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OS VÁRIOS NÍVEIS DE MANIFESTAÇÃO DA DOENÇA




Os vários níveis de manifestação da doença

RESUMO
A manifestação da doença será por nós enfocada em quatro fases. A primeira fase inicia-se no imo do indivíduo (“consciência”), a segunda alcança o campo das idéias, dos pensamentos, da vontade. A terceira fase alcança o campo das emoções, afetivo ou psíquico. O último estágio é o das reações orgânicas francas aos agravos de ordem mental, emotiva, psicológica e comportamental.

Na dependência da conduta e do entendimento precoce das mudanças de hábitos comportamentais do indivíduo, o mesmo pode restaurar sua saúde, a homeostasia, que é a base discursiva e principalmente prática da Medicina Umbandista ou das religiões afro-brasileiras.

O axioma básico, em verdade, é que todo indivíduo pode prevenir doenças, tudo na dependência de seu comportamento (pensamento, sentimentos e ações) que, se favorável, o predispõe aos ciclos e ritmos harmoniosos da Roda da Vida regidos pelos Orixás.

Palavras-chave: Auto-cura, Doença, Homeostasia, Medicina das Religiões Afro-brasileiras, Mente.

ABSTRACT

We will focus in four stages of the disease’s manifestation. The first phase begins at the individual imo ("conscience"), the second one reaches the realm of ideas, of thoughts and will. The third stage reaches the field of emotions, affective or psychic. The last stage is that of organic reactions to the mental, emotional, psychological and behavioral orders grievance.

Depending on the conduct and the understanding of the early behavioral changes of the individual’s habits, one can restore his own health, homeostasis, which is the discursive and mainly practical basis of umbandist or african-brazilian religions’ medicine.

The basic axiom, in fact, is that every individual can prevent illness, all depending on their behavior (thoughts, feelings and actions) which, if favorable, predisposes to the harmonious rhythms and cycles of the Wheel of Life governed by Orisha.

Keywords: Self-Healing, Disease, Homeostasis, African-Brazilian Religions’ Medicine, Mind

OS VÁRIOS NÍVEIS DE MANIFESTAÇÃO DA DOENÇA

A manifestação da doença será por nós enfocada em quatro fases.

A primeira fase inicia-se no imo do indivíduo (“consciência”), podendo ou não ser por ele mesmo neutralizada, ou pela efetiva e segura atuação do terapeuta, seja ele sacerdote, curandeiro ou médico.

O esquema abaixo explicita o que expusemos.

PRIMEIRA FASE

SEGUNDA FASE

Alcança o campo das idéias, dos pensamentos, da vontade.

Se for autolimitante, produz doenças psíquicas ou distúrbios psiquiátricos de maior ou menor intensidade.

Pode como processo reacional fazer o doente adoecer como um todo, em determinado sistema ou manifestando-se em determinado órgão-alvo.

TERCEIRA FASE

Alcança o campo das emoções, afetivo ou psíquico.

Se for autolimitante, produz doenças sistêmicas raras, sem grande comprometimento à economia orgânica, mas desestabiliza completamente o indivíduo e, se este não for tratado de modo eficiente, poderão ser desencadeadas profundas alterações no psiquismo, no emocional, com repercussão nas glândulas endócrinas, sistema cardiovascular, respiratório, hematológico, digestório e renal.

QUARTA FASE

O último estágio é o das reações orgânicas francas aos agravos de ordem mental, emotiva, psicológica e comportamental.

No término destas explicações, com as quais esperamos ter introduzido as distorções conscienciais, manifestações na roda da vida (movimento dos elementos) é importante uma vez mais salientar que na dependência da conduta e do entendimento precoce das mudanças de hábitos comportamentais do indivíduo, o mesmo pode restaurar sua saúde, a homeostasia, que é a base discursiva e principalmente prática da Medicina Umbandista ou das religiões afro-brasileiras.

O axioma básico, em verdade, é que todo indivíduo pode prevenir doenças, tudo na dependência de seu comportamento (pensamento, sentimentos e ações) que, se favorável, o predispõe aos ciclos e ritmos harmoniosos da Roda da Vida regidos pelos Orixás.

Antes de explicarmos outros conceitos atinentes à Umbanda e sua Medicina Integrativa ilustremos com outros enfoques, com os quais esperamos consolidar nossa demonstração.

O Médico, o Mago ou o Sacerdote, na dependência de quem o indivíduo procurar, precisam conscientizar o paciente ou sofredor (explicar de acordo com o grau de consciência do paciente) sobre a necessidade de serenamente alterar seu comportamento em relação a si mesmo, aos outros e ao meio como forma de curar-se, autocurar-se, eliminando as doenças mas antes, porém, deixando de ser doente.

Os responsáveis pelo auxílio aos pacientes devem conscientizar-se de que precisam estar preparados para auxiliar e não prejudicar.

Assim podemos dizer que há:

1. Doenças Antropogênicas: despreparo do indivíduo para a vida. A maior causa das doenças é o próprio homem com suas condutas anacrônicas.

2. Doenças Iatrogênicas: despreparo médico-acadêmico em relação à verdadeira causa das doenças, pois na maioria das vezes, mesmo acreditando que se esta atuando nas causas está atuando apenas em efeitos mimetizando causas.


Tudo ocorre como se a doença estivesse circunscrita, envolvida em vários círculos concêntricos.

Os sinais e sintomas significam que a mesma manifesta-se nos níveis externos. Portanto, apenas suprimi-los pode apenas impedir sua história natural ou mesmo “curar” camadas externas (que são manifestações dela e não ela própria), o que, com certeza, fará recidivar ou agravar a enfermidade.

Depois destas conclusões podemos afirmar que a Iatrogênia não é apenas a medicação inexata prescrita ou devido ao despreparo médico-acadêmico, mas sim a própria conduta não condizente, não humanitarista do médico, algo também já discutido.

Atentemos para um exemplo clássico:

As infecções que são tratadas com antibióticos – e muitas delas obrigatoriamente terão de ser – os mesmos podem atuar segundo o modelo do diagrama a seguir.

Este é o motivo aludido pela Medicina Integrativa da recidiva ou recrudescimento das moléstias infecciosas. O mesmo pode-se afirmar quando o arsenal terapêutico torna-se ineficaz no combate ao processo infeccioso (refratário), levando o paciente ao óbito.

Uma das mais intrigantes moléstias é a Hipertermia Maligna, que é uma afecção hereditária e latente caracterizada por resposta hipermetabólica aos anestésicos voláteis – Halotano, Isoflurano, Sevoflurano, Desflurano e a injetável Succinilcolina.

Como dissemos do código genético, sua expressividade e penetrância, esta alteração genética só se manifesta durante a anestesia.

O quadro clínico, sua expressão é variável, ela surge a qualquer momento durante a anestesia e até três horas após a exposição ao agente desencadeante (Rosemberg, 1990).

A frequência cardíaca do paciente fica alterada, podendo provocar arritmias mais ou menos graves (extra-sístoles ventriculares); a temperatura sobe e a musculatura se contrai com intensidade, o sangue se coagula e o rim fica obstruído.

O tratamento consta em administrar dantrolene sódico intravenoso com manitol, diluídos em água destilada (estéril) e hiperventilação com O2 puro. Tratar as arritmias, a acidose metabólica a hiperpotassemia, mantendo a volemia e a diurese.

Embora a incidência seja 1/10.000 anestesias em adultos e 1/50.000 em crianças, a cifra é bem expressiva, considerando-se que só no estado de São Paulo são realizadas mais de 10.000 anestesias diariamente (fonte: Prof. José Luiz Gomes do Amaral).

Esta enfermidade, do ponto de vista espiritual, demonstra que o “organismo astral” deve ser atingido de alguma forma segundo os fatores imunogenéticos (devido a um desequilíbrio total do elemento fogo) apresentando esse exuberante quadro clínico que em 10% dos casos, mesmo com o Dantrolene Sódico, resulta em óbito. São enigmas que o tempo e a evolução do homem e de sua ciência resolverão... Como nos diz o astral: “aguardemos trabalhando”... Axé!

Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá

Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico

Ifatosh'ogun "O sacerdote de Ifá que tem o poder de curar”

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