UMBANDIZAÇÃO - UMBANDA PARA TODOS NÓS
Postado por
Jorge
às
15:50:00
Umbandização – Umbanda Para Todos Nós!
Vocábulo cunhado por Roger Bastide que identificava cultos miscigenados pela influência da Umbanda. Era algo que “maculava” a pureza dos cultos, processo de interação, mistura de ideologias, crenças e práticas.
Parece-nos que Bastide queria ou postulava uma “eugenia religiosa”, algo perigoso, contestável, pois num país continental como o Brasil, que tem uma história de formação de seu povo recheada de iniqüidades, sincretismos, violências, amalgamações e hibridismos, culminando num caldeamento que resultou no povo brasileiro, seu sentimento, seu pensamento, seu comportamento, sua cultura, enfim seu ethos. É para pensar...E na atualidade há aqueles que assim pensam!
Sobre isso temos uma visão heterodoxa, pois grassamos que a Umbandização permite a pluralidade de crenças e cultos e mais, promove a prioridade entre os mesmos, neutralizando dicotomias, sem, todavia coibir a livre manifestação deste ou daquele segmento das religiões afro-brasileiras.
Em nossa visão é um avanço no respeito às diferenças, e adaptação filosófica-religiosa, de crenças à diversidade do povo brasileiro.
Temos as matrizes formadoras, caldeadas e conectadas sem litígio ou conflito devido à Umbandização, ou seja, os cultos foram buscar na Umbanda seu ponto de equilíbrio, estabilidade e maximização de suas missões.
Bendita Umbandização que não discrimina o plural, ao contrário privilegia o diverso, o todo, essencialmente pela inclusão total.
É por este e demais motivos, principalmente os da missão da Umbanda, que cultuamos várias religiões afro-brasileiras.
Primeiro por termos passado por elas, e conhecido seus fundamentos. Segundo, pois somos sincrônicos com a Umbandização, que acreditamos pode unir (não uniformizar ou codificar) todo o povo das religiões afro-brasileiras, podendo esse povo estar em condições de igualdade nas 5 vertentes principais por nós defendidas: Espiritual, Cultural, Social, Político e Econômico.
Não querer a harmonia ou união das religiões afro-brasileiras, não aceitando o fenômeno da Umbandização, é desejar enfraquecer nosso povo, mantendo-o distanciado do centro de decisão da sociedade brasileira, principalmente mantendo-o na periferia cultural, social, política e econômica. Desejam sim afastar as religiões afro-brasileiras da Umbanda (negando o aspecto democrático da umbandização), pois fica-lhes mais fácil assumir uma posição que desejariam e seriam refutados pelas religiões afro-brasileiras; os que assim desejam querem afastar-se das religiões afro-brasileiras, onde indissoluvelmente a Umbanda está inserida, pois querem uma Umbanda codificada segundo suas visões autoritárias, arbitrárias e fundamentalistas. Tudo bem, afastem-se das religiões afro-brasileiras, inclusive da própria Umbanda, pois o que promovem, propugnam, escrevem e falam é uma seita, não é mais Umbanda, não é mais nenhum setor ou Escola umbandista , pois se fosse, saberiam que o todo nunca pode ser representado por uma parte apenas, seja ela qual for.
Façam suas seitas, que nós respeitamos, mas respeitem a Umbanda e aqueles que estão interessados na sua unidade.
Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá
Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico
Ifatosh'ogun "O sacerdote de Ifá que tem o poder de cura
(Espiritualidade e Ciência)
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