás, produziu três fenômenos arquetipais:

Os Orixás Virginais – “Senhores da Coroa Divina” estenderam seus atributos unos modificados à Hierarquia Virginal. Os atributos inerentes à “Coroa Divina” eram: Onisciência, Onipotência, Onipresença.

Esses atributos virginais manifestaram-se nos seres espirituais como percepção, consciência, inteligência, amor, vontade, etc.

Os atributos unos aludidos se expressaram na cosmogênese por meio dos três fenômenos arquetipais.

Assim tivemos:

- Onisciência manifestada como luz cósmica – sete cores fundamentais

- Onipotência manifestada como som cósmico – sete notas musicais

- Onipresença manifestada como movimento cósmico – sete forças fundamentais.

Apreciando com atenção o que até aqui expusemos, não terá o prezado leitor amigo dificuldades em atender a relação ou analogia que fizemos com a Doutrina do Tríplice Caminho ou dos Três Caminhos-Unos, que pretende interpretar para os diversos ângulos de interpretação, o significado da Luz Cósmica, do Som Cósmico e do Movimento Cósmico.

Avançando em nossa exposição, poderemos afirmar que o Cosmos é a manifestação ou concretização do Poder Volitivo ou Operante dos Orixás e Hierarquia e, portanto, Sagrado, Divino.

Centralizemos nossa percepção e atenção em nosso Sistema Solar e, em especial, no planeta Terra. Este orbita sob os influxos vibracionais do Sol, luminar que lhe dá sustentação, vida e luz. Remontemos, então, há aproximadamente 4.3 bilhões de anos e penetremos na Planetogênese (criação do planeta Terra).

A Planetogênese imitou a Cosmogênese (criação do cosmos). A substância fundamental do Sol (Hélio e outros elementos – luz) sofreu sobre si o Poder Volitivo dos Orixás que deu origem ao Sistema Solar. Dentro desse Sistema, focalizemos nossos estudos no Planeta Terra, nosso mundo de evolução e vida.

Mais uma vez, o Poder Operante dos Orixás, manifesto em ciclos e ritmos, deu origem à Setessência da matéria, em analogia com os Três Princípios Arquetipais.

Esta Setessência apresenta-se, em obediência aos “Três Princípios”, posicionada em três planos coexistentes e interdependentes, denominados:

Plano Mental, associado à Luz Espiritual, pedra angular dos fundamentos da Luz Divina;

Plano Astral, associado ao Verbo Espiritual, pedra angular dos fundamentos do Verbo Divino;

Plano Etéreo-Físico, associado ao Movimento Espiritual, pedra angular dos fundamentos da Lei Divina.

A “matéria” que constitui o plano mental é dita sutilíssima, origem ou arquétipo das forças vivas ou energias sutis.

A “matéria” que constitui o plano astral é nomeada sutil, sendo a primeira manifestação da energia sutilíssima. Esta energia astral é origem das forças sutis, ares vitais, prana, tattwas, etc.

No plano etéreo-físico temos a densificação máxima permitida à energia-massa segundo os limites vibracionais e gravitacionais relativos ao planeta Terra.

Esta energia-massa possui cinco estados físicos: sólido, líquido, gasoso, plasmático e boseano, que são consolidações de elementos sutis, também denominados de elementais: terra, água, fogo, ar e éter.

O estado etérico (fluido gerador ou espaço inercial), o Akasha, conhecido por outras religiões, está inteiramente aderido ao plano físico, sendo o quinto elemento, que é, na verdade, geratriz dos demais.

Após esta descrição da constituição da matéria física e hiperfísica do planeta (veículos concretizadores dos vários planos e manifestações da energia), façamos o mesmo com o homem. Entenderemos, assim, as íntimas relações deste (microcosmo) com o Planeta e mesmo com o Cosmos (macrocosmo).

“A planetogênese imita a cosmogênese; analogamente, afirmamos que a antropogênese imitou a planetogênese”.

A última assertiva nos faz concluir que os Sete Orixás Planetários (na verdade dezesseis) nos influenciam tanto quanto ao Planeta Terra e são nossos Genitores Kármicos, com a particularidade de que a cada nova reencarnação, segundo o momento de nosso nascimento, ficamos sob o influxo mais direto de um Orixá.

Antes de compreendermos o mecanismo de, a cada nova reencarnação, ficarmos sob os influxos vibracionais de determinado Orixá, penetremos nas analogias entre macrocosmo e microcosmo.

O Ser Espiritual, o homem reencarnado, tal qual o planeta é constituído de elementos densos, sutis e sutilíssimos.

O organismo ou veículo dimensional constituído de energia sutilíssima é o mental. Este organismo é a sede da consciência, vela a Essência Espiritual, a Autoconsciência – a Luz Espiritual. É o organismo mais rarefeito, refletindo de forma mais fidedigna o Ser Espiritual em essência.

O veículo intermediário entre o mais sutil e o denso é o organismo astral, sede eletiva dos sentimentos, das emoções. Vela a vontade, a percepção, o Verbo Espiritual. Nele encontramos os centros de iluminação, conhecidos como chakras em outras religiões, que são a representação do organismo mental no organismo astral.

Os centros de iluminação superiores regulam a atividade dos órgãos astrais e físicos relacionados; mais diretamente, as funções mentais; os intermediários à vida astralizada e os inferiores, à vida física.

No último organismo, o etéreo-físico, constituído de sólidos, líquidos, gases e éteres, é onde se situa a sede das sensações, das ações, da manifestação; é considerado a concretização dos demais veículos dimensionais.

Resumindo, diremos que o organismo mental está afeto ao pensamento, o organismo astral ao sentimento, o organismo etéreo-físico à ação. Recorrendo novamente aos processos analógicos, associemos os três organismos a sistemas e órgãos de equivalência no organismo etéreo-físico.

Assim fazemos com a finalidade de demonstrar que os organismos dimensionais são um contínuo vibracional, ou seja, feixes de vibrações que vão gradativamente se condensando até manifestarem o organismo físico denso.

Neste organismo físico denso, segundo nossas afirmações, poderemos encontrar representantes dos outros dois organismos mais sutis (feixes vibracionais ou campos eletromagnéticos menos condensados).

Assim o organismo mental tem seu ponto de equivalência no corpo físico, na cabeça (cérebro ou encéfalo, ou todo sistema nervoso central), principalmente nos órgãos de relação, com visão (olhos) e audição (ouvidos). Fazendo a interconexão com os demais organismos há o fluido nervoso, consolidado no líquido cefalorraquidiano (liquor).

O organismo astral tem seu ponto ou região de equivalência no tórax, principalmente no sistema fono-cardiorespiratório (laringe, coração e pulmões), sistema hematológico, órgãos hematopoéticos, sistema endócrino ou imunoendocrinologico. O elemento de ordem astral condensado que faz a conexão com os demais organismos é o fluido prânico (sangue – com suas duas partes: sérica [soro] e celular [hemácias, leucócitos, plaquetas]).

O organismo etéreo-físico tem sua expressão máxima na região abdominal, nas vísceras. O elemento conector é o fluido mecânico (linfa).

Resumindo, para melhor compreensão do tema exposto, vejamos o quadro sinóptico:


O fluido nervoso (consolidado no líquor) é a expressão do organismo mental no organismo físico.

O fluido prânico (consolidado no sangue) é a expressão do organismo astral no organismo físico.

O fluido mecânico (consolidado na linfa) é a expressão de elementos etéricos no organismo físico.

Depois de demonstrar como no organismo físico, especificamente em suas três regiões, cabeça, tórax e abdome, se expressam e se relacionam no organismo mental, astral e físico, tomemos um dos segmentos, a cabeça, e observemos como nela há representantes dos três organismos. O mesmo pode se fazer com os dois outros segmentos: tórax e abdome.

Observando-se atentamente a cabeça (crânio e face) perceberemos sete orifícios. Estes sete orifícios podemos afirmar, estão praticamente em três planos diferentes e relacionam-se com os três organismos citados.

No primeiro plano, ligeiramente inclinado, denominado superior, encontram-se quatro orifícios. Dois orifícios onde se adaptam os globos oculares (olhos) e dois orifícios onde se adaptam os dois pavilhões auditivos (orelhas). Este plano é relativo ao organismo mental.

Em um segundo plano, por nós denominado de médio, encontra-se dois orifícios. São os orifícios das narinas (nariz). Este plano é relativo ao organismo astral.

No último, o terceiro plano ou inferior, encontra-se um único orifício (boca). É o relativo ao próprio organismo etéreo-físico.

Assim, concluí-se que: o primeiro plano relaciona-se com a visão (cérebro) e audição (cerebelo). O segundo plano liga a cabeça com o tórax, por meio da nasofaringe, laringe, traquéia e finalmente pulmões e coração. O terceiro plano liga a cabeça com o abdome por meio da boca, língua, dentes, faringe, esôfago (que passa pelo tórax), estômago, duodeno, intestino delgado, intestino grosso e ânus.

Implicações várias têm essas citações. Vimos que da boca chega-se ao fim do intestino grosso (reto-ânus). São “entrada” e “saída” que devem controlar os alimentos ingeridos pela boca. Contudo, devemos considerar alimentos também o que entra pelos outros orifícios, tais como: imagens (visão), sons (audição), sensações táteis (tato), ar e sucedâneos, etc., devendo haver excreções correspondentes para cada um.

Assim explicamos, pois queremos relacionar a anatomia e fisiologia do organismo físico com a de ordem sutil, das forças vivas, das energias de ordem astral, com os canais sutis e órgãos ultérrimos”.

Continuando, é de vital importância entender-se que o Princípio Espiritual (imanifesto) ou Essência, ao manifestar-se (existência) fê-lo no Universo Astral, onde, como vimos, havia domínio da Substância, da Energia em seus vários graus de densidade.

Interpenetrando fundamentos e rasgando arcanos, afirmamos que o Ser Espiritual gerou, exsudou a Substância Primeva, sendo a mesma protoforma para a Cosmogênese, onde repisamos, teria domínio a Energia-Matéria.

Recapitulando e aprofundando, visando o melhor entendimento, afirmamos que o Princípio Espiritual Uno (Essência) ao se bipolarizar, separando-se objetivamente (Existência), gerou de moto próprio, devido à sua atribuição criadora (Substância), a Substância Primeva que é indiferenciada, caótica, sem movimentos coordenados.

É a essa Substância Primeva que a Coroa Divina, os Orixás Virginais – Espíritos Virginais de máximo Poder – por intermédio da Potenciação de suas vontades, de seus Poderes Volitivos, propiciaram movimentos ordenados, diferenciado-a imprimindo-lhe um ciclo e ritmo particular.

Esse ciclo e ritmo, na verdade, deu formação à energia bipolarizada. A essa energia bipolarizada denominamos Energia Primeva Positiva e Energia Primeva Negativa.

A energia primeva bipolarizada deflagrou a constituição setenária da matéria no universo astral.

Assim, o Poder Volitivo dos Orixás Virginais, aplicados à Substância Primeva, gerou o Universo Astral. A concretização desse Poder Volitivo pode ser expressa na Cosmogênese, no “Big-Bang”, que gerou três fenômenos que perduram até os nossos dias. A Luz, o Som e o Movimento são as expressões do Poder Volitivo dos Orixás. São o Tantra (Luz), Mantra (Som) e Yantra (Movimento) Cósmicos.

A matéria constitutiva do planeta Terra é, igualmente, Setenária. A Energia Bipolarizada em Energia Mental Positiva (matéria mental abstrata) e energia mental negativa (matéria mental concreta) dão origem, por rebaixamento de sua vibração essencial, à Energia Astral.

A Energia Astral, por dissociação ou emissão, dá formação a quatro energias, totalizando o setenário. A Energia Astral é a base constitutiva da dimensão sutil, hiperfísica do planeta.

Na dimensão grosseira, densa, é a deflagradora de quatro estados de manifestação ou concretização.

O primeiro estado de manifestação é o eólico (ar), essencialmente expansivo.

O segundo estado de manifestação é o ígneo (fogo), essencialmente radiante.

O terceiro estado de manifestação é o hídrico (água), essencialmente fluente.

O quarto e último estado de manifestação é o telúrico (terra), essencialmente coesivo.

Concluindo, os elementos ar, fogo, água e terra compõem o plano físico denso do planeta, sendo que as Linhas de Forças (energias sutis) os sustentam por meio do Poder Atuante dos Emissários Executores dos Orixás – os Exus (transportadores, distribuidores e mantenedores do Axé ).

Demonstramos como o microcosmo está relacionado com o macrocosmo, como ambos possuem características similares. Reiteramos que, embora o Ser Espiritual possua Sete Veículos Dimensionais de sua consciência, os agrupamos em três Organismos relacionando-os aos Princípios Cosmogenéticos (Luz, Som e Movimento).

Depois das exaustivas demonstrações analógicas sobre a interdependência entre Cosmos, Planeta e Homem, concluímos que o binômio Espírito-corpo é uno, indivisível, sendo assim considerado pela Umbanda em suas diversas Escolas ou segmentos e demais religiões afro-brasileiras.

(1) O Poder Operante ou Volitivo dos Orixás Virginais aplicado à substância Primeva conferiu-lhe ciclos e ritmos que se expressaram por meio de: Luz, Som e Movimento Cósmicos.

(2) O Poder Operante ou Volitivo dos Orixás Solares aplicados à Substância Solar conferiu-lhe por meio de ciclos e ritmos particulares. Estes se expressam por meio de: equilíbrio, estabilidade e harmonia planetários.

(3) O Poder Operante ou Volitivo dos Orixás Planetários ou “Ancestrais” aplicado à Setessência da Matéria confere-lhe ciclos e ritmos particulares. Sua expressão dá-se por meio dos: Organismo Mental, Organismo Astral e Organismo etéreo-físico.

Esperamos que tenham ficado evidentes as conexões cosmo-planeta-homem que corroboram com o velho adágio: o microcosmo é manifestação do macrocosmo. Igualmente esperamos ter demonstrado que as religiões afro-brasileiras, no tocante aos fenômenos da criação, tenham uma visão diferente, embora respeitosa, das religiões criacionistas (vide publicação 55). Axé!

Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá

Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico

Ifatosh'ogun "O sacerdote de Ifá que tem o poder de curar”

OS ORIXÁS - PAIS DIVINOS PRESIDINDO O DESTINO



Os Orixás – Pais Divinos presidindo o Destino

SINCRONISMO ENTRE A COSMOGÊNESE E ANTROPOGÊNESE



RESUMO

No momento da cosmogênese, no Fiat Lux, o Espírito cuja Essência é o Vazio-Uno se manifestou como Luz. A primeira manifestação da Consciência-Una foi como a Luz Branca, que em sua unidade contém todas as outras cores, como no prisma que vemos abaixo. A decomposição da Unidade gerou as Sete Vibrações, manifestação dos Sete Orixás que deu formação a todo o Universo Astral.

O que determina a individualidade de cada Ser Espiritual no universo é sua maior ou menor sintonia com a manifestação setenária da Unidade. Isso significa que cada um consegue absorver, em função da sua evolução espiritual, com maior ou menor pureza e em maior ou menor quantidade, a Luz dos Orixás.

O uso da expressão “Poder Volitivo do Orisha” tem como significado a vontade espiritual manifesta na energia massa; o Orisha como Senhor estruturante de todo o universo, por conseguinte das forças sutis da natureza (ar,fogo, água e terra), do Princípio e Poder de realizar todas as coisas, inclusive o destino-existência (Axé-Iwá-Abá).

Palavras-chave: Antropogênese, Cosmogênese, Luz Espiritual, Organismo Astral, Orixás, Vazio-Uno.

ABSTRACT

At the moment of cosmogenesis, at the Fiat Lux, the Spirit whose essence is the Empty-One manifested itself as Light. The first manifestation of the One-Consciousness was the White Light, which in its unit contains all other colors, as in the prism we can see below. The decomposition of the Unit generated the Seven Vibrations, a manifestation of Seven Orishas that has formed the entire Astral Universe.

What determines the individuality of each Spiritual Being in the universe is their greater or lesser tune with the sevenfold expression of the Unit. This means that each one can absorb, according to their spiritual evolution, with greater or lesser purity and in greater or lesser extent, the Light of the Orishas.

The use of the expression " Volitional Power of the Orisha " means the spiritual will manifested in mass energy; the Orisha as the structuring Lord of the entire universe, likewise the subtle forces of nature (air, fire, water and earth), of the Beginning and the Power to accomplish all things, including the fate-existence (Axe-Iwá-Abá).

Keywords: Anthropogenesis, Cosmogenesis, Spiritual Light, Astral Body, Orishas, empty-One.

OS ORIXÁS – PAIS DIVINOS PRESIDINDO O DESTINO

SINCRONISMO ENTRE A COSMOGÊNESE E ANTROPOGÊNESE

A Luz Espiritual

No momento da cosmogênese, no Fiat Lux, o Espírito cuja Essência é o Vazio-Uno se manifestou como Luz. A primeira manifestação da Consciência-Una foi como a Luz Branca, que em sua unidade contém todas as outras cores, como no prisma que vemos abaixo.

A decomposição da Unidade gerou as Sete Vibrações, manifestação dos Sete Orixás que deu formação a todo o Universo Astral.

Cada um de nós possui como Essência Espiritual o Vazio, mas também nos manifestamos dando forma a veículos da Consciência que conhecemos como Organismo Mental (mente sutilíssima), Organismo Astral (mente sutil) e Organismo Físico (mente densa). O Organismo Mental é pontual, ou seja, corresponde à Unidade, que se manifesta no Organismo Astral através dos Sete centros de iluminação ou chakras que absorvem a vibração de cada um dos Sete Orixás.

O que determina a individualidade de cada Ser Espiritual no universo é sua maior ou menor sintonia com a manifestação setenária da Unidade. Isso significa que cada um consegue absorver, em função da sua evolução espiritual, com maior ou menor pureza e em maior ou menor quantidade, a Luz dos Orixás.

Por analogia, temos que a consciência espiritual de cada um pode ser representada como um "código de barras" que contém faixas de todas as Sete Vibrações, com variações de matizes, de intensidade e de largura de banda. Esse código de barras, determinado pela destinação natural ou karma do indíviduo, coordena a formação dos centros de iluminação ou chakras que governam o Organismo Astral que, por sua vez, serve de molde para o Corpo Físico, regulando suas atividades, funções e mesmo permitindo o aparecimento de disfunções orgânicas ou tendências comportamentais.

A FORMAÇÃO DO ORGANISMO ASTRAL

A Luz Espiritual, em suas sete variações, distribui-se por todo o Cosmos, e cada indivíduo a absorve segundo sua percepção espiritual.

Quando o indivíduo reencarna, é preciso deixar para trás sua antiga personalidade estabelecida em sua forma astral para assumir o início de uma nova etapa. Isso acontece mediante um processo de desdiferenciação em que os Sete centros de iluminação ou chakras (que caracterizavam o corpo astral) tomam a forma de um único centro de iluminação ou chakra indiferenciado que presidirá a formação do novo Organismo Astral. O indivíduo então fica “miniaturizado”, podendo se ligar ao ventre materno.

Chegando ao estágio de um único centro de iluminação indiferenciado, o indivíduo perde a recordação de suas existências anteriores, trazendo de sua antiga personalidade apenas os traços mais marcantes que determinarão suas tendências e aptidões. Se, por um lado, há a perda da personalidade anterior, há a recordação do Vazio, de sua Essência e do início de tudo, relembrando o começo do Universo e da odisséia espiritual.

Durante a gestação, o centro de iluminação indiferenciado absorve as faixas das Sete Vibrações Espirituais conforme seu "código de barras" e se desdobra formando os sete centros de iluminação, um de cada vez, o que governa o processo da embriogênese no plano físico através do código genético, formando o feto com seus órgãos e sistemas.

Os centros de iluminação atuam em todo o corpo, inclusive por meio de centros secundários, mas coordenam principalmente sete glândulas endócrinas, conforme vemos no diagrama abaixo, assim como plexos nervosos que se integram com o sistema imunológico formando um sistema psico-neuroimunoendocrinológico integrado cujo balanço é essencial para a manutenção da saúde. Segundo as predisposições genéticas e o comportamento do individuo, que influencia a expressividade e penetrância dos genes, as doenças ou desequilíbrios orgânicos se manifestam com maior ou menor intensidade.


O Texto e o diagrama ora publicado é um excerto constante em nossa obra literária - O Sacerdote, Mago e Médico – cura e autocura umbandistas, 2002.

O uso da expressão “Poder Volitivo do Orisha” tem como significado a vontade espiritual manifesta na energia massa; o Orisha como Senhor estruturante de todo o universo, por conseguinte das forças sutis da natureza (ar,fogo, água e terra), do Princípio e Poder de realizar todas as coisas, inclusive o destino-existência (Axé-Iwá-Abá).

O diagrama permite a percepção de que a cosmogênese é molde para a planetogênese essa para a antropogênese (biogênese). Em outras palavras a planetogênese imita a cosmogênese, o mesmo acontecendo com a ontogênese (desenvolvimento do feto ao adulto), que imita a filogênese (evolução das espécies).

Não há como refutar que os fundamentos propugnados pela Umbanda, além de metafísica explicam e desenvolvem aspectos científicos esposados pela biologia molecular e outras ciências afins. Por isso quando uns e outros se propuserem a escrever sobre a Umbanda, relacionando-a com a ciência, que o façam com conhecimento de causa e não por “achismo”, pois mais de uma vez, infelizmente para a Umbanda, vimos alguns cientistas criticarem erros primários escritos em algumas obras tidas como umbandistas. Que tristeza para todos nós, que afirmamos ser a Umbanda uma forma espiritualizada e inteligente de bem viver. Axé!

Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá

Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico

Ifatosh'ogun "O sacerdote de Ifá que tem o poder de curar”

UMBANDIZAÇÃO - UMBANDA PARA TODOS NÓS





Umbandização – Umbanda Para Todos Nós!


Vocábulo cunhado por Roger Bastide que identificava cultos miscigenados pela influência da Umbanda. Era algo que “maculava” a pureza dos cultos, processo de interação, mistura de ideologias, crenças e práticas.

Parece-nos que Bastide queria ou postulava uma “eugenia religiosa”, algo perigoso, contestável, pois num país continental como o Brasil, que tem uma história de formação de seu povo recheada de iniqüidades, sincretismos, violências, amalgamações e hibridismos, culminando num caldeamento que resultou no povo brasileiro, seu sentimento, seu pensamento, seu comportamento, sua cultura, enfim seu ethos. É para pensar...E na atualidade há aqueles que assim pensam!

Sobre isso temos uma visão heterodoxa, pois grassamos que a Umbandização permite a pluralidade de crenças e cultos e mais, promove a prioridade entre os mesmos, neutralizando dicotomias, sem, todavia coibir a livre manifestação deste ou daquele segmento das religiões afro-brasileiras.

Em nossa visão é um avanço no respeito às diferenças, e adaptação filosófica-religiosa, de crenças à diversidade do povo brasileiro.

Temos as matrizes formadoras, caldeadas e conectadas sem litígio ou conflito devido à Umbandização, ou seja, os cultos foram buscar na Umbanda seu ponto de equilíbrio, estabilidade e maximização de suas missões.

Bendita Umbandização que não discrimina o plural, ao contrário privilegia o diverso, o todo, essencialmente pela inclusão total.

É por este e demais motivos, principalmente os da missão da Umbanda, que cultuamos várias religiões afro-brasileiras.

Primeiro por termos passado por elas, e conhecido seus fundamentos. Segundo, pois somos sincrônicos com a Umbandização, que acreditamos pode unir (não uniformizar ou codificar) todo o povo das religiões afro-brasileiras, podendo esse povo estar em condições de igualdade nas 5 vertentes principais por nós defendidas: Espiritual, Cultural, Social, Político e Econômico.

Não querer a harmonia ou união das religiões afro-brasileiras, não aceitando o fenômeno da Umbandização, é desejar enfraquecer nosso povo, mantendo-o distanciado do centro de decisão da sociedade brasileira, principalmente mantendo-o na periferia cultural, social, política e econômica. Desejam sim afastar as religiões afro-brasileiras da Umbanda (negando o aspecto democrático da umbandização), pois fica-lhes mais fácil assumir uma posição que desejariam e seriam refutados pelas religiões afro-brasileiras; os que assim desejam querem afastar-se das religiões afro-brasileiras, onde indissoluvelmente a Umbanda está inserida, pois querem uma Umbanda codificada segundo suas visões autoritárias, arbitrárias e fundamentalistas. Tudo bem, afastem-se das religiões afro-brasileiras, inclusive da própria Umbanda, pois o que promovem, propugnam, escrevem e falam é uma seita, não é mais Umbanda, não é mais nenhum setor ou Escola umbandista , pois se fosse, saberiam que o todo nunca pode ser representado por uma parte apenas, seja ela qual for.

Façam suas seitas, que nós respeitamos, mas respeitem a Umbanda e aqueles que estão interessados na sua unidade.


Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá

Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico

Ifatosh'ogun "O sacerdote de Ifá que tem o poder de cura


(Espiritualidade e Ciência)

OS VÁRIOS NÍVEIS DE MANIFESTAÇÃO DA DOENÇA




Os vários níveis de manifestação da doença

RESUMO
A manifestação da doença será por nós enfocada em quatro fases. A primeira fase inicia-se no imo do indivíduo (“consciência”), a segunda alcança o campo das idéias, dos pensamentos, da vontade. A terceira fase alcança o campo das emoções, afetivo ou psíquico. O último estágio é o das reações orgânicas francas aos agravos de ordem mental, emotiva, psicológica e comportamental.

Na dependência da conduta e do entendimento precoce das mudanças de hábitos comportamentais do indivíduo, o mesmo pode restaurar sua saúde, a homeostasia, que é a base discursiva e principalmente prática da Medicina Umbandista ou das religiões afro-brasileiras.

O axioma básico, em verdade, é que todo indivíduo pode prevenir doenças, tudo na dependência de seu comportamento (pensamento, sentimentos e ações) que, se favorável, o predispõe aos ciclos e ritmos harmoniosos da Roda da Vida regidos pelos Orixás.

Palavras-chave: Auto-cura, Doença, Homeostasia, Medicina das Religiões Afro-brasileiras, Mente.

ABSTRACT

We will focus in four stages of the disease’s manifestation. The first phase begins at the individual imo ("conscience"), the second one reaches the realm of ideas, of thoughts and will. The third stage reaches the field of emotions, affective or psychic. The last stage is that of organic reactions to the mental, emotional, psychological and behavioral orders grievance.

Depending on the conduct and the understanding of the early behavioral changes of the individual’s habits, one can restore his own health, homeostasis, which is the discursive and mainly practical basis of umbandist or african-brazilian religions’ medicine.

The basic axiom, in fact, is that every individual can prevent illness, all depending on their behavior (thoughts, feelings and actions) which, if favorable, predisposes to the harmonious rhythms and cycles of the Wheel of Life governed by Orisha.

Keywords: Self-Healing, Disease, Homeostasis, African-Brazilian Religions’ Medicine, Mind

OS VÁRIOS NÍVEIS DE MANIFESTAÇÃO DA DOENÇA

A manifestação da doença será por nós enfocada em quatro fases.

A primeira fase inicia-se no imo do indivíduo (“consciência”), podendo ou não ser por ele mesmo neutralizada, ou pela efetiva e segura atuação do terapeuta, seja ele sacerdote, curandeiro ou médico.

O esquema abaixo explicita o que expusemos.

PRIMEIRA FASE

SEGUNDA FASE

Alcança o campo das idéias, dos pensamentos, da vontade.

Se for autolimitante, produz doenças psíquicas ou distúrbios psiquiátricos de maior ou menor intensidade.

Pode como processo reacional fazer o doente adoecer como um todo, em determinado sistema ou manifestando-se em determinado órgão-alvo.

TERCEIRA FASE

Alcança o campo das emoções, afetivo ou psíquico.

Se for autolimitante, produz doenças sistêmicas raras, sem grande comprometimento à economia orgânica, mas desestabiliza completamente o indivíduo e, se este não for tratado de modo eficiente, poderão ser desencadeadas profundas alterações no psiquismo, no emocional, com repercussão nas glândulas endócrinas, sistema cardiovascular, respiratório, hematológico, digestório e renal.

QUARTA FASE

O último estágio é o das reações orgânicas francas aos agravos de ordem mental, emotiva, psicológica e comportamental.

No término destas explicações, com as quais esperamos ter introduzido as distorções conscienciais, manifestações na roda da vida (movimento dos elementos) é importante uma vez mais salientar que na dependência da conduta e do entendimento precoce das mudanças de hábitos comportamentais do indivíduo, o mesmo pode restaurar sua saúde, a homeostasia, que é a base discursiva e principalmente prática da Medicina Umbandista ou das religiões afro-brasileiras.

O axioma básico, em verdade, é que todo indivíduo pode prevenir doenças, tudo na dependência de seu comportamento (pensamento, sentimentos e ações) que, se favorável, o predispõe aos ciclos e ritmos harmoniosos da Roda da Vida regidos pelos Orixás.

Antes de explicarmos outros conceitos atinentes à Umbanda e sua Medicina Integrativa ilustremos com outros enfoques, com os quais esperamos consolidar nossa demonstração.

O Médico, o Mago ou o Sacerdote, na dependência de quem o indivíduo procurar, precisam conscientizar o paciente ou sofredor (explicar de acordo com o grau de consciência do paciente) sobre a necessidade de serenamente alterar seu comportamento em relação a si mesmo, aos outros e ao meio como forma de curar-se, autocurar-se, eliminando as doenças mas antes, porém, deixando de ser doente.

Os responsáveis pelo auxílio aos pacientes devem conscientizar-se de que precisam estar preparados para auxiliar e não prejudicar.

Assim podemos dizer que há:

1. Doenças Antropogênicas: despreparo do indivíduo para a vida. A maior causa das doenças é o próprio homem com suas condutas anacrônicas.

2. Doenças Iatrogênicas: despreparo médico-acadêmico em relação à verdadeira causa das doenças, pois na maioria das vezes, mesmo acreditando que se esta atuando nas causas está atuando apenas em efeitos mimetizando causas.


Tudo ocorre como se a doença estivesse circunscrita, envolvida em vários círculos concêntricos.

Os sinais e sintomas significam que a mesma manifesta-se nos níveis externos. Portanto, apenas suprimi-los pode apenas impedir sua história natural ou mesmo “curar” camadas externas (que são manifestações dela e não ela própria), o que, com certeza, fará recidivar ou agravar a enfermidade.

Depois destas conclusões podemos afirmar que a Iatrogênia não é apenas a medicação inexata prescrita ou devido ao despreparo médico-acadêmico, mas sim a própria conduta não condizente, não humanitarista do médico, algo também já discutido.

Atentemos para um exemplo clássico:

As infecções que são tratadas com antibióticos – e muitas delas obrigatoriamente terão de ser – os mesmos podem atuar segundo o modelo do diagrama a seguir.

Este é o motivo aludido pela Medicina Integrativa da recidiva ou recrudescimento das moléstias infecciosas. O mesmo pode-se afirmar quando o arsenal terapêutico torna-se ineficaz no combate ao processo infeccioso (refratário), levando o paciente ao óbito.

Uma das mais intrigantes moléstias é a Hipertermia Maligna, que é uma afecção hereditária e latente caracterizada por resposta hipermetabólica aos anestésicos voláteis – Halotano, Isoflurano, Sevoflurano, Desflurano e a injetável Succinilcolina.

Como dissemos do código genético, sua expressividade e penetrância, esta alteração genética só se manifesta durante a anestesia.

O quadro clínico, sua expressão é variável, ela surge a qualquer momento durante a anestesia e até três horas após a exposição ao agente desencadeante (Rosemberg, 1990).

A frequência cardíaca do paciente fica alterada, podendo provocar arritmias mais ou menos graves (extra-sístoles ventriculares); a temperatura sobe e a musculatura se contrai com intensidade, o sangue se coagula e o rim fica obstruído.

O tratamento consta em administrar dantrolene sódico intravenoso com manitol, diluídos em água destilada (estéril) e hiperventilação com O2 puro. Tratar as arritmias, a acidose metabólica a hiperpotassemia, mantendo a volemia e a diurese.

Embora a incidência seja 1/10.000 anestesias em adultos e 1/50.000 em crianças, a cifra é bem expressiva, considerando-se que só no estado de São Paulo são realizadas mais de 10.000 anestesias diariamente (fonte: Prof. José Luiz Gomes do Amaral).

Esta enfermidade, do ponto de vista espiritual, demonstra que o “organismo astral” deve ser atingido de alguma forma segundo os fatores imunogenéticos (devido a um desequilíbrio total do elemento fogo) apresentando esse exuberante quadro clínico que em 10% dos casos, mesmo com o Dantrolene Sódico, resulta em óbito. São enigmas que o tempo e a evolução do homem e de sua ciência resolverão... Como nos diz o astral: “aguardemos trabalhando”... Axé!

Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá

Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico

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